O teatro recifense sob preconceito
Mãezona
parte I
por Moisés neto
Em Mãezona, a comédia, temos Jeison Wallace (programa Clube da Cinderela, diariamente na TV CLube/Record), conhecido por interpretar o personagem Cinderela, como diretor numa peça que faz uma homenagem peculiar às figuras maternas. O figurino e adereços são de Roberto Costa, cenografia e projeto gráfico de Célio Pontes.No elenco Flávio Luiz, André Lins, Diógenes de Lima, Múcio Ricardo, Vanessa Porto e Peterson Eloy, produção é de Gugga Macel e Oxe Mainha Produções.
Henrique Celibi (autor), Jeison e Diógenes de Lima
(colaboradores) escreveram o texto MãeZona.
O espetáculo reúne três histórias
distintas (Ser
mãe é padecer no paraíso, O filho da P... e Dormindo com o gorila), abordando o comportamento das mães. Flávio interpreta as mães, ele teve como últimos trabalhos as peças Cleópatra e As criadas malcriadas.
Há uma interessante relação intersemiótica com o vídeo neste espetáculo. Jeison, que há muito tempo trabalha na TV, traz imagens desta mídia e as incorpora neste seu novo trabalho. Imagina-se que tipo de críticas Barreto Júnior recebia ou, se formos pensar assim, todo o teatro de revista, com seus artistas apontados como tipos "alienados". Mas o que vemos em "Mãezona" é uma equipe de trabalhadores conscientes do seu ofício e dispostos a levar adiante um projeto de vida.
Artistas pernambucanos: Flávio Luiz, André Lins, Diógenes de Lima, Múcio Ricardo e Vanessa Porto
Na primeira das peças,Ser
mãe é padecer no paraíso,
Dona Edileuza é uma mãe tradicional do subúrbio. Ela acredita que os filhos
dela são perfeitos e os da vizinha não prestam. Na segunda, O filho da p... -
Uma mãe vira prostituta para poder criar os filhos. Karla Kelly tenta sair da
vida, mas não consegue e na terceira, Dormindo com o Gorila, temos a história da cientista Zilda Isolda. Desiludida com
os homens, ela alimenta a tese de que pode engravidar com um macaco. Como tem o
sonho de ser mãe, Zilda tenta colocar a teoria em prática.
Há quem critique a falta de "essência" ou veja neste tipo de espetáculo um tipo de imediatismo. revisando as mesmas piadas e estereótipos (de gays, domésticas e tipos populares) ou busque o "verdadeiro teatro pernambucano", de textos inteligentes, artistas preparados "de currículo”, como postou um internauta. Um dia haverá um julgamento menos agressivo para este tipo de cena? São os pioneiros depois do teatro de revista e do Vivencial, em Recife. Traduzem poesia simples ao retratar tipos marginalizados, sem cacos, desta vez, artistas dispostos a produzir sem o auxílio das Leis de Incentivo à Cultura que seguram hoje em dia praticamente toda a produção teatral em Recife, no Brasil, ditando rumos do mercado de trabalho. Arriscando a vida num teatro que está em crise e só enxerga o apedrejamento, ainda, das madalenas da meia-noite de verão. Sonhos de palco e plateia, eis Mãezona. Há muitos tipos de espetáculos em Recife, com diretores e grupos variados, Cadengue, Magiluth, Fiandeiros etc., mas o outro lado da meia-noite é de Jeison, Flávio e esse pessoal aí, Celibi... irmãos na fé de uma voz que não se cala, fui o primeiro da Academia a observar o fenômeno, a seguir veio Luiz Reis, virão outros, analisar como menos rancor o que fazem esses equilibristas das bilheterias... e o resto? Ainda é silêncio.
Há quem critique a falta de "essência" ou veja neste tipo de espetáculo um tipo de imediatismo. revisando as mesmas piadas e estereótipos (de gays, domésticas e tipos populares) ou busque o "verdadeiro teatro pernambucano", de textos inteligentes, artistas preparados "de currículo”, como postou um internauta. Um dia haverá um julgamento menos agressivo para este tipo de cena? São os pioneiros depois do teatro de revista e do Vivencial, em Recife. Traduzem poesia simples ao retratar tipos marginalizados, sem cacos, desta vez, artistas dispostos a produzir sem o auxílio das Leis de Incentivo à Cultura que seguram hoje em dia praticamente toda a produção teatral em Recife, no Brasil, ditando rumos do mercado de trabalho. Arriscando a vida num teatro que está em crise e só enxerga o apedrejamento, ainda, das madalenas da meia-noite de verão. Sonhos de palco e plateia, eis Mãezona. Há muitos tipos de espetáculos em Recife, com diretores e grupos variados, Cadengue, Magiluth, Fiandeiros etc., mas o outro lado da meia-noite é de Jeison, Flávio e esse pessoal aí, Celibi... irmãos na fé de uma voz que não se cala, fui o primeiro da Academia a observar o fenômeno, a seguir veio Luiz Reis, virão outros, analisar como menos rancor o que fazem esses equilibristas das bilheterias... e o resto? Ainda é silêncio.
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