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sábado, 30 de janeiro de 2016

Apocalipse em Recife e os Dez Mandamentos


(por Moisés Monteiro de Melo Neto)


Uma sexta-feira bem diferente, esta do dia 29 de janeiro de 2016, no Recife.



Visitando uma amiga num bom hospital, almoçando com uma mulher que gosto muito, estávamos a falar sobre um amuleto da e um grupo oriental, no ´11º andar com vista para o Pina e Afogados, quando citei o nome do amuleto da Igreja Messiânica, houve um grande estrondo; todos ficaram meio estupefatos, soube que nas ruas houve Pânico, pessoas correram para dentro das lojas, bancos etc. Um guarda chegou a dizer quando pediram que ele impedisse a entrada brusca de tanta gente: fui treinado para conter pessoas, não fenômenos da natureza.
Tarde em trevas: Recife

Choveu bastante à tarde, mas, às 15 h, parou de chover. Saí naquele clima gostoso de bonança; comprei algumas coisas, resolvi negócios, comprei uma calça para ir ao Baile, fui ao Mercado e lá, próximo ao Teatro do Parque (abandonada reforma?), parei porque caiu súbito temporal seguido de ventos furiosos que contorciam árvores muito antigas e adentrava a loja onde me abrigava.


Meninos, eu vi, como disse Gonçalves Dias, o 
primeiro a chamar Recife de Veneza americana (!)



Uma popular chegou , com seu cabelo preto, em coque improvisado, com um ramo verde de um palmo estado nele, mais parecia a pomba de Noé, passou dizendo com graça aos vendedores, seus conhecidos, que afastavam manequins e os da ruas/ calçadas tentavam segurar guarda-sóis, subitamente também transformados e inúteis guarda-chuva diante daquela procela repentina e avassaladora: isto é um terremoto!".


Alguém me mostrou esta foto no celular, fico chocado


Ri da ignorância e fortaleza dela, que continuou: " A essa hora, lá na favela, já está tudo alagado. KKKKKKKKKKKKKKKKKk. Vou é tomarum cachaça!", ao que um jovem v endedor respondeu com intimadade quase fraternal: "Vai, Dalva, vai. KKKKKKK".
Ri comigo mesmo; mal sabia eu do tamanho da tempestade que me cercava. depois de uns 25 minutos de chuva  e vento fortes veio o desligamento da rede elétrica de boa parte do bairro da Boa Vista. As trevas, antres do final da tarde.

Lembrei de Maria Bethania, não sei bem, mas ...



No dia anterior a mídia havia anunciado que rãs (depois de longa seca houve chuvas ) invadira Petrolina.
Temos a peste da Chikunguya.
Bebês vítimas da microcefalia.
Comprei uma massa chinesa e voltei à casa, só aquele lugar esta com luz; sem poder comprar mais nada, sem energia, tive que subir vários andares pela escada. Quando cheguei no meu apartamento, lá no alto, abri a janela e fiquei estupefato com a tempestade de raios, relâmpagos e trovões, muito e escandalosamente belos, sobre o céu da cidade, e vi o mar ficando com várias cores, e os metrô SEGUINDO PARA O SUBÚRBIO LONGÍNQUO.
Como eu tinha reunião à noite liguei para o responsável, que confirmou o cancelamento devido ao caos: árvores caindo em vários pontos da cidade, longos engarrafamentos etc.
Liguei para amigos comentando.
Tomei uma coca-cola e comi a massa chinesa.

O que fazer na sexta-feira que mudo subitamente?
Olhei pelas janelas o Recife meio medieval cheio de escuridão, velas.
Pensei nos prédios que têm gerador elétrico.
Desci vários lances de escada e fui ao cinema (pensei que tudo tinha fechado, mas liguei para o Shopping  e as salas de cinema estavam funcionado.
Assisti à adaptação cinematográfica, que estreara no dia anterior;
OS DEZ MANDAMENTOS.

O Recife que testemunhei da janela do meu escritório (no meu apartamento)
era, mais ou menos, assim...



Parecia mais um videoclipe, às vezes bem legal.
Acompanhei parte da trama pela internet e às vezes no calor da transmissão na TV aberta da Rede Record.
Marcos Winter ( Moisés Mignon dele tem seu charme, Sergio Marone (gosto do jeito que ele criou, ao lado do diretor Avancini, para interpretar Ramsés, que conheci no Museu do Cairo), Adriana Garamboni (coitada, não tiveram piedade do seu personagem que era um arraso na novela, foi onde a conheci, depois assisti ao vídeo do musical Chicago e gostei ainda mais da interpretação dela), Paulo Gorgulho (voz, expressões e olhar fortes, em meio ao histrionismo fundamentalista que marca o texto e a ação do seu personagem, o pai de Moisés), todos os envolvidos no projeto (na ficha técnica tem um profissional que tem a alcunha de tomate (será sobrenome?).
Bem, achei que em casa me entediaria mais e gosto da ideia de transformar uma novela de 170 capítulos, ou mais, num filme de 2 horas.
Emocionei-me aqui e ali. Acho que Denise dell Vechio foi mal aproveitada, já Miriam, irmã de Moisés na trama, a atriz que a interpreta ainda está marcada pelo personagem outro que já interpretou: Maysa, ainda por cima na novela ela pegava um instrumento de cordas e se punha a cantar melancólicas músicas de louvor e júbilo hebreus.
O recurso utilizado para alinhavar aquele amontoado de cenas foi utilizar-se de um recurso milenar: um narrador, no caso, Josué, o que acentua o aspecto épico, além de servir de chamariz para a nova novela que vem logo aí: A Terra Prometida.
parece que ainda virá a parte 2 de Os 10 Mandamentos.

