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sábado, 13 de julho de 2013

Juan dos mortos é uma escrachada comédia cubana de zumbis

Juan dos mortos (2011) é uma escrachada comédia cubana de zumbis que foi exibida hoje em Recife, no reformado cinema da FUNDAJ, com alta tecnologia em som e imagem (perfeitos), com a curadoria de Kleber Mendonça em Mostra imperdível. O público de lá a gente já sabe, a renew wave engajada, geração pós-mangue e a turma mais blasé da cidade, o que inclui artistas, professores, na sua maior parte posando mais do que se integrando. Mas é bom ver/estar  naquele lugar, à beira rio, no Derby, um dos bairros mais adoráveis da Mauriceia cibernética



É engraçado ver aqueles lugares que visitamos em Havana servindo de cenário para tamanha zumbiria, quer dizer, zombaria. 


É ato de crítica aos americanos e cubanos, unidos na antropofagia funesta ou o quê? Com as citações aos filmes Tubarão, Indiana Jones e tantos outros do cine catástrofe (destruição de Nova York, das torres gêmeas, do capitólio etc até aos clichês do que se conhece da revolução de Cuba) o filme vai arrastando gargalhadas até sobre as questões de gênero e  da estética queer. Trata-se de uma produção independente ,o que é novidade quando se trata do país reinventado por Fidel. Parece-nos bom o co-patrocínio da Espanha. O diretor Alejandro Brugués usa e abusa do TERRIR sem perder o viés crítico. Impossível não lembrar de George Romero e da série The Walking Dead, de Frank Darabont. Mas como fica a ideologia da revolução cubana? Hilária, porém, numa espécie de concessão ao seu país, ni final o herói do filme ajuda a filha, o melhor amigo e o filho e uma criança que ia ser morta pelo pai-zumbi, a fugirem para Miami (onde terão que trabalhar, diferente de Havana, onde só precisavam “pescar”, como mostram no início a película). Do orçamento de  US$ 2,3 milhões, boa parte deve ter sido gasta em efeitos visuais. Destaque para o elenco: Alexis Díaz de Villegas (como Juan), Jorge Molina (Lázaro), Andrea Duro (Camila), Andros Perugorría (Vladi California)  e  Jazz Vila (o personagem-travesti La China). O filme perde o ritmo lá pela terça parte, mas termina de forma regular. Roteiro e direção azeitadas pela referência à cultura pop.

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