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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Clube de inverno (poema de Moisés Neto)


Não digo que a noite seja só de dança...
nem que amor e morte estejam resolvidos
mas, hoje, no Recife ardente
tudo está reinventado
em high tech anfíbio
Poético vuco vuco antilírico
até para ultrarromânticos
há aplicativos de pós-cibernéticos quereres:
tu me vês? Não, 
tu te vês me olhando
és tanto e tão pouco! 
Insensível! Deixa pra lá...
Afinal, somos juntos nesta cidade
em recortes contraluz
Na arena do clube de inverno
açucarados seres atlânticos
da barbárie à decadência, sem civilização...
Não?
Enquanto a festa vai noite adentro...
até que o sol aqueça o sal do mar
e torne tudo mais... real, de novo
depois da chuva.

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