O BARROCO
Note que Aleijadinho, num Barroco
tardio, mistura a tradição clássica – humanista, racionalista, universalista,
quase geométrica em termos de regularidade formal – e a tradição medieval –
teocêntrica, sentimental, individualista.
No século
XVII ocorre uma espécie de conflito entre essas tradições: enquanto
a burguesia mercantilista continuava o seu projeto de laicização (tornar laica, leiga) da cultura medieval, a Igreja católica
procurava reagir contra esse projeto, e o fez através da Contra-reforma (movimento religioso cuja finalidade era reafirmar
as posições do clero, as quais se opunham à Reforma protestante e ao
racionalismo Classicista) e da Inquisição.
A expressão artística desse conflito a cujas causas
históricas nos referimos chama-se Barroco que
expõe contradição, dualidade, dilaceramento existencial do homem do século
XVII.
Nesse
sentido, podemos compreendê-lo como o princípio da ruptura da ordem estática dos
clássicos e podemos visualizar as
principais características desta ruptura comprando esquematicamente ambos os
estilos:
Estilo Clássico
|
Estilo Barroco
|
estaticidade
regular
plano
normativo
racional
claridade absoluta
verossimilhança
exatidão
|
dinamismo
tumultuoso
curvo
libertador
imaginativo
claridade relativa
ilusão
alusão
|
A
Europa pré-industrial, aristocrática e jesuítica (Espanha e Portugal) estava em
confronto com o avanço do racionalismo burguês (Inglaterra, Holanda, França).A angústia,
o desejo de fuga, o subjetivismo, um sonho, uma fuga da realidade
convencional,tentativa de negação da arte como “cópia” . eis o espírito
Barroco.
Luz e
sombra, materialismo e espiritualismo, racionalismo e irracionalismo se
confundiram e se interpenetraram a ponto de provocar uma explosão artística de
proporções gigantescas, inusitada. Cheia do inconformismo e da inquietação do
homem do século XVII. Novas formas, novos significados, ligados à tradição
clássica mas buscando transformação destas mesmas tradições.
No Barroco temos:
A) rebuscamento, (uma espécie de
“jogo de palavras e de sensações” que subverte a linguagem poética clássica) é
o cultismo ou gongorismo (termo inspirado no poeta barroco espanhol Luís de
Gôngora).
B)
conceptismo ou quevedismo (termo inspirado no poeta barroco espanhol Antônio
de Quevedo), isto é, a sofisticação de argumentos, o caráter paradoxal “do jogo
de idéias” permanente nos textos barrocos.
E no Brasil?
Leia o soneto abaixo e depois, os
comentários.
A cada canto um grande
conselheiro,
Que nos quer governar
cabana, e vinha,
Não sabem governar sua
cozinha,
E podem governar o mundo
inteiro.
Em cada porta um
frequentado olheiro,
Que a vida do vizinho, e da
vizinha,
Pesquisa, escuta, espreita,
e esquadrinha,
Para a levar à Praça, e ao
Terreiro.
Muitos mulatos
desavergonhados,
Trazidos pelos pés os
homens nobres,
Posta nas palmas toda a
picardia.
Estupendas usuras nos
mercados,
Todos, os que não furtam,
muito pobres,
E eis aqui a cidade da
Bahia.
(Gregório de Matos – Obras Completas)
Lendo
o poema do nosso principal poeta barroco – podemos observar traços literários e
contextuais desse estilo no Brasil: trata-se de um soneto, o conteúdo não reafirma a harmonia, o equilíbrio da forma.
RESPONDA:
A) Como o poeta descreve a cidade
da
Bahia?________________________________________________________________________________________________________________________________
B) Que recurso o poeta usa para
reforçar o que quer dizer esse recurso é muito usado no
Barroco?_____________________________________________________________________________________________________________
C) Há ou não denúncia e em que
tom?________________________________________________________________________________________________
História: A cana-de-açúcar era a base
econômica do Nordeste (especificamente Bahia e Pernambuco), a colônia que ainda
não possui condições materiais que lhe permitam uma “vida literária”.
