BALADA LITERÁRIA:
convergências & dissonâncias.
Jomard Muniz de Britto, jmb
Antes, desejo reconfortante de citações.
Agora podemos avaliar o citacionismo
enquanto morte da pós-modernidade.
Sem luto nem compaixões. Sem ilusões
das altas censuras monetárias.
Nosso século XXI continua mais do que
abalado com o era o dito.
Erudição que pode ser desdita e talvez
maldita por bandido intelectualismo.
Ou cognitiva precariedade.
Toda vez que a citação se torna e retorna
argumento de autoridade,
instituição inabalável decaindo sobre nós.
Todos incuráveis da contemporaneidade.
Por isso a carência de baladas pelos
entrelugares da leitura em interpretações
compartilhadas. Convergindo e divergindo.
Redes sociais entre mediações do ver,
pensar, discutir, experimentar discursos
e outras retóricas do sim ao não.
Tentar jogar economias criativas no fluxo
das economias malcriadas, insubordinadas.
O que nunca foi nem será facilitador.
Situar algo de panfletário nas redes
atentando para as grafitagens ao redor.
Talvez o movimento RECIFUSION seja o que
resiste de EX-PERI-MENTAL no Recife
transtornando-se em Sampa TRANSbaladas.
O que restou do perspectivismo indigenista?
Muros citadinos transbordando linguagens:
impressionistas, expressionistas, bossas
poderosas, concretudes, hipertropicalismos...
Do infinito jamais definitivo de outro
escrevivendo ao infinitozinho dos signos.
Do vampirismo vampirizado pelo impróprio
talento ao “vandalismo” desafiando
corrupções generalistas.
LAERTE não mudou o nome, mas conseguiu
abalar nossas convicções em louvor dos
horizontes da pansexualidade.
Empatia, simpatia relacional, na BALADA
dos distanciamentos linguageiros...
SALVE-SE QUEM SOUBER ABALAR-SE.
Recife, novembro/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário