por Moisés Neto
A velha fórmula de fazer um best seller continua funcionando no século XXI? Parece que sim. A experiência do primeiro amor, cujo portal principal é a descrição do primeiro beijo ainda permeia certos romances que teem principalmente adolescentes como público-alvo. Explorar a fantasia é algo que quase sempre dá certo. É nessa configuração que podemos detectar a trilogia de Kiera Cass, cujo primeiro livro é A seleção. Como em Divergente, há também aqui um futuro onde depois de algumas guerras mundiais, persistem as dificuldades sociais e a sociedade está em... castas, no seguinte esquema: a família dos nobres é a claro é #1, as mais destacadas #2, as #3, # 4, já os operários são as de #5, e os pobres são # 6.
A proposta é a seguinte: fazer com
que as coisas comuns para todos nós surjam, sejam decalcadas, num universo
diferente do nosso onde tudo pareça diferente, como em Jogos Vorazes, onde acontecem coisas que a gente entende e conhece,
num mundo que é diferente do que a gente vive. As regras são diferentes, o
jeito como as coisas funcionam, tudo parece
diferente. Eis a questão: no fundo é a mesma ideologia do “quero minha
felicidade a qualquer custo”, do tipo loteria etc.
Nos livros da Cass temos o seguinte
enredo: toda vez que a “família real” for casar um dos seus herdeiros (o
príncipe encantado!?), eles fazem um concurso com donzelas de todas as “castas”
para escolher a nova... princesa numa espécie de reality show.
Ela para aí no primeiro volume e no segundo, chamado sugestivamente de A elite,
selecionaram 6 meninas, num total de 35. A personagem principal tem o “inocente”
nome de... America, é tão doce que deveria ser proibida para diabéticos, ela
pertence à casta 5 dos artistas, mas o
problema é que, para dar um nó, ela está apaixonada por um rapaz, Aspen, da
casta 6 e..., pasmem, não quer ser princesa! Dá para ser mais redundante? Claro
que sim: essa paixão dela pelo menino é...secreta, mas resolveu inscrever-se no
tal concurso (seguindo o lema romântico: cuidado
com o que você quer, pois você pode conseguir!), só para se divertir e
agora tem fortes chances de ganhar. Mas que coisa, não?
Já a
série Instrumentos mortais está chegando ao fim com a publicação do sexto(!) e último livro que é o famigerado Cidade do Fogo Celestial, o anterior foi Cidade das Almas Perdidas, lançado pela editora Galera Record . O
mais recente traz assim a “grande batalha” entre Clary com o seu terrível irmão
Sebastian, o quando ele já abandonou o corpo da personagem Jace.
Os dois aparecem na capa do
livro de Cassandra Clare explica a
imagem: o bem e o mal, seguram armas tendo como pano de fundo um
impressionante cenário:
Pois é, nada se perde, nada se
cria, tudo se transforma, mudam os meios mas a essência humana é a mesma, desde
as cavernas até hoje, uma modificação genética ou outra, mas as redundâncias e
resiliências que nos são peculiares continuam presentes, quase eternas.
Vejamos as frases mais repetidas desses livros:
Vejamos as frases mais repetidas desses livros:
“Tudo o que ele queria era não ter medo, e então ele estava
com medo o tempo todo.”
“- (…) Clary, desde a primeira vez em que a vi, pertenci completamente a você. E continuo pertencendo. Se você me quiser.”
“- Olhe pra mim - disse Jace. - Olhe pra mim e me diga que sou apenas um garoto de 17 anos comum.
Luke suspirou.
- Não há nada de comum em você.”
“O erro que eu fiz foi não dizer a você o que estava acontecendo comigo, não contar a você sobre meus sonhos.”
“— Você podia ter pedido qualquer coisa no mundo, e você pediu por mim.
Ela sorriu para ele. Imundo como ele estava, coberto com sangue e terra, ele era a coisa mais linda que ela tinha visto.
— Mas eu não quero mais nada no mundo.”
“Você não pode apagar tudo o que causou dor a você com suas lembranças.”
“Infelizmente, você nunca realmente odeia ninguém tanto quanto a alguém com quem já se importou um dia.”
“Cada memória era valiosa; mesmo as ruins.”
“Eu é que deveria estar sentado com você. Que deveria tê-la feito rir daquele jeito. Não conseguia me livrar daquela sensação. Deveria ter sido eu. E quanto mais a conhecia, mais sentia; nunca tinha me acontecido isso antes. Sempre que eu queria uma garota, depois que conhecia, não queria mais; mas com você a sensação só se fortalecia.”
“- (…) Clary, desde a primeira vez em que a vi, pertenci completamente a você. E continuo pertencendo. Se você me quiser.”
“- Olhe pra mim - disse Jace. - Olhe pra mim e me diga que sou apenas um garoto de 17 anos comum.
Luke suspirou.
- Não há nada de comum em você.”
“O erro que eu fiz foi não dizer a você o que estava acontecendo comigo, não contar a você sobre meus sonhos.”
“— Você podia ter pedido qualquer coisa no mundo, e você pediu por mim.
Ela sorriu para ele. Imundo como ele estava, coberto com sangue e terra, ele era a coisa mais linda que ela tinha visto.
— Mas eu não quero mais nada no mundo.”
“Você não pode apagar tudo o que causou dor a você com suas lembranças.”
“Infelizmente, você nunca realmente odeia ninguém tanto quanto a alguém com quem já se importou um dia.”
“Cada memória era valiosa; mesmo as ruins.”
“Eu é que deveria estar sentado com você. Que deveria tê-la feito rir daquele jeito. Não conseguia me livrar daquela sensação. Deveria ter sido eu. E quanto mais a conhecia, mais sentia; nunca tinha me acontecido isso antes. Sempre que eu queria uma garota, depois que conhecia, não queria mais; mas com você a sensação só se fortalecia.”
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