Camila Rodrigues, na cena em que Nerfertari
vê a água da sua piscina transformar-se em sangue
A atriz tem várias cenas de chiliques
mas esta, à Carie, é soberba, neste quesito


Havia pessoas mal educadas na plateia com a luz dos seus celulares a ferir as retinas dos outros que tentavam se concentrar na tela do filme.
Ver algo produzido para a TV, sendo exposto assim numa tela de cinema é uma experiência, digamos assim, divertida e instigante.

Quando saí do Shopping a Boa Vista continuava às escuras e fazia um certo frio.
A tempestade havia passado, mas só a muito custo consegui enxergar uma estrela, perto da meia-noite.
Meu prédio estava às escuras e tive que subi degrau por degrau todos os andares.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Sexualidade em Holocausto

 Trecho da palestra proferida pelo escritor Moisés Monteiro de Melo Neto, no dia 27 de Janeiro de 2016, na Sinagoga Kahal Zur Israel , Rua do Bom Jesus, Recife, por ocasião do Dia internacional em memória às vítimas do holocausto.


Moisés Monteiro de Melo Neto (ao microfone)durante a palestra


Na peça BENT, de MARTIN SHERMANN, um travesti, que diz ser heterossexual e fazer aquilo só por dinheiro (Berlim, anos 30),Greta, aparece sentada no trapézio. Ela canta numa voz sedutora e abafada (Segundo indica a marca):

 Ruas de Berlim,
Devo te deixar logo,
Ah! Você ira me esquecer?
 Eu estive realmente aqui?
 Me encontre um bar
 Em ruas pavimentadas
Onde os garotos são bonitos
 Onde não posso amar
Mais do que um dia
Mas um dia é o suficiente nessa cidade.
Me encontre um rapaz
 Com olhos da cor do oceano
 E mostre a ele nenhuma piedade.
 Arranque seus olhos,
Ele não precisa ver
Como eles te comem vivo nessa cidade.
 Ruas de Berlim
Você irá sentir minha falta?
Ruas de Berlim, Você se importa?
Ruas de Berlim,
Você irá chorar
Bent : Foto Mick Jagger, Sean Mathias

(interpretado por Mick Jagger, dos Rolling Stones, no filme homônimo, BENT):


https://www.youtube.com/watch?v=XgQkILFww2U

 O processo de ascensão do Nazismo ao poder e as atrocidades de Hitler iniciaram-se bem antes de 1940. Tudo começa com a eliminação maciça de deficientes físicos e mentais que eram enviados para os primeiros protótipos de câmara de gás.
Os homossexuais também entram nessa categoria no mesmo período.
Ernst Rohm, um grande  chefe, amigo pessoal de Hitler. Gostava de rapazes bonitos e ia aos clubes.
Hitler prendeu Rohm e olhem que ele era do alto escalão. Morreu. Como qualquer outro , apesar de ser amigo do fuher.
Os homossexuais entraram em pânico.
Ernst Rohm (1887-1934), 47 anos, atuara durante a 1ª Guerra Mundial com muita participação política e teve um forte papel na construção do Partido Nazista.
A “traição” a Hitler e ao partido era o fato dele ser homossexual.
Eles não hesitaram em descartar Rohm, dado que sua conduta começava a prejudicar a imagem do Partido Nazista.  
O triângulo rosa marcava os prisoneiros homossexuais.
Judeu, uma estrela amarela. Criminoso político, um triângulo vermelho. Criminosos comuns, verde.

