Moisés Neto falou com Carrero antes da publicação de Tangolomango
Moisés
Neto: faz tempo não converso com você....
Raimundo
Carrero: como você está?
Moisés
Neto: pois é, caríssismo, continuo escrevendo, inclusive concluí um romance,
mas este mal de editar me ataca mais do que me eleva, tem peça minha em cartaz
Raimundo
Carrero: grande lutador! sempre foi...pois é, amigo, publicar é sempre um
drama, uma queixa, uma mágoa... o tal romance é de viagem...
Moisés
Neto: mas o bom a gente já tem: escrever! Cada vez sinto mais prazer
Raimundo
Carrero: escrever é bom, publicar é dramático... mas o que é que se pode fazer?
Bom
é trabalhar com o teatro, que é na HORA
Moisés
Neto: e você? Não vai mais entrar no drama? Pena que não estive no teatro para apreciar
de perto sua investida; espero um dia ainda adaptar um dos seus romances para o
teatro
Raimundo Carrero: pois é, achei que podia fazer,
e fiz... sou louco por teatro... na adolescência, fiz muitas peças, escrevi... essas
coisa..quando quiser adaptar dita...estou escrevendo um romance, que pode ser
uma boa peça, com uma atriz representando e muitos representando e muitos
atores e atrizes, porque pé o desfile do galo...quiser... um da de carnaval e
muitas lembranças...um grande monólogo...e fantasias, e blocos, e samba e muito frevo...
Moisés Neto e Raimundo Carrero
Moisés
Neto: vem aí um novo edital do FUNCULTURA; agora lembremo-nos de que quanto
menos atores... melhor, enxuga orçamento e dinamiza, que diretor local você
gostaria?
Raimundo
Carrero: não sei bem...talvez você possa dirigir, mas quem sabe, você adapta
e dirige....talvez Cadengue...não é um estilo dele, digamos, mas é um bom
diretor...Marcondes Lima?....por aí...podemos levar ao Rio e a São Paulo...daremos
uma volta por aí...
Ah!
O meu lançamento é pela Record....fico feliz demais com o teatro... com meu
romance... vamos
juntos, sim. Juntos faremos boas coisas...o livro chama-se Tangolomango - ritual das paixões deste
mundo...
Moisés Neto: na verdade algo me deixa inquieto
com a academia e mesmo com a cibernética, aliás... esse nosso ofício é
inquietante, mesmo e eu ainda vivo de ensinar; como vai ficar a questão das
suas oficinas?
Raimundo Carrero: vão devagar porque tive o AVC e fiquei quase dois anos parado... ainda
estou me recuperando...recomeço a andar... foi uma barra, amigo...Quase dois anos sem me mover...sem participar
de eventos...Agora estou bem, graças a Deus... estou andando no meu bairro...
sem poder beber... mas sem limitações para comidas... pretendo começar a sair...para
rever os amigos...
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