Pensador aclamado há
alguns anos, Ferreira Gullar anda se mostrando contraditório em seus textos,
ultimamente. Gosto dele, mas vou te contar: meus olhos já não podem ver. Sobre
as manifestações de protesto, ele se diz surpreso, entende o descontentamento
pelo sistema, mas não vê isso como fenômeno
internacional porque aqui a
revolta é contra os políticos do governo e da oposição: “o PT, oportunista como
sempre, tentou tirar vantagem da situação e se deu mal. Mas de onde vem esse
horror aos políticos?”. Francamente, Gullar, esquecer o papel da atual burguesia,
o neoturbocapitalismo, e jogar a
culpa só em Lula por conta do Maluf e do bispo Macedo e toda a legião de
malditos (partidos corruptos) somando a isto uma “política assistencialista” é,
no mínimo REDUCIONISMO.
Moisés Neto e Ferreira Gullar
Não tenho partido político, mas quero uma visão mais radical. Outra coisa: dizer que a maioria desses manifestantes é de classe média e excluir os pobres dos subúrbios, afirmando que quem está “insatisfeita e revoltada” é a parte da sociedade “que só perdeu com o populismo lulista”, não deixa de ser redundância, como também acusar a CUT e a UNE de cumplicidade com o pernambucano, parece-me uma rasura nas opiniões anteriores do próprio Gullar. Querer que o “povo desorganizado”, vá às ruas (sem “organizações que deveriam representá-lo”) e não opinar SOBRE SAÍDAS para este impasse, ou aprofundar uma análise parece fazer de Gullar algo menos do que desejamos dele. Te amo, maranhense, mas te quero mais guerreiro.
PRISÃO PARA TODOS OS CORRUPTOS, JÁ, RICOS E POBRES! Moisés Neto e Ferreira Gullar
Não tenho partido político, mas quero uma visão mais radical. Outra coisa: dizer que a maioria desses manifestantes é de classe média e excluir os pobres dos subúrbios, afirmando que quem está “insatisfeita e revoltada” é a parte da sociedade “que só perdeu com o populismo lulista”, não deixa de ser redundância, como também acusar a CUT e a UNE de cumplicidade com o pernambucano, parece-me uma rasura nas opiniões anteriores do próprio Gullar. Querer que o “povo desorganizado”, vá às ruas (sem “organizações que deveriam representá-lo”) e não opinar SOBRE SAÍDAS para este impasse, ou aprofundar uma análise parece fazer de Gullar algo menos do que desejamos dele. Te amo, maranhense, mas te quero mais guerreiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário