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sábado, 5 de dezembro de 2015

A peça teatral “Angelicus” se despede, temporariamente, dos palcos recifenses, hoje à noite.


Destaque: Douglas Duan


A peça teatral “Angelicus” se despede, temporariamente, dos palcos recifenses, hoje à noite. Que espetáculo interessante.  Desde a arquitetura do texto, de Hamilton Saraiva, até a programação visual do programa, assinada por Cláudio Lira. O trabalho dos atores, alguns iniciantes outros com o quilate de Carlos Lira e  Marcelino Dias. Um grupo coeso sob a batuta de Rudimar Constâncio, tendo como assistente de direção Almir Martins.

Uma trupe afinada


O que dizer sobre este projeto ousado numa época de vacas magras? Que esta trupe está, mais uma vez, a unir as pontas do tempo e revitalizar nosso desejo de ver a vida representada na ribalta de modo mais profundo, misturando humor e reflexão; que em Recife os atores estão mais uma vez pintando o rosto, treinando e exibindo seus corpos  como instrumentos de uma orquestra tão fundamental como esta das artes cênicas. E o trabalho de Douglas Duan e dos atores e atrizes que ali estão como uma família, com seus altos e baixos? E a representação naquele espaço delicioso que é o Forte das Cinco Pontas? No dia que assisti ao  espetáculo, vi a lua cheia nascer por trás da tremulante bandeira do Recife,  havia vários artistas também na plateia, ao meu lado, por exemplo,  estava Antônio Cadengue, homem que dedica sua vida ao teatro, pensador que merece atenção especial. A direção de arte de Célio de Pontes é um espetáculo à parte, também.
O programa é um livro que deve ser lido intensamente.
Que bom que há gente que pensa o teatro deste modo.
Parabéns para esta trupe.
Longa vida a ANGELICUS.
Moisés Monteiro de Melo Neto

Professor e escritor

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