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quarta-feira, 20 de julho de 2016

CASTRO ALVES, hoje, por Moisés Neto

CASTRO ALVES
poema de moisesmonteirodemeloneto

dedicado ao escritor Albemar Araújo


 



Tua harpa bronzeada
Traduz convulsiva natureza
Toca música que traduz ainda o tema Brasil
Semideus, poeta vidente
Coroado com as folhas do povo
Tua voz une-se a de todos nós
Cantaste como deve se cantar
Ó alma-oceano
Poesia dos trópicos
Pela pátria contra o preconceito
Pela República
Contra exploração do homem pelo homem
Ó puro, nobre, sublime!
Ó indisciplinado!
Falaste a língua que o povo entendia
Apoiaste tua mão no abismo
Sob o clarão mais vivo da alma humana
Leio agora com o coração
Tua obra que termina em reticências...
Como um órfão na amarga solidão
Da recessão do Brasil

No abraço amargo da Dama Negra, corrupção...

Um comentário:

  1. A beleza do seu poema, Moises Neto, é impar. Quedo-me ao ver seus versos dedicado à minha pessoa. E aí transporto-me aos idos 1867, quando do lançamento de Gonzaga e digo na voz do bardo baiano o meu agradecimento:

    "Por onde trilhas - um perfume expande-se.
    Há ritmo e cadência no teu passo!
    És como a estrela, que transpondo as sombras,
    Deixa um rastro de luz no azul do espaço..."

    (Trecho de Horas de Saudade - Castro Alves)

    (Albemar Araújo, respondendo à dedicatória)

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