Tony Ramos como Getúlio Vargas
Lembro do dia em que entrei no Palácio do Catete. Depois das salas suntuosas (a de Veneza é sensacional) fui ao quarto do ex-presidente, uma construção que difere de todo o resto. Lá está o pijama que Vargas usava quando morreu. Um buraco cercado por uma mancha ferruginosa. A cama, o banheiro, o enigma. O "pai" do povo que aprovou leis trabalhistas e promoveu uma mudança radical no paí. Mas o Brasil é isso que nós conhecemos, talvez esta nova geração consiga imprimir uma nova direção à alma nacional (se é que existe tal coisa). Por enquanto seguimos com uma certeza: o mundo está girando mais rápido, a natureza parece cada vez mais estranha (e ao mesmo tempo menos verdadeira do que o produto virtual), os poetas estão fora de moda, os livros impresso ainda estão aí par servir de consolo.
Se voltasse à vida, o que Vargas acharia do Brasil hoje?
Talvez ele fosse um severo crítico e tivesse uma posição de destaque. talvez fosse execrado como um tirano que usou verbas públicas em benefício próprio. Mas deixemos de coisa e cuidemos da vida...
Há muitos políticos querendo cortar verbas públicas para shows musicais. SERÁ? No Brasil hoje são poucos os grandes ídolos que não entram em lei de Patrocínio via Governo, ou mesmo vende seu talento em projetos com verbas públicas.
No Recife foi Jarbas Vasconcelos que incrementou a indústria de shows para o grande público com patrocínio da verba pública.
Lembrando que nas DIRETAS JÁ! muitas estrelas fizeram shows "de graça' (depois veio a conta em troca de favores (não é mesmo assim?).
Falando nisso, competência e talento é um assunto complexo demais para se discutir em poucas linhas.
Por enquanto o Papa Francisco está causando sensação na mídia brasileira e andando quase desprotegido numa das cidades mais violentas do Brasil. Mas o Rio é lindo, é sim um maiores centros culturais do mundo...
Vamos esperar o filme, vamos dar tempo ao tempo e ver o que podemos fazer com o que nos resta do estrago generalizado feito por tanta corrupção e safadeza à brasileira.
Agora não me venham com Molotovs!.
Das entranhas do Catete Vargas com seu pijama ainda é TOTEM E TABU que nenhum pós-freudiano, ou mesmo um freudiano ferrenho consegue explicar de maneira tão convincente, hoje. Filosófica, política ou anarquicamente: trata-se de uma sombra que paira sobre nossa História. Que venha Tony Ramos reencarná-lo. O resto é silêncio na sétima arte nacional neste exato minuto.
Ri, Yorik!
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