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terça-feira, 2 de julho de 2013

Mais um Woody Allen, desta vez em San Francisco (por Moisés Neto)

Legal! Vem aí mais um Woody Allen, desta vez em San Francisco (por Moisés Neto)


WOODY ALLEN parece-se com seus personagens? Sim: tímido, iseguro, em plena crise existencial. Por isso gosto dele? Não somente um piadista, um stand-up o assombra, mas tem algo de Bergman (adoro) e Eugene O´neill (que amo), pairando sobre ele. Até algo de Nelson Rodrigues, se me atrevo tanto. A amargura cômica de seus personagens me atrai como um ímã. A ansiedade e submissão nele como ele mistura tudo com o capitalismo novaiorquino, um texto prático e reconfortante que nos faz sentir tomando café na cozinha de alguém legal, com uma comida quente, ou num lugar cheio de livros à espera de alguém como a gente ali.  Envelheci vendo Woody, desde Noivo Neurótico, noiva nervosa (que vi no cinema Veneza, no mesmo dia que assisti Trate-me Leão, do grupo Asdrúbal trouxe o trombone) no Teatro do Parque. O jazz nele também me deixa relaxado, tudo parece fazer parte de um organizada confusão, na qual vou me imiscuindo sutilmente. Um filme por ano, no mínimo, uau! E agora Blue Jasmine, com Cate Blanchett e Alec Baldwin, baseado numa história da mulher dele, a carmática Soon-Yi, sobre uma mulher falida, entregue às pílulas e vodka, ela perdeu tudo (ui!) e se muda para  São Francisco (nossa!), para um AP  da irmã. Mais para drama, não é? 
Allen vive com Soon-Yi,  desde 1997. Um filme dele custa em média 18 milhões de dólares, bagatela diante dos 400 milhões do novo com Brad Pitt, (“Z...”). Gosto muito de Meia-noite em Paris e tantos dos novos. Se não rola o sucesso ele nem liga pois está sempre na ativa.Não são os salários que prendem atores e técnicos a Allen. Cate Blanchett estava querendo isso há muito tempo e declarou ao jornal Wall street que ele tem algo de Tennessee Williams, Shakespeare e Ibsen. Ele quer tudo pronto, logo, diz a louraça, é incansável e tem uma energia, algo que Meryl Streep já tinha sacado. Seu jeitão classe média é encantador. Sua ética(?) é impiedosa, e o que dizer da sua estética diante do enigma da vida? Ah! Woody, acho que devíamos ser amigos...(Ih! Tem um filme sobre isso), deixa pra lá.
  
Agora veja o trailer :http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=FER3C394aI8


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