por moisesmonteirodemeloneto
"E bem, qualquer que seja a solução, uma cousa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja leve! Vamos à 'História dos Subúrbios' ”, assim Machado de Assis conclui o seu romance Dom Casmurro.
Juventude no bairro Joana Bezerra, Recife: ATITUDE
maracatu estrela brilhante
O subúrbio é o seu reino, recriado ao modo de Rabelais
Gargântua recifense barbariza e nada mais choca, como sentenciava há décadas JMB, ou, quando a vida parece uma comédia, é preciso saber rir dela, como aplica Almodovar
Olhando aquelas agremiações, ontem, elas são também parte importante do gênio da raça daqui. O cabra tranquilo no personagem até quando está cometendo a pior das infrações, dos "pecados". Reina no coletivo suburbano recifense uma lei, uma espécie de código claramente reconhecido pelos que são daqui e andam pelas ruas do centro, pegam ônibus e metrô, a mulher mãe, negociante ou o jovem camelô, de vez em quando uns poucos engravatados pela Boa Vista, bairro icônico por vários motivos (teatro, boemia...). Cinderela que tem que sair antes que o dia amanheça na quarta-feira de cinzas, o grande Recife rompe as classes sociais e isto espoca em festas da cidade irmão: Olinda.
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