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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

13ª MOSTRA BRASILEIRA DE DANÇA toma conta do Recife


por moisesmonteirodemeloneto

Orikis, só homens


Fui convidado e compareci à abertura da 13ª MOSTRA BRASILEIRA DE DANÇA, coordenada/ dirigida por pessoas que respeito muito, Paulo de Castro e Iris Macedo. A homenageada desse Evento, minha caríssima Mônica Lira, fez um discurso que misturou amor e política cultural de forma ímpar. O Teatro de Santa Isabel ovacionou-a durante vários minutos. Na platéia presenças marcantes como Jomard Muniz de Britto, Ivonete Melo, Raimundo Branco, Leidson Ferraz, Carla Valença,, Paula de Renor (marcantes produtoras na área cultural), dentre outros notáveis. Uma noite para se lembrar. O  Balé Teatro Guaíra apresentou Transito e Orikis. A seguir leu uma espécie de Manifesto expondo a situação delicada que está passando: 99% do pessoal dos funcionários de dança e 44% do pessoal dos músicos foram demitidos pelo Governo Federal. Transito  e Orikis, coreografias de Ana Vitória, foram apresentadas e tantalizaram a plateia durante 50 minutos. Para compor as duas coreografias, a coreógrafa Ana Vitória, inspirou-se na temática ritualística e tribal. Destaco Orikis, que se inspira na música de Vadji e no universo dos Orixás, enquanto Trânsito teve como fonte de pesquisa a diversidade de ritmos tribais de culturas distintas.  Trânsito trata da diversidade rítmica e formal dos cruzamentos entre culturas, a partir da investigação de ritmos tribais de etnias distintas. Ana Vitória discorre pela poética dos territórios e geografias, utilizando-se das cartografias afetivas para compor um rico caleidoscópio gestual, organizados também na trilha sonora composta especialmente pelo músico Cláudio Dauelsberg. Ana Vitória e sua assistente de coreografia Andréa Bergallo, trabalharam com os bailarinos do BTG na atualização das duas coreografias Trânsito e Orikis, criadas em 2001, nesta nova versão. O BTG, como é conhecido o Balé Teatro Guaíra, foi criado pelo Governo do Estado do Paraná em 1969, e é uma das mais importantes companhias oficiais do país. O seu repertório atual é focado na diversidade da dança contemporânea e traz propostas ousadas, sem perder o contato com as tradições. 


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