Três Tristes Gregas
Texto de Moisés Monteiro de Melo Neto
Leitura dramatizada para o Janeiro de Grandes Espetáculos com direção Cira Ramos
Elenco: Isa Fernandes, Sônia Bierbard e Suzana Costa
Produção Executiva de Mísia Coutinho (METRATON)
Make up: Fê Uchoa; Design de luz: Eron Vilar;Sonoplastia: Fernando Lobo; Orientação corporal: Márcia Rocha; Criação de figurinos e adereços: Xuruca Pacheco; Programação visual: Ronaldo Tibúrcio; Participação especial voz na abertura: Magdale Alves
JORNALISMO: JOMERI PONTES
JORNALISMO: JOMERI PONTES
TRÊS TRISTES GREGAS
A proposta é fazer uma releitura da tragédia grega através de três das suas personagens femininas centrais: Fedra, Antígona e Elektra, misturá-las com alcoviteiras, farrapos humanos e vícios, na intenção de atingir o limite entre o justo e o injusto diante dos deuses de Sócrates e das fábulas morais acerca deles, jogando com a ideia de que viver é morrer e querer é viver. A peça não deixa de ser filiada ao drama satírico, tragédia curta próxima ao ditirambo, misturando o grotesco, a seriedade e flertando com o humor.
Ingresso para TRÊS TRISTES GREGAS
foto: Paulinho Mafe
foto: Paulinho Mafe
foto: Paulinho Mafe
SAIBA MAIS SOBRE ESSES TRÊS MITOS:
A filha de Agamemnon, Electra, havia se casado com um velho fazendeiro temendo que se continuasse na corte e se casasse com um nobre, seus filhos ficariam mais tentados a vingar a morte de Agamemnon. Seu marido, no entanto, se apiedou dela, recusando-se a aproveitar tanto de seu nome de família quanto de sua virgindade ; em troca, Electra passou a ajudá-lo nas tarefas domésticas. Apesar de seu apreço por seu marido camponês, Electra carrega consigo a mágoa por ter sido obrigada a sair de casa, e pela lealdade de sua mãe com Egisto. O jovem filho de Agamemnon e Clitemnestra,Orestes, foi levado para fora do país e encarregado aos cuidados do rei da Fócida , onde se tornou amigo íntimo de Pílades, filho do rei local.Já adulto, Orestes e seu companheiro Pilades viajam a Argos , em busca de vingança, disfarçados de mensageiros de Orestes; inadvertidamente, vão parar na casa de Electra e seu marido - que acaba por reconhecê-lo, por uma cicatriz , como a criança que ele havia levado à Fócida anos antes. Os irmãos então, agora reunidos, compartilham seus planos de vingança e passam a conspirar juntos para derrubar Clitemnestra e Egisto.
Fedra (do grego φαιδρός (phaidros), "brilhante") é a filha deMinos (rei de Creta) e Pasífae (filha de Hélio, um oráculo bastante conhecida , irmã de Ariadne, Deucalião e Catreu). Deucalião, rei de Creta, como sucessor do irmão mais velho, decide que ela se casará com Teseu (rei de Atenas), que, segundo algumas versões, já era casado com uma amazona, Hipólita), a quem aparentemente tinha raptado. No dia da boda entre Teseu e Fedra, irrompeu uma guerra com as Amazionas, e estas foram derrotadas.Antíopa e Teseu teriam tido um filho, Hipólito.O jovem era muito formoso gostava muito de seu pai.Antes de tudo acontecer os deuses revelaram uma profecia a Fedra , que estava na solidão com seu marido viajando mundo afora, apaixonou-se perdidamente por Hipólito. Ao chegar em casa, Hipólito, que procurava seu pai não o encontrou e Fedra aproveitou a chance e convidou-o a ir caçar. Ao chegar na floresta eles se separaram do grupo e Fedra se jogou aos braços de Hipólito, sendo que ele se afastou não deixando-a chegar perto e foi embora. Fedra, enquanto Hipólito ia embora, tecia uma corda e amarrou-a em uma árvore e outra ponta em seu pescoço, assim se jogou da árvores se matando.Quando Teseu chegou ao palácio, e soube da morte de sua amada, abriu um baú dela, e dentro dele havia uma carta falando que ela se matou após sofrer agressões de Hipólito. Teseu, com muita raiva, condenou Hipólito á morte.
