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sábado, 3 de agosto de 2013

A rede e Clarice

Clarice Lispector sentenciou nos seus últimos dias: "Quase não sei o que sinto, se na verdade sinto. O que não existe passa a existir se receber um nome. Eu escrevo para fazer existir e para existir-me".
Assim é que me sinto neste momento de tamanha transição no que sinto neste planeta. As coisas estão tomando um rumo inesperado e o que vemos é que o poder da mídia está deturpando o caráter humano como o conhecíamos até agora.
Claro que que todo este processo que une Oriente e Ocidente era previsível, porém o que mais choca é o fato de que as pessoas agora se distinguem uma das outras por uma rede eletrônica que não é tecida exatamente por ninguém, mas que funciona de modo a colocar máscaras em todos.
É bom ter tanta informação....
Falar aqui em redes sociais ou de terrorismo parece significar a mesma coisa, porque o que parece devastador ou construtivo vira uma coisa muito amarga quando se trata de poder verbal ou bélico. Um motim silencioso parece estourar em cantoras de brega quando elas ganham status de divas e acenam com possibilidades que antes só eram concedidas a pessoas que levavam adiante um ideal de amor mais tranquilo e igualdade social.
Os livros impressos vão cedendo lugar a um frenesi diferente que é o estar no mesmo espaço de milhões de outros textos: a telinha móvel de celulares, tablets etc.
Nada mal, tudo demais.
A concisão vai se transformando em palavra chave na invenção da existência e eu fico a imaginar a Lispector nos dias de hoje: confronto ou absorção...


Que mistérios tem Clarice?


Sem impossíveis saudosismos! Nem utópicas máquinas do tempo ou de teletransporte (ainda!)
Que importa agora, francamente, e os continentes são apenas conteúdos? Grande Clarice, o que você escreve continua e eu misturo neste coquetel em forma de blog...
Não esquecer que é tempo de morangos...

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