Germano Haiut, na audiência, um grande 


Havia naquele país uma tentativa de “legalizar” os homossexuais. Era quase um movimento político. Por isso um dos personagens da peça Bent, apesar de homossexual conseguiu sua estrela amarela, mesmo não sendo judeu. Era homossexual. Ele não queria um triângulo rosa (a categoria mais baixa)
Para provar para os oficiais que não era homossexual, ele faz sexo com uma adolescente que  talvez estivesse morta, há alguns minutos… com uma bala na cabeça (vítima dos oficiais alemães).
MAX : “… eles disseram… prove que você não é homossexual”... e eu provei… muitos deles, assistindo… rindo… bebendo... Ele é um pouco bichinha, disseram, ele não dá conta... mas eu fiz...Não… sei como consegui. Eu queria… Ficar vivo.. Eu a beijei. Lábios mortos. Provei que eu não era... (Silêncio.) E eles gostaram. E eu disse: eu não sou viado. E eles riram. E eu disse… me dê uma estrela amarela. E eles me disseram claro... façam dele um judeu. Ele não é viado. E eles riram. Eles estavam se divertindo. Mas eu… consegui… minha estrela…”
Apesar de ser uma obra literária a peça Bent (em inglês é algo como dobrado, vencido)  exibe muitas das atrocidades dos alemães nos campos de concentração: Às vezes, um guarda atirava o chapéu de um prisioneiro na cerca. Ele ordena que ele vá pegar o chapéu. Se ele não fosse  pegar, o guarda atiraria nele. Se ele pega o chapéu, ele é eletrocutado (cerca de alta voltagem).

MAX, o protagonista diz, quase no final do  segundo ato: “Bichas não foram feitas para amar. Eles não querem que a gente se ame. Você sabe quem me amava? Aquele garoto. O bailarino. Eu não me lembro mais do nome dele. Mas eu o matei. Está vendo? Viado não pode amar ninguém. Eu vou matar você. Me odeie. Assim é melhor. Me odeie, mas não me ame. [Max termina de organizar as pedras. Ele volta a carregar outras pedras. Silêncio. Horst, que tem profundo envolviemento sentimental com Max, começa a tossir novamente., Max fez sexo oral com o guarda para conseguir remédios para Horst, o guarda pensava que seria para o próprio Max]”

Capitão:  ( a Horst, que ama Max) Você.
Horst: Sim, senhor.
Capitão: Pegue seu chapéu. [O capitão guia o guarda. O guarda aponta o rifle para Horst.]
Horst: Agora, senhor?
 Capitão: Agora.
Horst: Você tem certeza, senhor?
Capitão: Claro.
[Horst fica silencioso por um momento. Sente que Max o observa e dá uma olhadela para Max; seus olhos dizendo “não se mexa”. Volta-se para o capitão.]
HORST: Sim, senhor. [O capitão espera. O guarda está apontando seu rifle para ele. Horst se volta para a cerca. Ele começa a andar bem devagar para pegar seu chapéu. Ele quase alcança a cerca, quando, de repente – ele se volta correndo em direção ao capitão, gritando em fúria. O guarda atira em Horst. Horst se arremessa no capitão e arranha o seu rosto. O guarda atira em Horst novamente. Ele cai morto. Silêncio. O capitão passa a mão no seu próprio rosto.)
 Capitão: Ele me arranhou! (a Max) Você. Judeu. (Max fica calado.) Você!
Max: Sim, senhor. Capitão: Eu espero que o remédio tenha ajudado. [vira-se para ir embora, mas volta] Livre-se desse corpo. [Silêncio.]
Max: Sim, senhor. [O capitão sai. O guarda aponta o rifle para Max e o abaixa, então sai logo atrás do capitão. Max olha para Horst. Silêncio. Max abre sua boca para chorar. Não consegue. Silêncio. Max anda em direção ao corpo de Horst. Ele cuidadosamente tenta erguê-lo, a cabeça de Horst repousando no seu peito. Ele olha adiante. Ele carrega Horst em direção ao fosso, com os pés dele se arrastando pelo chão. O sino toca.) Max: Não! [Ele olha para cima onde está o guarda e de volta para Horst. Ele fica em posição de atenção. Horst começa a cair. Max tenta segurá-lo. Ele permanence parado, olhando para Horst, aguarrando-se a Horst.) Tudo bem. Eu não vou deixar você cair. Vou te segurar. Se eu ficar em estado de atenção, posso te segurar. Eles irão me deixar te segurar. Não vou deixar você cair. [Silêncio.] Eu nunca te abracei antes. [Silêncio.] Você não tem mais que se 72 preocupar com as pedras. Eu farei a sua parte também. Eu carregarei duas vezes mais cada dia. Eu farei a sua parte também. Não se preocupe mais com as pedras. [Silêncio.] Quer saber? [Silêncio.] Horst? [Silêncio.] Quer saber? [Silêncio.] Eu acho… [Silêncio.] Eu acho que eu te amo. [Silêncio.] Shh! Não conte pra ninguém. Eu acho que eu amei… Não consigo mais lembrar o nome dele… Um bailarino. Acho que eu o amei também. Não fique com ciúmes. Acho que amei… um rapaz há muito tempo atrás. Na fábrica do meu pai. Hans. Era esse o nome dele. Mas o bailarino. Eu não me lembro do nome dele.. [Silêncio.] Eu te amo. [Silêncio.] Que mal há nisso? (Silêncio) O que há de errado com isso? [Max começa a chorar. O sino toca. Ele arrasta o corpo de Horst até o fosso. Ele o atira no fosso. Ele se volta e olha para as pedras. Ele respira fundo. Ele anda sobre as pedras e pega uma. Ele se move para o outro lado. Ele respire fundo novamente. E fica parado.]
 Max: Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. [respire fundo.) Seis, sete, oito, nove, dez. [Ele pega uma pedra e se move para o outro lado Ele carrega uma outra pedra. Uma outra pedra. Ele pára. Respira fundo novamente. Move uma outra pedra. Move uma outra pedra. Ele pára. Ele tenta respirar fundo novamente, mas não consegue. Sua mão está tremendo. Ele segura sua mão. Ele pega uma outra pedra e começa a movê-la. Ele pára. Ele deixa a pedra cair. Ele se move em direção ao fosso. Ele pula dentro do fosso e desaparece. Uma longa pausa. Max sai do fosso, segurando a jaqueta com o triângulo rosa de Horst. Ele veste a jaqueta. Max se volta e olha para a cerca. Max anda em direção à cerca. A cerca se ilumina e vai se tornando mais brilhante até que a luz consome o palco e cega a platéia.) (FIM DO ATO II, isto é : fim da peça).