Gregório
de Matos (séc. XVII, o poeta
“maldito”: — o Boca do Inferno; Há apenas “ecos” do Barroco no
Brasil, até a segunda metade do século XVIII, quando este ciclo é incorporado,
em outras artes que não a literatura. Exemplo disso são as esculturas de Aleijadinho
(MG- Na segunda metade do
século XVIII. Lembremos das pinturas de Manuel da Costa Ataíde e das composições musicais de Lobo de
Mesquita)
O baiano Gregório de Matos,
escritor fundamental. Um dos fundadores da literatura brasileira, foi o primeiro
grande poeta que tivemos: cantava os seus versos nas tavernas, nos bares, “desacatando”
os donos do poder e “desbocando” na paixão pelas mulatas, numa linguagem
mais coloquial, mais “mestiça”, das ruas; nada publicou em vida, mas
conjugou o barroco ibérico com os “barroquismos” da sociedade baiana, deixou
uma obra múltipla e extremamente rica. Notamos aí a brasilidade.
Elementos marcantes dos diversos tipos de poesia de Gregório
de Matos(características):
•
Poesia satírica
Epílogos
Que falta nesta
cidade?... Verdade
Que mais por sua
desonra? ... Honra
Falta mais que se lhe
ponha?... Vergonha
O demo a viver se exponha,
por mais que a fama exalta,
numa cidade, onde falta,
Verdade, Honra, Vergonha.
Quem a pôs neste
sacrócio?... Negócio
Quem causa tal
perdição?... Ambição
E o maior desta
loucura?... Usura.
Quais são os seus doces
objetos?... Pretos
Tem outros bens mais
maciços?... Mestiços
Quais destes lhes são
mais gratos?... Mulatos
Dou ao demo os
insensatos,
dou ao demo a gente
asnal,
que estima por cabedal
Pretos, Mestiços,
Mulatos.
Quem faz os círios
mesquinhos?... Meirinhos
Quem faz as farinhas
tardas?... Guardas
Quem as tem nos
aposentos?... Sargentos
Os círios lá vem aos
centos,
e a terra fica
esfaimando,
porque os vão
atravessando
Meirinhos, Guardas,
Sargentos.
E que justiça a
resguarda?... Bastarda
É grátis,
distribuída?... Vendida
Que tem, que a todos
assusta?... Injusta
Valha-nos Deus, o que
custa,
o que El-Rei nos dá de
graça,
que anda a justiça na
praça
Bastarda, Vendida,
injusta.
Que vai pela
clerezia?... Simonia
E pelos membros da
Igreja?... Inveja
Cuidei, que mais se lhe
punha?... Unha
Sazonada caramunha!
enfim que na Santa Fé
o que se pratica, é
Simonia, Inveja, Unha.
E nos Frades há
manqueiras?... Freiras
Em que ocupam os
serões?... Sermões
Não se ocupam em
disputas?... Putas.
Com palavras dissolutas
me concluis na verdade,
que as lidas todas de um
Frade
são Freiras, Sermões e
Putas.
(Gregório de Matos –
Obras Completas)
• Poesia lírica
Soneto
Anjo no nome, Angélica
na cara,
Isso é ser flor, e Anjo
juntamente,
Ser Angélica flor, e
Anjo florente,
Em quem, se não em vós
se uni formara?
Quem veria uma flor, que
a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão
luzente,
Que por seu Deus, o não
idolatrara?
Se como Anjo sois dos
meus altares,
Fôreis o meu custódio, e
minha guarda,
Livrara eu de diabólicos
azares,
Mas vejo, que tão bela,
e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca
dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta,
e não me guarda.
(Gregório de Matos)
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Triste Bahia! ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A
ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
==============
A nossa Sé da
Bahia,
com ser um mapa de festas,
é um presépio de bestas,
se não for estrebaria:
varias bestas cada dia
vemos, que o sino congrega,
Caveira mula galega,
o Deão burrinha parda,
Pereira besta de albarda,
tudo para a Sé se agrega.
com ser um mapa de festas,
é um presépio de bestas,
se não for estrebaria:
varias bestas cada dia
vemos, que o sino congrega,
Caveira mula galega,
o Deão burrinha parda,
Pereira besta de albarda,
tudo para a Sé se agrega.
