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domingo, 26 de junho de 2016

Crônicas dominicais

por moisesmonteirodemeloneto

Não sou de prospectar abismos, nem açular cães contra certas armas ideológicas, mas hoje, em plena era dos serviços de  streaming, as relações humanas estão dando um nó, mistura-se o baixo e o sublime com muito mais facilidade do que foi feito em qualquer época, devassa-se a consciência humana, e tudo parece tão higienizado na cibernética vida que levamos que nem sei. E a quantidade de informações leva um pouco a angústia; quem lê tanta notícia?

Soube agora que Bob Dylan está expondo, no País de gales, uma série de quadro inspirados nas suas viagens pelo Brasil! É cada uma!


O Brasil, na visão de Bob Dylan: The Brazil Series



Dylan retrata os mercados populares, pessoas simples o "cotidiano e as favelas".
As cores vibrantes assinalam a vida das paisagens, essa aí se chama Vineyard



Mas vamos a nossa crônica dominical. Começando pelos 40 anos do punk, lembro aqui do pessoa meio butique como o grupo Siouxsie and the Banshees e seu rock sombrio, antitudo, gótico teatral que curti aos montes; também os filhos meio afastados, como o The Police, com um som vigoroso cheio de misturas inusitadas.
Também este ano temos o quarto centenário da morte de Shakespeare, ressalto aqui duas lendas sobre o bardo inglês: uma a de que a rainha Elizabeth teria pedido a ele que colocasse o personagem Falstaff (adoro o filme com Orson Wells) numa comédia e ele teria escrito assim As alegres comadres de Windsor (quando estive nessa cidade lembrei dele); também, quando Elizabeth morreu, e para agradar o rei James I (filho da inimiga dela , Mary Stuart) ele teria escrito Macbeth. em 1611 William escreveu sua última peça (só) A Tempestade. É curioso pensar que o russo Tolstoi odiava Shakespeare (inveja?). Outra coisa pouco comentada é que a peça Rei Lear tem duas verões: uma de 1608 e outra foi encontrada em 1623. Shakespeare tinha o domínio do solilóquio como pouquíssimos dramaturgos têm.; ele descobriu novos caminhos para a alma dos personagens, embora os gregos tenham aberto tantas trilhas.
Esse ano também lembramos os 4 séculos da morte de Cervantes. Já apontaram o nosso policarpo Quaresma como um Quixote; também o Quaderna de Ariano Suassuna ou mesmo o Carlitos de Chaplin devem algo ao mestre espanhol.

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