por moisesneto
Ave, Cesar é um dos mais cínicos filmes que já assisti. Os irmãos
Coen fazem o que os irmãos Marx (!) exercitaram
e vão adiante com técnicas narrativas que mexem com os neurônios de uma plateia
intelectualizada que consumiu Hollywood com mais refinamento. A indústria que
domina o mundo cultural da sétima arte estava no cine burguês recifense da Avenida
Rosa e Silva (já esse nome me lembra o feudo pernambucano, tão afeito à
escravidão; lembro que Delmiro Gouveia bateu na cara de Rosa e Silva!). Ri
muito da sátira aos musicais homoeróticos à Gene Kelly, dos filmes sagrados
(desta vez um empregado do estúdio chega aos pés de um possível Jesus; numa
espécie de gravação de O Manto Sagrado
e pergunta ao ator , na cruz: “VOCÊ É FIGURANTE OU ESTÁ NO ELENCO PRINCIPAL?” E
o ator diz: “ACHO QUE PRINCIPAL...”).
O escracho passa por Esther Williams( na pele deliciosa da minha doce Scarlet Johanson), Carmen Miranda (pergunta o cowboy ,péssimo ator, mas bonitinho e disposto a servir aos superiores, sempre: é difícil dançar com bananas na cabeça? E lea topando quqlquer uma, também, responde sendo laçada pelo fio de macarrão dele : É nada!), O negócio chega perto de Elvis Presley e finalmente espinafra os comunistas e católicos/ religiosos de modo implacável.
George Clooney exibe as coxas bem torneadas e bronzeadas (numa paródia de si mesmo?) e é bom vê-lo apanhando na cara (um poderoso representante do sistema hollywoodiano o faz mergulhar num meã culpa assim!) como um bebê chorão. Tilda Swinton faz o papel das famosas críticas (fofoca? Terceiro poder?) jornalísticas (tipo Louella Parsons, uma das primeiras colunistas de Hollywood).
O escracho passa por Esther Williams( na pele deliciosa da minha doce Scarlet Johanson), Carmen Miranda (pergunta o cowboy ,péssimo ator, mas bonitinho e disposto a servir aos superiores, sempre: é difícil dançar com bananas na cabeça? E lea topando quqlquer uma, também, responde sendo laçada pelo fio de macarrão dele : É nada!), O negócio chega perto de Elvis Presley e finalmente espinafra os comunistas e católicos/ religiosos de modo implacável.
George Clooney exibe as coxas bem torneadas e bronzeadas (numa paródia de si mesmo?) e é bom vê-lo apanhando na cara (um poderoso representante do sistema hollywoodiano o faz mergulhar num meã culpa assim!) como um bebê chorão. Tilda Swinton faz o papel das famosas críticas (fofoca? Terceiro poder?) jornalísticas (tipo Louella Parsons, uma das primeiras colunistas de Hollywood).
Gays e comunistas, dentre outros, são caricaturados no showbusinees triturador da iconoclastia dos Coen
O cartaz do filme já é referencial a Doze homens e um segredo. Fico aqui coçando o meu cérebro
pernambucano a me perguntar até que ponto os argumentos deste filme são
eficazes. Religião, sexo e política. Ativismo e alienação: tudo descendo pelo
mesmo ralo. Vão premiar este troço? Os dependentes de Batman versus Superman, Os Dez Mandamentos, Todos os homens do
Presidente: até que ponto entenderão que a caça às bruxas de ontem e hoje
(no Brasil e no mundo) pode ser encenado como um jogo de entretenimento?
Numa piada miserável o nome do cachorrro do ator comunista é Engels. Ah, esse humor judaico é delicioso, não é? Meu riso e meu siso para tudo isso. É só um filme... não é? Voltarei ao tema quando o sol nascer de novo e o amor for eterno novamente. Beijo pra vocês, cinéfilos de plantão e neófitos metidos a besta.
Política e arte: épicos, faroestes, musicais antigos são revisitados em crítica dos Coen, que não é neutra
Numa piada miserável o nome do cachorrro do ator comunista é Engels. Ah, esse humor judaico é delicioso, não é? Meu riso e meu siso para tudo isso. É só um filme... não é? Voltarei ao tema quando o sol nascer de novo e o amor for eterno novamente. Beijo pra vocês, cinéfilos de plantão e neófitos metidos a besta.
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