No dia 16 de dezembro de 2013, Ariano foi ao Teatro
Beberibe dar uma aula chamada Tributo a Capiba. Aos 86, quatro
meses depois do seu infarto ( e tratando um aneurisma cerebral). Depois de uma
hora e 45 minutos de aula, disse que vai no Carnaval no bloco Galo da Madrugada (como homenageado). Na audiência estava o candidato a
presidente Eduardo Campos (Ariano é
assessor especial do governo dele).
Suassuna trouxe um jornal de 2007 para exemplificar alguns produtos culturais equivocados, citou a banda Calypso
Ariano ainda se diz capaz de recitar o
episódio de Inês de Castro, de 'Os Lusíadas'", mas cansado, falou deitado em sua cama, magro e um tanto
fraco é capaz de dizer de memória trechos
do romance no qual trabalha há 33 anos "Fiz um pacto com Deus: se ele
achasse que o romance tinha alguma coisa de sacrílego ou de desrespeitoso, que
interrompesse pela morte.", declarou recentemente a um jornal de São Paulo
(A Folha). É uma narrativa epistolar: "O
Jumento Sedutor", em referência a "O Asno de Ouro", de Lucius Apuleio,
do século II; depois virá "A Ilumiara". Foram dois enfartes e um
aneurisma estourou no seu cérebro. Ele
voltou a dar aula para avaliar suas forças: “se a gente for pensar na
morte como uma coisa fundamental, inevitável e próxima, a gente vai perder o
gosto de viver, vai perder o gosto de tudo. A gente tem uma tendência a
acreditar que não morre.” (disse à FSP). No "Romance da Pedra do Reino", Quaderna tem um sonho no qual a
Caetana [a morte] como que dita para ele palavras de fogo. O novo livro são vários livros. Cada capítulo do livro é escrito em forma de cartas,
sob certo aspecto é um romance epistolar, e toda carta termina do mesmo jeito,
todas terminam com um verso, um martelo gabinete e um martelo agalopado, martelo
gabinete é um martelo de seis versos de dez sílabas, e o martelo agalopado são
dez versos de dez sílabas; um martelo agalopado dele diz: "Pois é assim:
meu circo pela estrada/ Dois emblemas me servem de estandarte/ No sertão, o
arraial do bacamarte/ Na cidade, a favela consagrada/ Dentro do circo há vida,
onça malhada/ Ao luzir do teatro o pelo belo transforma-se num sonho, palco e
prelo/ e é ao som deste canto na garganta que a cortina do circo se levanta
para mostrar meu povo e seu castelo". Ele pediu a um estudioso da sua obra
para concluir o livro, caso ele venha a falecer: “Então se eu morrer o romance
está terminado”. Ariano cita versos de Fernando Pessoa (Mensagem) que falam do navegador na costa da África que quando
parava plantava um marco: "O esforço é grande e o homem é pequeno/ Eu,
Diogo Cão, navegador, deixei/ Este padrão ao pé do areal moreno/ E para diante
naveguei./ A alma é divina, a obra é imperfeita./ Este padrão sinala ao vento e
aos céus/ Que, da obra ousada, é minha a parte feita:/ O por-fazer é só com
Deus". Sobre o novo romance ele decidi
que publicaria as duas primeiras cartas, mas depois do infarto, juntou mais quatro:
seis, concluindo assim o primeiro volume, o nome “geral” é "A Ilumiara", seriam sete
volumes. O herói é Antero Savedra, encenador e ator (alter ego de Ariano) que
tem 3 irmãos: Altino (poeta); Áureo (romancista); Adriel (dramaturgo); Antero diz que parece Orestes e Hamlet, filhos
de reis assassinados. Há 2 subtítulos: Autobiografia
musical, dançarina, teatral, poética e videocinematográfica" e Romance
musical, dançarino, teatral, poético e videocinematográfica." A epígrafe é
de Roberto Motta, filho de Mauro Motta. Ariano já fez ilustrações
A parceria de Ariano Suassuna nas campanhas não vem de hoje, segundo Campos: "Poucas pessoas me conheciam em Pernambuco. Ariano foi um avalista para o grande público que o conhecia e não me conhecia. Era uma palavra que vinha não da política, mas da sociedade." Já o Mestre da Pedra do Reino resumiu: "Eduardo tem me apoiado há muito tempo, desde que fui secretário de Cultura do avô dele, Arraes". Ariano disse não simpatizar muito com o PT. Ele disse a Arraes que entrasse no PSB. Suassuna também apoia o papa, Francisco, o primeiro latino-americano.
A parceria de Ariano Suassuna nas campanhas não vem de hoje, segundo Campos: "Poucas pessoas me conheciam em Pernambuco. Ariano foi um avalista para o grande público que o conhecia e não me conhecia. Era uma palavra que vinha não da política, mas da sociedade." Já o Mestre da Pedra do Reino resumiu: "Eduardo tem me apoiado há muito tempo, desde que fui secretário de Cultura do avô dele, Arraes". Ariano disse não simpatizar muito com o PT. Ele disse a Arraes que entrasse no PSB. Suassuna também apoia o papa, Francisco, o primeiro latino-americano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário