Like a rolling stone...
O livro de Bob Dylan, Crônicas - Volume Um, é cru e um tanto quanto cubista. Ele nos sacode numa viagem pelos anos 60 sob a ótica de um boy disposto a tudo para mostrar sua poesia cantada, ambiciosa e pouco complacente.
Dylan é incrédulo e estranho. Sai contando sua vida pessoal e dá para notar que inventa muito sobre ela (ninguém lembraria tantos detalhes depois de tanto tempo assim).
O tom é coloquial e a sintaxe bem particular. Às vezes o discurso cheira à maconha. Há uma espécie autocongratulação pairando sobre quase todas as páginas diante do nosso olhar (incrédulo?).
Robert Zimmerman, judeu, tem o dom de contar histórias, vide suas letras enormes, e não faria por menos ao contar a sua própria. É um jogo de cabra-cega no meio de um 4 de julho muito doido. Isto é apenas o volume 1.
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