Johnny Depp é o índio de O Cavaleiro Solitário, da obra de George Washington Trendle, na década de 1930, Armie Hammer interpreta o Lone Ranger e Helena B. Carter está no filme só para realçar o óbvio: criança pegando em armas, adultos pegando em armas, todo mundo atirando e matando e a plateia rindo (alguns, eu não consegui tanto) pior é ver uma cópia dublada (em quase todas as salas que exibem esta produção, o negócio está cada vez pior assim...), em nome daqueles que de tão dumbs se ligam tanto em comida, bebida e aparelhos digitais (ligados no cinema) quanto no filme. Haja bolor! Vamos lá: o que tem uma coisa com a outra? O Diretor é o mesmo de 3 Piratas do Caribe, o senhor Gore Verbinski, parece que é bom de briga. O tal Cavaleiro Solitário é um bom rapaz americano, advogado “obrigado” a usar armas para combater a corrupção estadunidense na construção de ferrovias (apenas um dos seus vieses), exploração da prata etc. etc. Depp é Tonto, que já velho e empalhado num museu (1930) todo enrugado, vai contar a um garoto sua história de um Ranger, algo como um xerife, numa diegese entediante. O filme parece mais um videoclipe feito com muito sangue e cinismo para os padrões Disney de qualidade. Depois reclamam quando há tragédias envolvendo armas! Não.O Tonto desta projeção não é o Bom Selvagem que Rousseau (sempre ele!) anunciou. Ele deixou-se seduzir, quando criança (andrógino, sempre) , “vendendo-se" por um relógio de prata, metáforas à parte. Não há como explicar tanto dinheiro envolvido nesta produção a não ser se observarmos que a PROPAGANDA AMERICANA está em ação mais uma vez. Sabiam que é obrigatória a imagem da bandeira deles em TODAS as produções “oficiais”? Quanto a uma narrativa feita pelo índio a um jovenzinho americano vestindo roupa de cowboy, faça-me o favor... Voltaremos ao tema. O filme apesar do tiroteio e da música nas alturas dá um certo sono... o filme merece uma análise mais... profunda?
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