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sexta-feira, 26 de maio de 2017

EXPOSIÇÃO DE MATISSE (Jazz), está no Recife

 

Na exposição de Matisse, Caixa Cultural, RECIFE


“O mais belo livro de arte do século XX”, com estas palavras o crítico de arte Paulo Herkenhoff sintetiza o belíssimo conjunto de desenhos feitos com tesoura, técnica desenvolvida por Matisse no início da década de 1940. Obrigado a passar longos períodos na cama e na cadeira de rodas, recuperando-se de uma delicada cirurgia, o pintor primeiro dedicou-se ao desenho e a ilustração, depois foi mais longe, combinando desenho e pintura em colagens feitas com papeis recortados e coloridos com guache. O artista já havia utilizado os papiers collés para o estudo da obra La danse (1909), mas foi a cumplicidade do editor e crítico Tériade que o incentivou a realizar um álbum só com papéis recortados, trabalho que mais tarde foi considerado como uma de suas obras mais importantes.
Durante os primeiros dois anos de trabalho Matisse experimentou cores e formas, utilizando folhas de papel que coloria com vivas e brilhantes cores de guache. Recortava até atingir o resultado que pretendia. O processo de edição do álbum, iniciado em 1942, durou cinco anos. O título foi definido em 1944 e a ideia de incluir texto, em 1946. As imagens variam da abstração a figuras de grande vivacidade, mescladas a um texto manuscrito impresso em fac-símile no qual Matisse tece observações sobre assuntos diversos. O próprio autor esclarece que a composição aborda assuntos ligados ao circo, contos populares e viagens, com ritmo identificável aos sons de uma orquestra de jazz. As pranchas em exposição são do exemplar 196 dos 250 originais impressos e pertencem ao acervo dos Museus Castro Maya.
Sobre o artista: Pintor, gravurista, desenhista e escultor, o francês Henri Matisse é considerado um dos principais artistas do século 20, exercendo uma figura de liderança na arte moderna.

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