Berlim era considerada uma cidade liberal, com bares e cabarés frequentados pela comunidade homossexual Magnus Hirschfield, medico conceituado, tinha começado aí, um movimento pelos direitos dos homossexuais durante o virar do século. Contudo, estes movimentos foram duramente reprimidos pela ideologia nazi que sustentava que a homossexualidade era imperdoável porque não permitia a reprodução, necessária para perpetuar a raça superior. A masturbação também era considerada perniciosa pelo Reich.
 (Ernst Rohm, como dissemos, era da SA, a primeira milícia do Partido Nazi, um dos homens de confiança de Hitler e o ajudou a ascender ao poder, era homossexual e foi assassinado em 34. O mesmo se passava com outros líderes, como Edmund Heines); 
No holocausto, a perseguição continuou, tendo muitos sido enviados para campos de concentração (cerca de e 15 mil molrreriam lá)
O sofrimento dos homossexuais não terminou depois do fim da guerra, uma vez que as leis anti-homossexuais dos Nazis não foram suprimidas, tal como aconteceu com as leis antissemíticas, por exemplo. Alguns homossexuais foram obrigados a terminar a pena a que estavam condenados pelo Governo Militar Aliado do pós-guerra na Alemanha. Outros, ao regressar à casa e aos seus países de origem tiveram que manter o silêncio sobre o seu sofrimento, por medo de discriminação, pois as chamadas leis sobre a sodomia só acabariam por cair na Europa Ocidental nos 60 e 70.
Lembremos que a homossexualidade masculina na Alemanha, particularmente em Berlim, em 33, as organizações homossexuais foram banidas, livros acadêmicos sobre homossexualidade e, mais genericamente, sobre sexualidade, foram queimados, e também alguns homossexuais do Partido Nazi foram assassinados. Em 28 existiam cerca de 1 milhão e meio de homossexuais na Alemanha. De 33 a 45 cerca de 100 mil homens foram registados pela polícia como homossexuais (as "Listas Rosa"), e 50 mil foram oficialmente condenados. Os homossexuais presos nesses "campos da morte" para além de serem tratados de forma extraordinariamente cruel pelos guardas, eram também perseguidos pelos outros prisioneiros.
Depois da guerra, o sofrimento dos homossexuais nos campos de concentração nazi não foi reconhecido em muitos países, tendo algumas potências aliadas recusado a libertação ou repatriação destes homens. Alguns dos que ficaram presos, escaparam e foram de novo presos, acusações  baseadas em factos ocorridos durante no período nazi. Apenas nos anos 1980 começaram a surgir governos a reconhecer os homossexuais como vítimas do Holocausto, e apenas em 2002, o governo alemão pediu formalmente desculpa à comunidade homossexual.
Em 2005 , o parlamento europeu  adotou uma resolução relacionada com o Holocausto em que a perseguição dos alemães (a partir do início dos anos 30) aos homossexuais não foi referida.
No maldito Minha luta, Hitler atribui sífilis e prostituição aos judeus.
 Homossexuais " eram tidos como algo que ameaçava a capacidade do estado e o "carácter masculino" da nação. Promoveram então experiências médicas que tentavam encontrar alguma deficiência hereditária que muitos membros do partido julgavam ser a causa da homossexualidade. Enquanto muitos líderes alemães defendiam que os homossexuais deviam ser exterminados, outros pretendiam legislação que banisse sexo entre homens ou entre mulheres.
Freud também foi acusado pelos nazis devido às suas ideias controversas sobre sexualidade.
Dentre as torturas favoritas (homofóbicos alemães e homossexuais) estava arrancar-lhes  as unhas. Outros foram violados com réguas de madeira partidas e tiveram os intestinos perfurados, causando graves hemorragias, despir completamente a vítima e enfiar um balde na cabeça dele  e atiçaram os seus cães para o morderem até a morte, também.
Esses tratamentos cruéis explicam a alta taxa de mortalidade dos homossexuais nos campos de concentração, quando comparamos com a de outros "grupos anti-sociais".
As indenizações e pensões sociais atribuídas a outros grupos de prisioneiros foram negadas aos homossexuais, que continuavam a ser considerados criminosos — as leis anti-homossexuais nazis apenas foram banidas completamente em 94.
Os sobreviventes gays do Holocausto podiam ser reencarcerados por "ofensas repetidas", e foram mantidos nas listas de "criminosos sexuais". Sob o Governo Militar Aliado da Alemanha, a seguir ao final da Guerra, alguns homossexuais foram forçados a cumprir as suas penas de prisão até o fim, independentemente do tempo passado em campos de concentração.



