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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A ÚLTIMA NOITE DE KAFKA. Teatro, hoje, no Recife, às 20h


A ÚLTIMA NOITE DE KAFKA. Leitura dramatizada
 HOJE, no Recife, às 20h

Teatro Hermilo Borba Filho

Os 20 primeiros ganharão obra completa do autor
Cláudio Aguiar

(Publicada pela Academia Brasileira de Letras)

O ator, dramaturgo e diretor
Moisés Monteiro de Melo Neto
interpreta Kakfa, hoje, no Recife


Últimos suspiros de Kafka

em:      http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2016/01/11/ultimos-suspiros-de-kafka/
Manoel constantino traça (junto com Moiséis Neto) o semitranse do escritor tcheco. Foto: Sayonara Freire
Manoel constantino traça (junto com Moiséis Neto) o semitranse do escritor tcheco. Foto: Sayonara Freire
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Franz Kafka (1883-1924) se conectava à vida pela escrita. Mas encarava a dura rotina de advogado empregado numa seguradora. Seu ideal era ser escritor em tempo integral. Esse judeu tcheco, tuberculoso, sofria a inclemência da vida numa Europa intolerante e antissemita. A Última Noite de Kafka, texto de Claúdio Aguiar, ficciona os derradeiros momentos da existência do escritor, alternando estado de lucidez e delírio, quando ele repassa sua vida e dialoga com alguns de seus personagens.
A leitura dramatizada do texto Aguiar, com direção de José Francisco Filho, ocorre nesta segunda-feira (11), a partir das 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife. No elenco estão os atores Manoel Constantino e Moisés Monteiro de Melo Neto. A apresentação integra a programação paralela do 22º Janeiro de Grandes Espetáculos.
Em março de 1924, a tuberculose laríngea de Kafka piorou. Em 10 de abril, ele foi para um sanatório perto de Viena. O texto de Cláudio Aguiar, escrito em versos, constrói a peça justamente neste ponto, quando o dramaturgo Cláudio Aguiar o flagra num delírio onde mistura sua vida e obra.
A causa da morte de Kafka aparentemente foi fome: a condição da garganta fez com que comer se tornasse uma atividade muito dolorosa para ele. Não havia meios de alimentá-lo. Naquele momento, ele estava editando Um Artista da Fome, no seu leito de morte, conto cuja composição tinha sido iniciada antes da sua garganta se fechar ao ponto dele não mais poder se alimentar.
Ele morreu no dia 3 de junho de 1924, em Klosterneuburg, na Áustria. Sua escrita captou a opressão que se instalou no século XX. Quase 100 anos depois da morte do autor deMetamorfose (1915), O Processo (1925), O Castelo (1926), O desaparecido ou Amerika (1927) prosseguimos uma existência cada vez mais kafkiana.
Outras duas leituras estão agendadas no 22º Janeiro de Grandes Espetáculos. São dois textos do teatro espanhol contemporâneo. A peça Os Corpos Perdidos, de José Manuel Mora, sob direção da paulistana Cibele Forjaz, será apresentada pelo elenco do Coletivo Angu de Teatro no dia 20 de janeiro, no Teatro Arraial Ariano Suassuna. E A Paz Perpétua, de Juan Mayorga, dirigida pelo gaúcho Fernando Philbert, será desenvolvida pelo Grupo Magiluth, no dia 21, no Teatro de Santa Isabel. A entrada é franca para ambas as leituras.
Moisés Neto em A última noite de Kafka
Moisés Neto em A última noite de Kafka


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