Décima
Se
pica-flor me chamais, /Pica-flor aceito ser, /Mas resta agora saber, /se no
nome, que me dais, /meteis a flor, que guardais /no passarinho melhor! /se me
dais este favor, /sendo só de mim o pica, /e o mais vosso, claro fica, que fico
então pica-flor.
Marque
a alternativa falsa:
(
) o poeta usa trocadilhos criados a partir do vocábulo pica-flor(beija-flor).
( ) Há um conteúdo erótico neste poema do
século XVII.
( ) há emprego de redondilhas na composição
deste poema.
( ) a
linguagem busca a simplicidade típica dos padrões barrocos.
Poesia religiosa e poesia filosófica
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei,
Senhor; mas não por que hei pecado
Da
vossa alta clemência me despido*,
Por
que quanto mais tenho delinquido,
Vos
tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a voz irar
tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um
só gemido:
Que a mesma culpa, que
vos há ofendido,
Vos tem para o perdão
lisonjeado,
Se uma ovelha perdida e
já cobrada
Glória tal e prazer tão
repentino
Vos deu, como afirmais
na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha
desgarrada,
Cobrai-a e não queirais,
pastor divino,
Perder na vossa ovelha a
vossa glória.
(Gregório de Matos – Obras Completas)
* despido = despeço
Soneto
Nasce o sol, e não dura
mais que um dia,
Depois da luz se segue a
noite escura,
Em tristes sombras morre
a formosura.
Em contínuas tristezas a
alegria.
Porém, se acaba o Sol,
por que nascia?
Se formosa a Luz é, por
que não dura?
Como a beleza assim se
transfigura?
Como o gosto da pena
assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz,
falte a firmeza,
Na formosura não se dê
constância,
E na alegria sinta-se
tristeza.
Começa o mundo enfim,
pela ignorância,
E tem qualquer dos bens
por natureza,
A
firmeza somente na inconstância.
(Gregório de Matos)
A única certeza é, então, a
incerteza; a única constância, a inconstância; a única firmeza, a não-firmeza,
o que mostra o caráter movediço de um momento histórico e cultural em que
vontade e medo, sensualidade e razão, corpo e espírito, vida e morte se roçam
tão intimamente que só podem gerar uma literatura paradoxal, torturada e ao
mesmo tempo extremamente rica, extremamente fecunda em seu poder de expressão
dos mais antigos dilemas humanos.
A
diversidade de estilos está no poeta baiano Gregório de Matos, nosso Boca
do Inferno, poeta-fundador da literatura brasileira —, tanto quanto
a multiplicidade “das vidas” que teve —como trovador errante e como intelectual,
como branco preconceituoso com os mestiços e como voz inconformista perante as desigualdades
sociais. Trata-se de uma experiência do estilo e espírito barroco em nossa literatura.
A oratória barroca
A oratória barroca
Antônio Vieira
Vamos ler inicialmente um trecho do Sermão da
Sexagésima, no qual o Padre Vieira se refere à organização de seus sermões:
Há
de tomar o pregador uma só matéria, há de defini-la para que se conheça, há de
dividi-la para que se distinga, há de prová-la com a Escritura, há de
declará-la com a razão, há de confirmá-la com o exemplo, há de amplificá-la com
as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências que se
há de seguir, com os inconvenientes que se devam evitar, há de responder às
dúvidas e há de satisfazer as dificuldades, há de impugnar e refutar com toda a
força da eloqüência os argumentos contrários, e depois disso, há de colher, há
de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar...
(Padre Antônio Vieira – Sermões).
Responda:
Qual o objetivo do Sermão?
____________________________________________________________________________________________________________________________
A combinação entre o texto bíblico e a razão que o ilumina constitui
o eixo da compreensão dos sermões de Vieira, cuja formação religiosa
medieval alia-se à consciência da realidade social e econômica européia,
em termos gerais, e, em particular, das relações entre a metrópole (Portugal)
e a colônia (Brasil).