Paul Claudel e sua “Ode jubilar pelo sexto centenário de Dante Alighieri”

Paul Claudel é autor de “Ode jubilar pelo sexto centenário de Dante Alighieri”, que data de 1921, mas parece transtemporal:
“O mundo, por si só, dificilmente nos poderia persuadir que é completo e suficiente.
Difícil é para nos acreditar seriamente que não temos direito a mais nada.
Esta parede de figuras imutáveis, com as mesmas enervantes questões, onde colocamos nossas histórias inconsistentes,
Difícil é impedir que desmorone e que se torne bizarra e transparente.
Difícil é vendar os olhos todo o tempo e pensar em outra coisa.
Difícil é, como se não o soubéssemos, ouvir os elogios ao vinho e à rosa que amamos:
As armadilhas que são armadas, peça a peça sob os pés, a doença e o pecado,
É humilhante nelas cair sempre, e sentir-se sempre um imbecil e um fraco,
É humilhante sofrer a imposição da grosseira máquina corporal quando sabemos que fomos feitos para comandá-la
E é idiota a vanglória da carcaça de que somos inquilinos desconfortáveis,
Este Palácio sobre o mar em que nada compensa o tédio espantoso,
Senão o retorno aos nossos Trabalhos Forçados”.
 Rimbaud teve uma influência "paternal" (em termos espirituais) em relação a Claudel, uma geração espiritual e não geração corporal, claro), desde uma manhã de junho de 1886 quando ele comprou o pequeno folheto de La Vogue que continha o começo de “As Iluminações”;. Foi uma revelação para ele. Saía enfim do mundo odioso de Taine, da insípida mecânica inteiramente governada por leis perfeitamente inflexíveis e, para cúmulo do horror, conhecidas e ensinadas. Teve a revelação do sobrenatural. O gênio mostrava-se, em Rimbaud, "sob sua forma mais sublime e mais pura, como uma inspiração realmente vinda não se sabe de onde”.




Entre Lord Jim, de Conrad e Daniel Boone: O (eterno) Regresso de Leonardo à violência. Algum problema, Gaga?

Vi o filme O Regresso, com o Leonardo DiCaprio, a fúria da vingança, a sapiência indígena, o "vou cortar seu saco, que diz uma índia ao seu estuprador branco; DiCaprio, interpretando Hugh Glass (Glass!), explorador das regiões geladas, surge fazendo cenas tórridas de lutas com um urso (seria uma fêmea?), vendo seu filho, adolescente, mestiço de louro com índio norte-americano) ser assassinado por 300 dólares, enquanto ele inválido do ataque do urso/ ursa, só assitia àquilo, perplexo e cheio de fúria em meio a uma paisagem DESLUMBRANTE (a direção de fotografia é muito boa, assim como a direção de arte, os atores (deviam pensar bem no caso de premiar Leonardo, ele, segundo soube, é bem arrogante, apesar de alguns serviços bem prestados); rios gelados, cascatas na neve; cores intensas... rusticidade, desafios do homem que colonizou a América do Norte). O personagem arrastando-se por lugares congelados, rasgando um cavalo para se abrigar do frio, dentro do bicho, o tal retorno o e a caça ao vilão, o sentido da vingança, o massacre dos índios.

O romance deve ser bom; a adaptação para cinema foi feita pelo diretor , o mexicano Alejandro Gonzáles Iñárritu.
Entre Lord Jim (capitão que abandonou a tripulação à deriva e depois vieram o remorso, a cobrança, a lenta recuperação), de Conrad e Daniel Boone (série de TV sobre colonização norte-americana): O (eterno) Regresso  de Leonardo à violência. 

Algum problema, Gaga?


