O que é uma ação poética? É o que esses caras estão fazendo aqui.
Falam de temas e fatos (externos ou emocionais)? Talvez. Mas, exploraram
significados e contradições possíveis e atuantes observando elementos que
confiram a suas realidades e,
claro, existência(s);
O vocabulário deles (da área, não o
de cada autor), parte para a sintaxe de manipulação (do vocabulário) numa pragmática que parte do vocabulário até
o (pré) texto;
Parecem incentivar o leitor a praticar tal
processo;
Alguns desses poemas são autocentrados, mas submetem-se também à realidade social, sem perder a subjetividade lírica...
Dão vez também ao quaseautobiográfico,
mesmo beiram o anárquico, afinal desejo e memória são, em poesia, um viés
de experimentalismo que envolve o
caráter público-político, tal autocentramento (um, digamos assim: auto-espelhamento?) expõe
o objeto poético à verdade (pós-kantianamente falando: o que é o Real? Translacanianamente o que é o
simbólico e enfim: o imaginário?) do grupo e, claro do sujeito poético
(kkkkkkkkkk);
Sim! Eles também trazem à baila a fragmentação do discurso, o fluxo de
consciência, a intertextualidade intensa!
São pessoas do o cotidiano, na veia da autoironia, do existencial, do
social, do jogo e (oh!) do...político!
Aqui temos obras (im)puras que tripudiam fragmentação e deglutição;
Que justapõem imagens em enunciação meio caótica, louvando e destruindo a
rebeldia através da intervenção na problemática do cotidiano,
do ser e estar no mundo.
Surgem esses novos poetas assim: querendo mais vida, corpo, cultura em
sentido bem mais amplo, louvando e destruindo, simultaneamente, a (nova?) indústria cultural!
Querem refletir o jogo do século XXI, seu atrito, tensão (não apenas na
linguagem poética, mas na pegada , ao tratar dos nossos corpos, sexos, jeito de
comer, beber, transar tudo e falar, sempre!
Guerrilha, de novo! Pela gozo do CIBERDESEJO, já!
Sim à linguagem fragmentada das cibernéticas passeatas/ cruzadas, com suas
POSTAGENS -relâmpago, enfrentemos com versos (também) a CIBERRETÓRICA
descentralizadora;
Que bom que novos poetas publiquem a revolução do conhecimento, a
dissolução regenerativa de qualquer possível consciência política!
Que se lancem ainda com mais forças numa revolução lírica e antilírica (em
versos!), e estilhacem a própria gênese de todos os fenômenos; retrabalhem
signos, metáforas, símbolos; (re) anunciem o poeta como imperador e escravo
colonial, no CIBERCOLISEU, espaço poético virtual em que a vida possa se
cumprir SATILIRICAMENTE;
Tela-praça, portátil/fixa, doa em quem doer (é bom que seja no outro, não
em você!);
Luta e fúria: viver é guerra! Vamos publicar poesia: UAU!
Viva os poetas esgrimistas! Touché!
Que venham esses textos com suas INTERSECCIONADAS coexistências, isto é: o CRUZAMENTO: tempo
VERSUS poesia: presença versus eterna
ausência antifreudiana materna da pátria ou do ser que pariu o poeta e/ou o
leitor.
Urgência no COLAR de tantos escritores em coletânea INESPERADAMENTE NUA e parindo unidade!
Que o corte recupere sua autonomia: Poesia–cirurgia!
Pela invencionice destabocando o
papai e mamãe pós-marxista!
Contra o tratamento da elegância e delicadeza, sim à exploração da eterna e trágica solidão
do homulher luciferinos, pré-edênicos nesta vida tão cheia de... palavras,
olhares de cobiça!
Pelo desnudamento total da verdade, pois a mentira triunfou até agora de
qualquer modo através da linguagem áspera dos tribunais populares e eruditos!
Se você disser que é mentira será mentira sua...
Malvados, tremei! Aí estão as nossas
armas e armações: Mais poetas no front!
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