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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Sexo e psicanálise selvagem: Tatuagem é um filme cheio de dobras

O roteirista/cineasta pernambucano Hilton Lacerda, com textos filmados por Cláudio Assis (Amarelo manga e Baixio das bestas) e por outros, ao ser contemplado no edital de fomento ao audiovisual promovido pelo governo do Estado de Pernambuco para desenvolver o roteiro de seu primeiro longa-metragem solo, Tatuagem, ele é co-autor do roteiro A festa da menina morta

Jomard Muniz de Britto é redimensionado no filme em forma de livre inspiração


Tatuagem desenha o universo do Recife nos anos 70, com o grupo de teatro Vivencial Diversiones, filho bastardo do teatro pernambucano, e que alguns, de um modo exagerado disseram que flertava com o Living Theater. 


Tatuagem mostra a periferia e discute ações de transformação, pequenas revoluções capazes de influenciar a perspectiva geral. Numa espécie de psicanálise selvagem pop as relações anais são discutidas de modo peculiar. A ditadura militar e outros fatores de repressão no seio da sociedade brasileira são observados com humor corrosivo e cheio de dobras em suas representações simbólicas.  Jomard Muniz de Britto é uma das referências quando pensamos nas pessoas que frequentaram o Vivencial e servem de inspiração a Hilton. Outros seriam Pernalonga e Guilherme Coelho. Eram os anos do desbunde, do escracho. Pernambuco no cinema brasileiro tem um lugar para que se exiba o controverso de forma impactante e Hilton é nome forte nesse sentido.

Pernambucália gloriosa: o lado quente do ser

“Os personagens principais são Clécio, pai de um garoto de 10 anos, dono de um café anarquista, e Fininha, soldado raso de 18 anos com quem Clécio se envolve. São duas forças antagônicas”, disse Hilton, também autor do roteiro de Febre do rato, de Cláudio Assis.

Voltaremos ao tema.


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