Terror em Áden, Iemin ameaçado

O palácio presidencial do Iêmen, em Áden, foi atacado por um homem bomba do Estado Islâmico , informaram os que monitoram os jihadistas:  "ao menos sete pessoas morreram e 10 ficaram feridas".
O terrorista seria um holandês do EI,  Abu Hunaifa al-Hollandi, que  invadiu o palácio com um carro e estaria seguindo um "comboio de um empresário local, que se dirigia para uma reunião no palácio"; tudo isto nos deixa preocupados. A volta da barbárie monofocal vai levar tos à imbecilidade; deixar as populações cada vez mais alienadas através da opressão, da oferta whatsappiana de torpedos, de glorificação das armas, hollywoodiana, do eu invado uma calçada para meu churrasquinho/ construo minha segunda  barraca, com luz e água de graça, e você saqueia o país, estamos quites.
Para que falar de uma escola melhor.
Há escolas, nestes povos/ ideologia (ideologia aqui no sentido que Marx trata  em Ideologia Alemã), em conflito, que simplesmente fazem lavagem cerebral através da repetição de um livro.
A fé, sim a fé.
O Deus cristão, o da Torá e o do Islã. Seus profetas...
Sim, queremos algo além; explicar o mistério sagrado, que somos abençoados por Ele; e agimos como? Explodindo para matar o maior número de vítimas que for possível? Valha-nos Deus, tudo  é éter e arrependimento.

Rec Beat 2016 : festival chega aos 21 anos (divulgação na NET)

O Festival Rec Beat 2016  irá completar 21 anos e como é tradição, acontecerá no Cais da Alfândega com atrações musicais nacionais e internacionais.
O evento abrange grandes artistas da cena alternativa brasileira, e para este ano, nomes como Liniker, Moh! Kouyaté e Maite Hontelé estarão presentes. Outros artistas deverão ser divulgados em breve, juntamente com o dia de suas apresentações.
O Festival acontece bem no meio da programação do Carnaval do Recife, no Polo Marco Zero, e os ritmos trazidos são alternativos à folia típica de Momo.

Programação de Atrações do Rec Beat 2016

Este ano 03 atrações estão confirmadas: Liniker, um paulistano cujo som está em ascendência no cenário brasileiro; Moh! Kouyaté, cantor e guitarrista guineano que tem um som fluido, com temperos latinos e africanos; e Maite Hontelé, uma trompetista holandesa radicada na Colômbia que faz músicas caracteristicamente latinas e dançantes.
A festa sonora vai acontecer de 06 a 09 de fevereiro e já tem pôster de divulgação. A cada ano os pôsteres trazem um trabalho artístico especial, que normalmente encantam o público. O design para essa edição é uma ilustração feita pela cantora e escritora Karina Buhr e foi inspirada nos “papangus” do carnaval de Bezerros -PE e na cantora Elza Soares.
Uma ação interessante do Rec Beat 2016 é o financiamento coletivo que tenta adquirir recursos junto a fãs e apreciadores parte dos gastos do festival. Isso está sendo realizado por meio da plataforma Kickante (http://www.kickante.com.br/campanhas/rec-beat-2016-vamos-fazer-juntos-o-festival)  e ocorreu por causa de uma redução de verba da Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR), patrocinadora oficial, o que gerou impactos na produção do evento como um todo.
Até o momento, somente pouco mais de R$5 mil foram arrecadados com o público. Quem quiser contribuir pode fazer doações a partir de R$20,00 até o dia 06 de fevereiro e ainda receber vários brindes.
A programação do Rec Beat é gratuita, com classificação indicativa livre e sempre muito movimentada. De acordo com dados da organização, mais de 120 mil pessoas estão todos os anos acompanhando a festa.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

27 de janeiro: DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO

Eu, Moisés Monteiro de Melo Neto, farei parte de uma mesa para discutirmos o massacre das minorias promovido pelos alemães durante a 2ª guerra mundial

27 de janeiro, às 19h

Sinagoga Kahal Zur Israel

Primeira sinagoga das Américas - Recife, Pernambuco


Rua do Bom Jesus, Recife


DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO




Esta semana na Inglaterra, qualquer menção ao Holocausto foi removida do currículo escolar.

Alega-se que lembrar o Holocausto é ofensivo para a população muçulmana que nega a sua existência.


A Segunda Guerra Mundial na Europa terminou cerca de 70 anos atrás.

Este e-mail destina-se a criar uma cadeia de memória .....

À memória de ..

6 milhões de judeus ,,
20 milhões de russos,
10 milhões de cristãos,
1.900 padres católicos

Quem eram?

Estuprados assassinados, queimados mortos de fome, e humilhados ...

        Agora mais do que nunca..
Enquanto o Irã e outros afirmam que o Holocausto nunca aconteceu ....

É essencial nós fazermos tudo para o mundo não esquecer ..

Junte-se a nós e participe da CORRENTE DE MEMÓRIA.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Eisenstein de Peter Greenway: o cineasta de origem judaica e o homossexualismo no México

Assistimos ao Que viva Eisenstgein!
Um filme permeado de tomadas fantásticas, boas interpretações e fotografia magistral.
Um filme além dos padrões convencionais tomou o Recife de assalto em meio ao tiroteio hollywoodiano de final de ano que incluiu o desgostoso Star Wars (agora totalmente da Disney!)e... Charlie Brown.

Cena na qual o cineasta russo visita a casa do seu amante


A exibição deu-se no longínquo Cinema do Museu, tive oportunidade de assisti-lo ao lado da cineasta pernambucana Kátia Mesel, próximo estava o dramaturgo João Denys Araújo Leite.