O modo como escreveu transformou este padre no mais importante
orador sacro do século XVII .
Eloquência, agudeza mental, capacidade para prender a
atenção dos ouvintes/ leitores, o requinte e ao mesmo tempo o didatismo
com que pregava, a clareza das idéias que expunha, tudo isso está ligado ao
exemplo de Vieira como homem, como político, como religioso(três
faces). A Inquisição o condenou como adepto do Sebastianismo. Conseguiu
a anistia e, além disso, conseguiu levar a Santa Fé a tomar partido contra a Inquisição.
É um homem de ação: lúcido e perspicaz quanto à importância dos cristãos-
novos (judeus convertidos para o cristianismo) na política fundada no
poder econômico da burguesia mercantil que recomendava para Portugal. A sua expulsão
do Brasil pode ilustrar outro lado importante deste pregador: pregou contra
a escravização dos índios (Sermão de Santo Antônio dos Peixes), mostrando-se agora favorável às
diretrizes da Companhia de Jesus.
A estrutura dos sermões de
Vieira obedece às regras clássicas de composição
Leia textos de Vieira, e tente reconhecer
neles traços da mais fecunda e brilhante oratória barroca do século XVII.
Vamos, também, descobrir por quais motivos podemos chamar de “literária” esta
prosa:
Carta (fragmento)
Senhor, os reis são vassalos de Deus e, se os reis não castigam
os seus vassalos, castiga Deus os seus. A causa principal de se não perpetuarem
as coroas nas mesmas nações e famílias é a injustiça, ou são as injustiças,
como diz a Escritura Sagrada; e entre todas as injustiças nenhumas clamam tanto
ao céu como as que tiram a liberdade aos que nasceram livres, e as que não
pagam o suor aos que trabalham; e estes são e foram sempre os dois pecados
deste Estado, que ainda tem tantos defensores. A perda do Senhor rei D.
Sebastião em África, e o cativeiro de sessenta anos que se seguiu a todo o
reino, notaram os autores daquele tempo que foi castigado dos cativeiros, que
na costa da mesma África começaram a
fazer os nossos primeiros conquistadores, com tão pouca justiça como a que se
lê nas mesmas histórias.
As injustiças e
tiranias, que se têm executado nos naturais destas terras, excedem
muito às que se fizeram na África. Em espaço de quarenta anos se mataram e se
destruíram por esta costa e sertões mais de dois milhões de índios, e
mais de quinhentas povoações como grandes cidades, e disto nunca se viu
castigo. Proximamente, no ano de 1655, se cativaram no rio das Amazonas dois
mil índios, entre os quais muitos eram amigos e aliados dos portugueses, e
vassalos de Vossa Majestade, tudo contra a disposição
da lei que veio naquele ano a este Estado, e tudo mandado obrar pelos mesmos que
tinham maior obrigação de fazer observar a mesma lei; e também não houve
castigo: e não só se requer diante de Vossa Majestade a impunidade destes
delitos, senão licença para os continuar!
(...) e a experiência o tem mostrado neste mesmo Estado
do Maranhão, em que muitos governadores adquiriram grandes riquezas e
nenhum deles as logrou nem elas se lograram; nem há cousa adquirida nesta terra
que permaneça, como os mesmos moradores dela confessam, nem ainda que vá por
diante, nem negócio que aproveite, nem navio que aqui se faça que tenha bom
fim; porque tudo vai misturado com sangue dos pobres, que está sempre clamando
ao céu.
(Padre
Antônio Vieira)
EXERCÍCIOS
A) os sermões de Vieira e os versos de Gregório de Matos.
B) as cartas de Gregório de Matos e os versos de Vieira.
C) Os textos do Quinhentismo e a sátira de Gregório de Matos.
D) os sermões de Vieira e as liras de José de Anchieta.
E) e) a carta de Pero Vaz de Caminha
e os versos de Gregório de Matos.
“Nasce o sol e não dura mais que
um dia
Depois da luz, se segue a noite
escura,
Em tristes sombras morre a
formosura,
Em contínuas tristezas, a alegria.”
