O roteirista/cineasta
pernambucano Hilton Lacerda, com textos filmados por Cláudio Assis (Amarelo manga e Baixio das bestas) e por outros, ao ser contemplado no edital de fomento ao
audiovisual promovido pelo governo do Estado de Pernambuco para desenvolver o roteiro de seu
primeiro longa-metragem solo, Tatuagem,
ele é co-autor do roteiro A festa da
menina morta.
Jomard Muniz de Britto é redimensionado no filme em forma de livre inspiração
Tatuagem desenha o universo do Recife nos anos 70, com o
grupo de teatro Vivencial Diversiones, filho bastardo do teatro pernambucano, e
que alguns, de um modo exagerado disseram que flertava com o Living Theater.
Tatuagem
mostra a periferia e discute ações de transformação, pequenas revoluções capazes de influenciar a perspectiva geral. Numa espécie de psicanálise selvagem pop as relações anais são discutidas de modo peculiar. A ditadura militar e outros fatores de repressão no seio da sociedade brasileira são observados com humor corrosivo e cheio de dobras em suas representações simbólicas. Jomard Muniz de Britto é uma das referências quando pensamos nas pessoas que frequentaram o Vivencial e servem de inspiração a Hilton. Outros seriam Pernalonga e Guilherme Coelho. Eram os anos do desbunde, do escracho. Pernambuco no cinema brasileiro tem um lugar para que se exiba o controverso de forma impactante e Hilton é nome forte nesse sentido.
Pernambucália gloriosa: o lado quente do ser
“Os
personagens principais são Clécio, pai de um garoto de 10 anos, dono de um café
anarquista, e Fininha, soldado raso de 18 anos com quem Clécio se envolve. São
duas forças antagônicas”, disse Hilton, também autor do roteiro de Febre do rato, de Cláudio Assis.
Voltaremos ao tema.
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