Depois do filme fomos à venda do seu Antônio, em Casa Forte (aqui, no Recife, claro) e lá estava o cineasta Cláudio Assis, sozinho, novamente.

na Venda do seu Antônio

O tema homossexualismo e a herança judaica permeou nossa animada conversa.

(Moisés Monteiro de Melo Neto)

ANALISE EVA PERÓN DE COPI


por Rômulo Ramos



A peça Eva Perón foi escrita por Raúl Damonte Botana mais conhecido por Copi, escritor contemporâneo argentino representante da literatura de pós-vanguarda. Com uma linguagem de estética humorística e paródica o autor lança em cena as relações entre história e ficção, mito e ironia. A ironia na peça surge da encenação crítica dos discursos estereotipados fundadores do mito.  Já a parodia da figura mítica de Eva Perón ganha projeção a partir da ironia que os discursos geram em torno dela.

Eva Perón é um texto cheio de esperança que permeia dentro da realidade do drama. Suas narrativas transgressivas traz a comicidade dentro da caricatura dos personagens. O exagero que os personagens carregam nas cenas dá projeção e potencialidade à realidade. Seja pelos atritos, pela falta de memória, pela doença, pela constante presença que o desenho se forma entre os quadros durante as cenas. O texto recheado de temas como: desmemoria, sexo, violência, são costurados numa escrita contínua, irônica, barroca, ácida, surreal e fantástica que continuadamente viola padrões da norma moral heterossexual, provocando multiplicidade e o riso crítico. “Confesso que fiquei meio confuso, Copi literalmente distorce a imagem de Eva Perón. Onde mito e historia se confundem. Talvez esteja enganado, mas não deixo de expor aqui minha opinião.”
Ressalto que Copi tem um universo bastante interessante cheio Temas provocador que entrelaça mulheres, sexo, mães, trancexualidade, homossexualidade, travestismo, bissexualidade, doença, horror psicológico, violência doméstica, fetichismo, morte, exagero, comicidade e até mesmo a linguagem POP que o texto carrega.
Quando li pela primeira vez o texto me sentir incomodado pelo fato da personagem ter uma doença grave e seria onde as brincadeiras quebram a situação atmosférica das cenas.  Na peça de Copi não se salva ninguém: nem os peronistas e nem os antiperonistas. Na integra, é a realidade que é questionada: todos os discursos são igualmente esvaziados de fundamentos. A ironia esvazia toda essencialidade deles e chama a atenção para a construção da cena.

Copi aproveitou a oportunidade no texto e trouxe consequências ligando política e imagem. Dentro dessa densa e humorística teatralidade faustosa e grotesca, Copi faz uma paródia teatralizada, mostra uma Eva que é sua própria representação, um travesti. A travestização, a imagem distorcida da mulher aparece traçando o histórico e o político. Unindo tudo isso numa trama de explicações e invenções sarcásticas dando riso ao ridículo e ao irônico.

Enfim, é um texto divertido embora cheio de artimanhas dos personagens. Um texto para brincar com o ridículo, ultrapassando a ironia da vida.





sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Bowie : judeu? Parece que só o irmão dele é que seria judeu

No seu álbum (1976) “Station to Station”, diz David Bowie: “Aqui estamos nós, um movimento mágico do Kether para Malkuth” (“Station to Station”).



 Eis uma  vez na história, que um termo cabalístico (em hebraico) tenha foi usado na música pop internacional. Nesta letra está a referência às emanações divinas do infinito: Kether, ou “a coroa”, vontade divina ou a luz pura, e Malkuth, ou “realeza” – o receptáculo acolhedor da luz. Isto é:  potencial puro das manifestações que acontecem em outras dimensões, representando a própria essência, atemporal e livre.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Nasce a primeira flor cultivada na estação espacial internacional





(Nossa! E eu me lembrei do musical A pequena loja de horrores)

Alguns poemas de Ondjaki, escritor angolano que estou lendo

Prendisajem

o tomate avermelha mundos.
o cheiro da terra perdoa constipações.
folha é parede verde
para sol chegar.
flor é uma outra narina de abelha.
alcunha de qualquer jardim
é biolabirinto.
a exagera em
amizades com a merda.
o pirilampo é a lanterna do poeta.
o porco-espinho exagera em
modos de precaução e
a mandioca tuberculiza o chão.
...
o cheiro da terra rejuvenesce a humanidade.


Arve jánãoélógica

ser folha é
nem sempre estar para sol.
a outra folha
lém de nossa vizinha
pode ser nossa irmã de sombras.
a folha
enquerendo ser lago
acontinenta o galho.
o galho
ensendo fio de cabelo
gentifica a arve.
a arve
de tanto ser ela
lembra um sorriso quieto.
lém de transpirar
bonito é que ela respira.

