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sábado, 21 de dezembro de 2013

O rei está morto: morte de Reginaldo Rossi no último dia da primavera 2013, no Recife

Brega &  Kitsch

por Moisés Neto

 A morte de Reginaldo Rossi no último dia da primavera 2013, no Recife, me fez pensar e repensar os conceitos de Brega &  Kitsch.


Os conceitos de “grande arte” ou do que “finge” ser arte não deixam de ser relativos. Vejam como o brega e o kitsch se entrecruzam num gosto bem grotesco:


O brega e o kitsch espalharam-se e proliferaram à vontade. Dizer que o brega é romântico soa como redundante. Apontar fronteiras invioláveis entre ele (brega) e o kitsch pode ser tarefa vã. Digamos que no primeiro há excesso de drama, lágrimas e, às vezes, uma dose a mais de perversão. Dizer que o brega fica nas camadas menos favorecidas da sociedade, ou pelo menos se nutre delas, e o segundo) o kitsch, é uma praga que afeta toda a pirâmide social são afirmações cheias de desdobramentos imperfeitos. Vejam esta "adaptação da famosa foto dos Beatles, puxando para os falecidos astros pernambucanos da música:

Chico Science, Reginaldo, Dominguinhos, Luiz Gonzaga (Gonzagão): Is Paul dead?

George Harrison, Paul MacCartney, Ringo Star eJjohn Lennon: 
Abbey Road é qualquer lugar no pop/brega/ kitsch...


Muitos são os fatores que servem de inspiração, um fim de caso, por exemplo,  pode inspirar uma obra. Já a ausência de um refinamento estético e de bom senso conduz ao kitsch.
 A produção do kitsch é dirigida a quem quer gastar e não sabe como, a quem tem muita coisa e não sabe como usar e resolve usara o máximo ao mesmo tempo. São desproporções aberrantes.
No kitsch as coisas parecem não combinar propositalmente: o azul e o verde, por exemplo).
Os alemães forjaram o termo kitsch e este conceito parece redefinir-se vez cada em que se demonstra ausência de equilíbrio na forma e na falta de serenidade, ao apelar para efeitos instantâneos e óbvios demais, preferem descambar para lado instintivo sem dó nem piedade, Dan Brown, por exemplo, é um camelô da banalidade.
Um pouco de kitsch (ou de brega?) parece necessário? Pode ser. Mas não devemos aplaudi-lo, a não ser enquanto farsa, distorção comercial na representação do mundo, oferecida a consumidores desesperados e despreparados. Lembremo-nos, paradoxalmente, que alguns estilos hoje respeitados, como o Barroco, foram taxados de mau gosto durante muito tempo.
Ao perceber que a indústria cultural quer impor o nonsensecomo padrão cultural não devemos ficar passivos. Diante da máquina comercial que busca adequar-se ao nível do “grande público” e tenta estimular-lhe a procura comercial, devemos contrapor um outro tipo de função da arte: a educativa.

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