Desde a época da curadoria de Lucila Nogueira, a Festa Literária
Internacional de Pernambuco sempre me deu prazeres, poderia ser melhor para mim:
já participei como palestrante em outros anos e lá encontrei Thiago de Mello, Camile Paglia,
Barry Miles e tanta gente boa, sou público também e escuto com paciência.Nesta 9ª edição, que aconteceu de 14 a 17 de
novembro, em Olinda, compartilheia as ideias do argentino Andrés Neuman, do angolano valter hugo mãe, com suas
histórias de santidade, São Bento, exorcismos, cura de doenças nas mãos na infância
por pedir em frente à virgem Maria... um milagre... agora na Islândia, as incertezas de Andrea Del Fuego, as certezas
deLuiz Ruffato e as estruturas expostas do grande Ronaldo Correia de Brito. Estive
com a filha, a neta e o bisneto do homenageado José Lins do Rego.
Não se falou muito das angústias de ser um escritor, salvo um certo tom melancólico da parte de Andrea del Fuego. O clima era mesmo de celebração dos famosos presentes ou os que eram objeto de estudo. O tema-pretexto para o magnífico encontro de intelectuais e simpatizante foi “A literatura é um jogo”. A curadoria de Mário Helio Gomes é sempre uma menção honrosa. Mário já editou muitos textos meus. Andrés Neuman (1977, Buenos Aires, Argentina), autor dos livros Bariloche, O viajante do século , dos livros de contos El que espera, El último minuto e Alumbramiento; e de Década (seus livros de poesia). Indicado pela revista britânica Granta como um dos Melhores Ficcionistas Jovens em Espanhol! Já Ana Maria Machado (1941, Rio de Janeiro)com seus mais de cem livros publicados no Brasil, traduzida em vinte países(18 milhões de exemplares, invejável!). Detentora dos principais prêmios literários no Brasil ( e em 2003 o Hans Christian Andersen, importante prêmio internacional de literatura infantil). Em 2001, a Academia Brasileira de Letras concedeu à escritora o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra e em 2003, integrou a ABL (é a atual presidente). O caso Andrea del Fuego (1975, São Paulo) é mais delicado: os contos de Minto enquanto posso (2004), Nego tudo (2005) e Engano seu (2007fizewram dela um nome conhecido. Levou o Prêmio Literário José Saramago por seu livro Os Malaquias. Não conseguiu nesta Fliporto um brilho a sua altura. Luiz Ruffato (1961, Cataguases, Minas Gerais)
autor de Eles eram muitos cavalos, Estive em Lisboa e lembrei de você (prêmios APCA, Machado de Assis, Jabuti e Casa de las Américas e estão publicados na França, Itália, Espanha, Alemanha, Portugal, Argentina, México e Colômbia). Pilar del Río não encontrei (sim: todos terminam se misturando com a audiência. Mas Maitê Proença (bem louquinha, uma delícia!) mandou logo avisar que só ia autografar o livro que organizou: É duro ser cabra na Etiópia, fotos seriam no dia seguinte para quem comprasse ingresso para a peça dela no Parque Dona Lindu (duas sessões no teatro Luiz Mendonça, $40 e 80); desnecessário louvar Ronaldo Correia de Brito (1951, Saboeiro, Ceará) escritor e médico (formado pela Universidade Federal de Pernambuco) com seus relatos de pesquisas, seus textos sobre literatura oral e “brinquedos de tradição popular”, autor dos livros Galileia (2008, Prêmio São Paulo de Literatura/2009, Melhor Livro do Ano), contos Retratos imorais (contos, 2010), Faca (2003), Livro dos homens (2005) e Estive lá fora (2012), praticame nte sufocou Ana Maria Machado com sua sapiência estratégica. Walcyr Carrasco (1951, Bernardino de Campos, São Paulo) não vi, nem soube. Mas o autor de telenovelas, jornalista, (Veja e IstoÉ ,O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Diário Popular), autor dos infanto-juvenis Vida de droga e O selvagem, traduções e adaptações de clássicos da literatura como Os miseráveis , (diversas menções de “Altamente Recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), que precioso!). Para “adultos”, segundo release, estão Pequenos delitos e Juntos para sempre. Presenciei Sylvio Back (1937, Blumenal, Santa Catarina, cineasta, poeta, roteirista e escritor, trinta e sete filmes, vinte e um livros, entre poesia, ensaios, contos e os argumentos/roteiros dos filmes). Um sabor de veneno veio à boca com Consumir, protestar, espionar e outros temas incômodos, no jogo da sociedade moderna em mudança constante, palestra em vídeo com o sociólogo Zygmunt Bauman (gravada em Leeds, na Inglaterra), comentado pelo economista Sergio Besserman Vianna, em conversa com o jornalista Silio Boccanera (só a primeira parte, a segunda quem quisesse ver e não ganhou no sorteio improvisado, que comprasse no stand da Carpe Diem. Fernando Báez e Klester Cavalcanti, com mediação de Samarone Lima, compuseram a mesa Jogos de Guerra – duas conferências: Báez: “Censura, mentiras e poder: a verdade da espionagem dos Estados Unidos no século XXI”, tomou o microfone diante de uma escassa plateia e metralhou durante uma hora, sem parar, a partir das 14: 20, uma lista da espionagem maliciosa dos EUA, Samaroni teve que pedir 3 vezes para o venezuelano calar-se! Cavalcanti com “Um Jornalista Brasileiro na Guerra da Síria”, falou sobre sua prisão, como jornalista, na Síria. No mais a presença sempre agradável de Sidney Rocha.
