Jomard Muniz de Britto, JMB
Nossa tragédia cotidiana não tem hora.
Meio dia de sol ao luar dos sertões.
Miragens citadinas com todas as
T E M E R I D A D E S. JUNHO-JULHO.
Cinco letras entre U e O.
U de ultrapassagens. Ultimatum.
O de ontem com filmes de terror.
AcrObacias no concreto armado
pelos espigões e outras torres gêmeas
de tão cúmplices e degeneradas.
Conjugando presença dos deuses e
demônios do Kapital sem Kafka.
Todos percebemos que o mundo continua
pleno e carente de metáforas.
Repetindo como outrora: metamorFOME.
De amor, aventuras, mutações.
Passeatas. Procissões. Ocupações.
Junho e Julho embelezando
barbudos híbridos e gatas afrodisíacas.
Miragens talvez mirabolantes.
PSOLUAR. Que partido é este?!
Boi Neon para todos.
Sejamos leitores entre abismos.
Peregrinos. Passionais. Polivalentes.
Nem prosa poética nem poesia didática.
Sejamos coautores de exercícios falados,
rabiscados, caligráficos, bricolados
que ainda continuamos a chamar
a t e n t a d o s poéticos.
Anti-heróis e trans-românticos.
Sem TEMER nem temor dos que
consideram BOBAGEM os projéteis
de contemporaneidade por CUQUINHA.
Sejamos indomáveis entre Junho
e Julho das poliafetividades.
Pela errância dos desejos.
Atentos atentados da amorosidade.
Recife, 2016
atentadospoeticos@yahoo.com.br
Digitação translúcida: Pedro Celso Lins
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