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sábado, 1 de agosto de 2015

À luz da lua azul (poema de Moisés Monteiro de Melo Neto)


Por que essa mordida, assim tão de repente?
Ferir-me com teus dentes
Virgem dos olhos de sangue e fel
Tanto tempo de nós dois, cruel
Nas dobras do éter
Tua fala e riso de encanto
Meu coração em convulsão, fico sem voz
Sob a pele fogo leve percorre-me feroz
cegueira, zumbido, tremor, suor
estou quase morto
Morrevivendo, amorodiando
Em jogo cigano, de repente?
Ah!
O que faço com a gente?

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