02. Que figura literária está em destaque no texto?
A) aliteração
B) elipse
C) hipérbato
D) antítese
E) onomatopéia
Texto A
“Ofendi-vos, meu Deus, bem é
verdade,
É verdade, Senhor que hei delinquido,
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.”
Texto B
“A cada canto um grande
conselheiro,
Que nos quer governar cabana e
vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.”
03. Os dois textos acima pertencem ao mesmo poeta e identificam:
A) Texto A — poesia que reconhece a condição pecadora do homem;
texto B — versos satíricos. São versos de Gregório de Matos, autor da estética barroca;
B) Texto A — poesia do arrependimento; texto B — poesia
satírica. São versos de José de Anchieta, na época do Quinhentismo.
C) Texto A — gênero lírico-sacro; texto B — gênero satírico.
São versos de Tomás Antônio Gonzaga, escritor barroco do século XVII;
D) Texto A — gênero lírico-religioso; texto B — gênero satírico.
São versos de Sta. Rita Durão, poeta lírico do Neoclassicismo;
E) Texto A — poesia
de caráter religioso; texto B — poesia de caráter social. São versos de
Gregório de Matos Guerra, autor da 2ª metade do século XVI.
04.
Que características do Barroco se deixam entrever no texto abaixo:
A vós correndo vou, Braços sagrados,
Nessa Cruz sacrossanta
descobertos;
Que para receber-me estais abertos,
E por não castigar- me estais cravados.
(Gregório de Matos)
_____________________________________________________________________________________________________________________
05.
Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que
semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China,
ao Japão; os que semeiam sem sair, são os que se contentam com pregar na Pátria. (...) Ah Dia
do Juízo! Ah pregadores! Os de cá,
achar-vos-eis com mais Paço; os
de lá, com mais passos...
Ao proferir este sermão, o Autor
estava no Brasil ou em Portugal? (Justifique sua resposta, com base no
texto)_________________________________________________________________________
A) Barroco (distorceu modelos clássico)
B) Arcadismo(também chamado de Neobarroco)
C) Barroco- não apresentou inovações
D) Barroco, 1ª metade do século XVI
E) Barroco que viria a influenciar o Modernismo
“Em
um engenho sois imitadores de Cristo crucificado: Porque padeceis em um modo
muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na cruz, e em sua paixão. A sua
cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em
um
engenho é de três (...) Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós
maltratados em tudo (...) Eles mandam, e vós servis (...) Assim como
vós, mas não para vós, fabricais o mel, abelhas.”
Pe.
Antônio Vieira (Sermão XIV do Rosário,
dirigido aos escravos de um engenho).
07.
(UPE) Sobre o Padre Antônio Vieira e seus sermões:
I. Suas
idéias políticas foram postas em prática por meio da defesa do índio e da
colônia, em favor de Portugal, por ocasião da Invasão Holandesa.
II.
Sua linguagem era sempre contida e com influência dos modelos greco-latinos.
Não apelou para a retórica.
III.
Usou algumas vezes frases grandiloquentes com antíteses e paradoxos. Sua
linguagem era persuasiva, sua sintaxe erudita.
III.
Bucolismo e simplicidade ao abordar os aspectos da vida pastoril apesar de
fazer uso de citações bíblicas e clássicas e de jogos de palavras.
IV.
Fez uso de paralelos para expressar o sofrimento dos escravos.
Pode-se
afirmar que está(ão) correto(s):
A)
só I, III e V
B)
só II, III e IV
C)
só I, II e III
D)
só III, IV e V
E)
I, II, III, IV e V
08. Sobre as circunstâncias históricas que envolveram o
Barroco no Brasil,
sobretudo na literatura:
I
|
II
|
|
0
|
0
|
Formação
da família patriarcal na economia açucareira.
|
1
|
1
|
Implantação
do espírito católico contra-reformista, através da presença jesuítica.
|
2
|
2
|
Declínio
da expansão marítima peninsular.
|
3
|
3
|
Expulsão
dos jesuítas dos territórios portugueses por força de decreto do Marquês de
Pombal.
|
4
|
4
|
Ciclo
da mineração, cristalização de cidades na região mineradora.
|
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