Ainda agora peguei no meu exemplar do livro de Camille Paglia, Break, Blow, Burn, onde ela analisa 43 poemas que vão de Shakespeare a Joni Mitchell, falando sobre solidão, epifania, alienação, percepção, perversão, humanismo e mediocridade. E tenta salvar a arte da teoria. O que vejo neste livro é uma personalidade que se impõe ao assunto criticado (?)
Eu a conheci pessoalmente há alguns atrás e li muito da sua obra.
Ela é irreverente, perversa, adora literatura e dona de um texto muito próprio. Ela diz que o poeta não pode ser classificado pelo “conjunto” da obra e sim por detalhes. Dá vontade de decorar os poemas depois de ler Camille. Ela personaliza sua leitura. Amar é quase uma religião para ela. não quer ser futurista, nem política (?) e entrecruza as várias expressões artísticas, apontando para múltiplas percepções. Ao visitar Sylvia Plath, em “Daddy”, ela eletriza o leitor e na minha opinião reconstrói (em menor proporção) o poema ao desconstruí-lo contrapondo imagens e palavras.
Paglia em Olinda (PE)
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