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sábado, 18 de julho de 2015

Qual o Drama de hoje?

“O Drama, para mim, é o choque de a cada momento ainda estarmos vivos, acordar e ir até a brecha contemplar o infinito. Sempre me interessou muito o espaço entre o Ator e o Personagem na apresentação do espetáculo;  distanciamento, quarta parede, luz e sombra na encenação. A esse espaço de interlocução chamo lemniscata, lugar geométrico dos pontos de um plano cujas distâncias a dois pontos fixos desse plano são constantes.



É espaço pharmakon, espaço-amálgama, veneno e antídoto, de manipulação. Está também com o artista desde os tempos de Arion, o primeiro dramaturgo, e de Tespis, o primeiro ator, na Grécia Antiga, essa espécie de espaço divino, som que também é silêncio cósmico, som que é orquestra, música e maestro, compositor, espectador, espaço estelar mesmo no épico didático, mesmo quando a vida é sonho;  tanto é ação quanto exige sono; quando essa ação é necessária no ser-estar, ser hora da estrela”, diz Moisés Monteiro de Melo Neto.

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