Se pudéssemos escolher um biografema
barthesiano para exemplificar a proposta de JMB, talvez pudéssemos optar pela
distribuição dos atentados poéticos e a performance que a acompanha.
Para especificar sua luta
contraideológica apontaríamos sua pedagogia política contra o consumo
cultural passivo, desatento, conivente.
Pedagógica poeticidade
desnudando o logro sem propor UMA verdade absoluta.
Seu engajamento é com a
linguagem e suas sucessivas transformações
Indisciplinador
lúdico faz da palavra objeto de prazer sensual
Cético diante de qualquer
TOTALITARISMO (cuja linguagem deve ser desmontada)
O início da sua produção
autoral (anos 60 e 70) é marcado por grandes transformações teóricas na
ciências humanas .
Na França Barthes propunha
tratar os signos, algumas vezes, como
FICÇÕES
Há que se notar em JMB: a
questão do corpo sobressaindo-se a qualquer privilégio em relação ao conceito
O corpo vivencial não
reverencia a DOXA (PARA CITAR UM TERMO
QUE Barthes trouxe de Brecht)
JMB atua no limite da carne
e do mundo, enfrentando o estereótipo, as afirmações sem dúvidas (sendo
assertivas, repetitivas)
Sua escritura (escrita do
escritor) é uma rajada ativada em instâncias provisórias.
Sua literatura é meio de
luta prazeroso
Sua intertextualidade com
pensadores do porte de Lacan (o inconsciente enquanto linguagem) é
utilizada para derrubar discursos que escravizam
Um dos tantos autores
citados por JMB , nos faz observar esta escritura (jomardiana) por um prisma
mais variado: trata-se de Barthes.
Um professor que utilizou a tribuna acadêmica com parcimônia e de forma
libertária. Autor cuja TEORIA é
espargida em textos que buscam um contato maior com toda a sociedade.
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