Penúltima vivência

quero só
o silêncio da vela.
o afogar-me
na temperatura
da cera
quero só
o silêncio de volta:
infinituar-me
em poros que hajam
num chão de ser cera.


Ondjaki, Poeta Angolano, do livro "Há prendisajens com o xão (o segredo húmido da lesma & outras descoisas)".

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Vergonhoso o valor do aumento das tarifas ônibus no Recife!

Sobre o aumento das tarifas (ônibus, Recife); além de um percentual acima da inflação (e do aumento de quase todos os salários), eles apresentaram as planilhas de custo em 3 minutos! E ainda vão ganhar altos subsídios do governo (isto é, através dos nossos impostos)? Depende de nós (aceitar isto ou não). Não podemos culpar os outros por nossas omissões, não é?
É o cúmulo e acúmulo do capital.
1% detém o valor do Capital Máximo mundial (dos outros 99% que sustentam esta cambada!)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

abraço, moisés monteiro de melo neto

Muita poesia na força de redescobrir a vida, que nunca será como antes, mas que do futuro cuidem dele os que lá estiverem (é simples projeção do presente, presente que vc recebe hoje mesmo): então? não é à toa que o presente tem este nome; abra-o, sempre com prazer; é a tarefa da hora, do dia a dia (intensifiquemos as possibilidades de amar)



 abraço, 


moisés monteiro de melo neto

JANEIRO em Onze Mil CONFIGURAÇÕES, POR Jomard Muniz de Britto, jmb




1.  Impossível ficar do lado de fora com todas
    margens e mistérios.
2.  O letramento nos conduz e até precipita entre
    luzes e abismos.
3.  Interrogamos Iluminismos. Intermediamos
    Complexidades.
4.  Sob. Sombras. Sabedorias. Sobras.
    Da possível totalidade aos limites nada-ficantes.
5.  Processo de percepção além dos sen-ti-menta-lismos.?!
    Eterno conforto do Pai–Mãe–Família–Civilizações.
6.  Impossível aletrar-se nos desejos de compreensão
    e desatinos das pátrias deseducadoras
7.  Sejamos Errantesssssssss pelo BOI-NEON.
8.  Socialismos dificílimos.
    Kapitalismos propinadoloressss.
9.  Não invejar consagrados nem louvar alter-na-ti-vos.
10. Tudo pode ser musicalidade.
    Tudo seria extemporâneo.
    Tudo convocaria ao NADA.
11. Impossível escapar dos amantes de
    Freud Pereira.
    Marx Weber Mota.
    Jung Baobá Menezes.
    Gerson do PSOLUAR.
    Sartre Cortez.
    Miró da R. da Alegria.
    Joyce dos sexos e séculos.
    Rosa de WASempre.
    Ofélia sem Hamlet.
    
    Para reinventar estéticasssss.
    Outros Blocos da Saudade infinitamente
    carnavalesca.
    Agenda: dia 28 (quinta-feira) às 19h no auditório
    da Livraria Cultura do Recife:
    SARAU FILOSÓFICO DO BLOCO DO NADA.
    
    Pelo exercício caligráfico nadificante.
 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

22º Janeiro de Grandes Espetáculos

Parabéns a todos da equipe do 22º Janeiro de Grandes Espetáculos. Os espetáculos trazem experiências como Processo de Conscerto do Desejo; Please, continue, Hamlet; A house in Asia; que testam os limites da cena com ousadia e descontração quase inusitada, sem deixar de abordar temas cruciais.


A house in Asia


O ator Matheus Nachtergaele Foto: Fabio Seixo / Agência O Globo
Processo de Conscerto do Desejo (Matheus Nachtergale)


Estes, dentre outros, de alto quilate, foram até ontem, claro, hoje continua!
Paula, Carla e Paulo: ficamos gratos!
Moisés Monteiro de Melo Neto

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Paula de Renor fala sobre o 22º Janeiro de Grandes Espetáculos

Moisés Monteiro de Melo neto 
(que participa do 22º Janeiro de Grandes Espetáculos)
e Paula de Renor


Gostaria de compartilhar com todos que não puderam estar na abertura do 22º Janeiro de Grandes Espetáculos, a minha homenagem aos artistas, técnicos e produtores de Pernambuco:
Homenagem a todos voces que conseguiram suportar dos órgãos públicos as mesmas argumentações de décadas para justificar a falta de recursos para a cultura, camufladas na ineficácia de suas gestões!
A todos que suportaram ouvir mais uma vez a comparação da falta de recursos para a cultura com a falta de recursos para o saneamento básico!
Homenagem a vocês que desperdiçaram suas horas criativas mendigando nos gabinetes seus cachês há anos atrasados!
Homenagem a voces, que se inquietam e se manifestam ao ver nossa cidade ser retalhada e vendida e sem um simples acordo de contrapartida social ou cultural!
Homenagem a voces que continuam sobrevivendo, criando, emocionando e trabalhando com alegria.........


A todos voces eu,

 Paula de Renor, 
dedico meu trabalho neste JANEIRO!