por moisesmonteirodemeloneto
Orikis, só homens
Fui convidado e compareci à abertura da 13ª MOSTRA BRASILEIRA DE
DANÇA, coordenada/ dirigida por pessoas que respeito muito, Paulo de Castro e Iris
Macedo. A homenageada desse Evento, minha caríssima Mônica Lira, fez um
discurso que misturou amor e política cultural de forma ímpar. O Teatro de
Santa Isabel ovacionou-a durante vários minutos. Na platéia presenças marcantes
como Jomard Muniz de Britto, Ivonete Melo, Raimundo Branco, Leidson Ferraz, Carla
Valença,, Paula de Renor (marcantes produtoras na área cultural), dentre outros
notáveis. Uma noite para se lembrar. O Balé
Teatro Guaíra apresentou Transito e Orikis. A seguir leu uma espécie de
Manifesto expondo a situação delicada que está passando: 99% do pessoal dos
funcionários de dança e 44% do pessoal dos músicos foram demitidos pelo Governo
Federal. Transito e
Orikis, coreografias de Ana Vitória, foram apresentadas e tantalizaram a plateia
durante 50 minutos. Para compor as duas coreografias, a
coreógrafa Ana Vitória, inspirou-se na temática ritualística e tribal. Destaco Orikis, que se inspira na música de
Vadji e no universo dos Orixás, enquanto Trânsito
teve como fonte de pesquisa a diversidade de ritmos tribais de culturas
distintas. Trânsito trata da
diversidade rítmica e formal dos cruzamentos entre culturas, a partir da
investigação de ritmos tribais de etnias distintas. Ana Vitória discorre pela
poética dos territórios e geografias, utilizando-se das cartografias afetivas
para compor um rico caleidoscópio gestual, organizados também na trilha sonora
composta especialmente pelo músico Cláudio Dauelsberg. Ana Vitória e sua assistente de coreografia Andréa Bergallo, trabalharam
com os bailarinos do BTG na atualização das duas coreografias Trânsito e Orikis, criadas em 2001, nesta nova versão. O BTG, como é
conhecido o Balé Teatro Guaíra, foi criado pelo Governo do Estado do Paraná em
1969, e é uma das mais importantes companhias oficiais do país. O seu
repertório atual é focado na diversidade da dança contemporânea e traz
propostas ousadas, sem perder o contato com as tradições.
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