Interior gelado da barriga negra
tenda das palestras principais
que nos abrigou em Olinda, novembro de 2013
que nos abrigou em Olinda, novembro de 2013
PRAZER DE VER
Não se falou muito das angústias de ser um escritor, salvo um certo tom melancólico da parte de Andrea del Fuego. O clima era mesmo de celebração dos famosos presentes ou os que eram objeto de estudo. O tema-pretexto para o magnífico encontro de intelectuais e simpatizante foi “A literatura é um jogo”. A curadoria de Mário Helio Gomes é sempre uma menção honrosa. Mário já editou muitos textos meus. Andrés Neuman (1977, Buenos Aires, Argentina), autor dos livros Bariloche, O viajante do século , dos livros de contos El que espera, El último minuto e Alumbramiento; e de Década (seus livros de poesia). Indicado pela revista britânica Granta como um dos Melhores Ficcionistas Jovens em Espanhol! Já Ana Maria Machado (1941, Rio de Janeiro)com seus mais de cem livros publicados no Brasil, traduzida em vinte países(18 milhões de exemplares, invejável!). Detentora dos principais prêmios literários no Brasil ( e em 2003 o Hans Christian Andersen, importante prêmio internacional de literatura infantil). Em 2001, a Academia Brasileira de Letras concedeu à escritora o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra e em 2003, integrou a ABL (é a atual presidente). O caso Andrea del Fuego (1975, São Paulo) é mais delicado: os contos de Minto enquanto posso (2004), Nego tudo (2005) e Engano seu (2007fizewram dela um nome conhecido. Levou o Prêmio Literário José Saramago por seu livro Os Malaquias. Não conseguiu nesta Fliporto um brilho a sua altura. Luiz Ruffato (1961, Cataguases, Minas Gerais)
autor de Eles eram muitos cavalos, Estive em Lisboa e lembrei de você (prêmios APCA, Machado de Assis, Jabuti e Casa de las Américas e estão publicados na França, Itália, Espanha, Alemanha, Portugal, Argentina, México e Colômbia). Pilar del Río não encontrei (sim: todos terminam se misturando com a audiência. Mas Maitê Proença (bem louquinha, uma delícia!) mandou logo avisar que só ia autografar o livro que organizou: É duro ser cabra na Etiópia, fotos seriam no dia seguinte para quem comprasse ingresso para a peça dela no Parque Dona Lindu (duas sessões no teatro Luiz Mendonça, $40 e 80); desnecessário louvar Ronaldo Correia de Brito (1951, Saboeiro, Ceará) escritor e médico (formado pela Universidade Federal de Pernambuco) com seus relatos de pesquisas, seus textos sobre literatura oral e “brinquedos de tradição popular”, autor dos livros Galileia (2008, Prêmio São Paulo de Literatura/2009, Melhor Livro do Ano), contos Retratos imorais (contos, 2010), Faca (2003), Livro dos homens (2005) e Estive lá fora (2012), praticame nte sufocou Ana Maria Machado com sua sapiência estratégica. Walcyr Carrasco (1951, Bernardino de Campos, São Paulo) não vi, nem soube. Mas o autor de telenovelas, jornalista, (Veja e IstoÉ ,O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Diário Popular), autor dos infanto-juvenis Vida de droga e O selvagem, traduções e adaptações de clássicos da literatura como Os miseráveis , (diversas menções de “Altamente Recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), que precioso!). Para “adultos”, segundo release, estão Pequenos delitos e Juntos para sempre. Presenciei Sylvio Back (1937, Blumenal, Santa Catarina, cineasta, poeta, roteirista e escritor, trinta e sete filmes, vinte e um livros, entre poesia, ensaios, contos e os argumentos/roteiros dos filmes). Um sabor de veneno veio à boca com Consumir, protestar, espionar e outros temas incômodos, no jogo da sociedade moderna em mudança constante, palestra em vídeo com o sociólogo Zygmunt Bauman (gravada em Leeds, na Inglaterra), comentado pelo economista Sergio Besserman Vianna, em conversa com o jornalista Silio Boccanera (só a primeira parte, a segunda quem quisesse ver e não ganhou no sorteio improvisado, que comprasse no stand da Carpe Diem. Fernando Báez e Klester Cavalcanti, com mediação de Samarone Lima, compuseram a mesa Jogos de Guerra – duas conferências: Báez: “Censura, mentiras e poder: a verdade da espionagem dos Estados Unidos no século XXI”, tomou o microfone diante de uma escassa plateia e metralhou durante uma hora, sem parar, a partir das 14: 20, uma lista da espionagem maliciosa dos EUA, Samaroni teve que pedir 3 vezes para o venezuelano calar-se! Cavalcanti com “Um Jornalista Brasileiro na Guerra da Síria”, falou sobre sua prisão, como jornalista, na Síria. No mais a presença sempre agradável de Sidney Rocha.
Muito boa, quero mais.
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