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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Moisés Monteiro de Melo Neto expõe tópicos sobre Literatura de Jomard Muniz de Britto:




Se pudéssemos escolher um biografema barthesiano para exemplificar a proposta de JMB, talvez pudéssemos optar pela distribuição dos atentados poéticos e a performance que a acompanha.
Para especificar sua luta contraideológica apontaríamos sua pedagogia política contra o consumo cultural passivo, desatento, conivente.
Pedagógica poeticidade desnudando o logro sem propor UMA verdade absoluta.
Seu engajamento é com a linguagem e suas sucessivas transformações
Indisciplinador lúdico faz da palavra objeto de prazer sensual
Cético diante de qualquer TOTALITARISMO (cuja linguagem deve ser desmontada)
O início da sua produção autoral (anos 60 e 70) é marcado por grandes transformações teóricas na ciências humanas .
Na França Barthes propunha tratar os signos, algumas vezes, como FICÇÕES
Há que se notar em JMB: a questão do corpo sobressaindo-se a qualquer privilégio em relação ao conceito
O corpo vivencial não reverencia a DOXA  (PARA CITAR UM TERMO QUE Barthes trouxe de Brecht)
JMB atua no limite da carne e do mundo, enfrentando o estereótipo, as afirmações sem dúvidas (sendo assertivas, repetitivas)
Sua escritura (escrita do escritor) é uma rajada ativada em instâncias provisórias.
Sua literatura é meio de luta prazeroso
Sua intertextualidade com pensadores do porte de Lacan  (o inconsciente enquanto linguagem) é utilizada para derrubar discursos que escravizam

Um dos tantos autores citados por JMB , nos faz observar esta escritura (jomardiana) por um prisma mais variado: trata-se de Barthes. Um professor que utilizou a tribuna acadêmica com parcimônia e de forma libertária. Autor cuja TEORIA é espargida em textos que buscam um contato maior com toda a sociedade.

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