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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Poesia em Pernambuco: Geração 65 (escritores pernambucanos) Por MOISÉS NETO

O termo Geração, principalmente no Brasil, é polêmico embora críticos e historiadores usem essa repartição em gerações com finalidade didática para sistematização dos estudos literários - históricos - estéticos. Geração 65 é um termo que agrega escritores reunidos originalmente em Jaboatão, Pernambuco, no ano de 1964.O termo foi cunhado por Tadeu Rocha em um breve artigo no jornal Diário de Pernambuco. A “Geração” é formada, dentre outros, por , Maximiano Campos, Celina de Holanda, Jaci Bezerra, Marcus Acciolly, Janice Japiassu, Ângelo Monteiro, José Maria Rodrigues, José rodrigues Paiva,  , Marco Pólo,José Rodrigues Paiva, Tereza Tenório, Sérgio Moacir Albuquerque, paulo Gustavo. Forma-se em plena ditadura militar e no auge da estética do concretismo, pelo qual ela não se deixou afetar muito.Houve boa recepção na mídia, foi marco de resistência.Seguem alguns depoimentos sobre a Geração 65: “enquanto trabalhadores intelectuais, éramos crentes, em primeiro lugar, em que concepções ideológicas, religiosas, políticas eram bem vindas, eram respeitadas e mesmo desejadas, mas eram secundárias à beleza e à verdade. [...] esse traço é talvez a principal razão do pluralismo político ideológico 'stricto sensu' de todos que integram a Geração”.( Roberto Aguiar). “Não estávamos entre aqueles que ainda classificam os seres humanos em nobres e plebeus, prática e modo de pensar tão persistente neste Brasil tão oligárquico e pré-iluminista, principalmente entre os nordestinos ciosos de nomes de família. [...] E é por isso, por sermos povo, que, na nossa arte, o povo nunca foi visto nem tratado como algo exótico, pitoresco e engraçado” (Sebastião Vila Nova). “O fenômeno de surgimento da Geração 65, pelas mãos de César Leal, foi um paradoxo histórico de caráter democrático. No momento em que as oligarquias uniam-se aos militares para interromper todo um processo que visava a uma maior distribuição de renda no País, não foram os filhos dessas oligarquias os contemplados com espaço nos jornais e na UFPE. Mas o paradoxo é aparente. 64 não foi 68, quando a ditadura tirou a máscara e botou o capuz. O Brasil é muito grande e eles precisaram de quatro anos para sufocar, mesmo, o que havia de melhor na cultura brasileira”. (Alberto da Cunha Melo).
Quando o Grupo de Jaboatão — Alberto da Cunha Melo, Domingos Alexandre, Jaci Bezerra e José Luís de Almeida Melo — aportou nas páginas do Diário de Pernambuco (1966), sob a entusiástica tutela do grande poeta e crítico brasileiro César Leal, outros escritores já haviam merecido a acolhida do Mestre. Como na formação de uma onda que precisa de dois fluxos para se formar — o impulso de retorno e o de chegada — estes se somariam a um processo aglutinador contínuo de convivência e produção literária que desaguava também nas páginas mimeografadas das antologias de Elói Editor (1967). São essas publicações recebidas com incomum euforia, pela crítica pernambucana e pelo público em geral, que levariam o geógrafo e historiador Tadeu Rocha a registrar o aparecimento da "[..] mais nova geração literária da metrópole do Nordeste", e a nomeou de Geração 65. O IMC presta também, nestas páginas, uma homenagem à sensibilidade desses intelectuais, somando a esse trio o exemplo maior de convivência fraterna, com todos da Geração 65,  que foi a grande poetisa pernambucana Celina de Holanda.     Antônio Campos. As reuniões se davam em locais como o extinto Departamento de Extensão Cultural da UFPE, Fundação Joaquim Nabuco, Bar Savoy, Livro 7 e outros pontos da boemia e de efervescência ideológica – debatia-se a produção literária nacional e local e teciam-se críticas a estética sulista. César Leal, o líder natural, cujo marco inicial foi dado nas páginas do DIARIO DE PERNAMBUCO, com a publicação dos primeiros poemas em 1966. Destacamos aqui a obra de Alberto da Cunha Melo. 



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