Antígona: quando os dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinices, que se mataram mutuamente na luta pelo trono de Tebas. Com isso sobe ao poder Creonte , parente próximo da linhagem de Jocasta. Seu primeiro édito dizia respeito ao sepultamento dos irmãos Labdácidas. Ficou estipulado que o corpo de Etéocles receberia todo cerimonial devido aos mortos e aos deuses. Já Polinices teria seu corpo largado a esmo, sem o direito de ser sepultado e deixado para que as aves de rapina e os cães o dilacerassem. Creonte entendia que isso serviria de exemplo para todos os que pretendessem intentar contra o governo de Tebas.Ao saber do édito, Antígona deixa claro que não deixará o corpo do irmão sem os ritos sagrados, mesmo que tenha que pagar com a própria vida por tal ação. Mostra-se insubmissa às leis humanas por estarem indo de encontro às leis divinas Creonte é informado por um guarda de que o corpo de Polinice havia recebido uma camada de pó e com isso seu édito havia sido desrespeitado, colocando sua autoridade à prova. Ele se enfurece ainda mais quando o coro interroga-se, questionando se não teria sido obra dos próprios deuses. Um guarda descobre que o rebelde tratava-se de Antígona e a leva até Creonte. Trava-se então um duelo de ideias e ideais: de uma lado a fé, tendo como sua defesa o cumprimento às leis dos deuses, as quais são mais antigas e, segundo ela, superiores às terrenas, e de outro lado o inquisidor, que tenta mostrar que ela agiu errado, explica seus motivos e razões, mas cada um continua impávido em suas crenças. Creonte manda também chamar Ismênia, que mesmo sem ter concordado com o ato da irmã, ainda no prólogo, confessa o crime que não cometeu. Ainda assim não recebe a admiração da irmã, a única e real transgressora. Ambas são condenadas à morte. Eis maldições se acumularam sobre os Labdácidas. O diálogo travado entre Creonte e seu filho Hemon, futuro marido de Antígona, já no terceiro episódio, explicita a honradez do jovem rapaz e sua submissão às ordens paternas. Contudo, não deixa de levar argumentos concretos para a defesa de sua amada, de como o édito está sendo contestado pelo povo nas ruas, e que toda a cidade está de acordo com o feito de Antígona. Nesse ponto o autor mostra que a vaidade e o poder já tomaram conta de Creonte que acredita ser o único a poder ordenar e governar aquele país (”E a cidade é que vai prescrever-me o que devo ordenar?” e “Acaso não se deve entender que o Estado é de quem manda?”). O filho ainda tenta trazê-lo à razão: “Não tens respeito por ele [seu soberano poder] quando calcas as honras devidas aos deuses”. A discussão se acalora a ponto de Hemon ameaçar se matar caso o pai não revogue a condenação, mas é entendido como uma ameaça de parricídio.
Suzana Costa: Foi Alice em Muito pelo contrário (quando ganhou o importante prêmio Samuel Campelo) e O pequenino grão de areia, primeiros textos de João Falcão, Grupo de Teatro Vivencial (Sobrados e Mocambos, de Hermilo Borba Filho), Vivencial II, Genesíaco e Repúblicas Independentes, Darling!, de vários autores, direção de Guilherme Coelho. Cordélia Brasil (de Antonio Bivar, com direção de José Francisco Filho), Toda Nudez será Castigada (de Nelson Rodrigues, encenada por Antonio Cadengue), No Natal a gente vem te buscar (texto de Naum Alves de Souza, por João Falcão), Sonho de uma noite de verão, (de Willian Shakespeare, de novo Cadengue). As três Farsas do Giramundo( textos de Ionesco, Jean Tardieu e Woody Allen, com direção de Antonio Cadengue, Carlos Bartlomeu e Paulo Falcão). Investiu na dramaturgia com Super Léo, o menor, dirigido por Paulo Falcão. Foi Blanche DuBois, de Um Bonde Chamado Desejo, do dramaturgo norte-americano Tennessee Williams, com direção de Milton Baccarelli. A montagem foi alvo de uma provinciana polêmica, sua Blanche não recebeu a bondade nem de estranhos, nem de conhecidos. E Suzana saiu de cena. últimos anos fez pequenas participações em produções cinematográficas. Aparece numa pontinha no filme Lula, o filho do Brasil, de Bruno Barreto, e está no elenco no Todas as cores da noite, de Pedro Severian.Foi protagonista do curta de estreia de João Lucas Melo Medeiros, Noites traiçoeiras, uma história singela, tocante, de uma vida que está bulindo. Ele assina a direção, o roteiro e a montagem. Noites traiçoeiras estreou no VII Janela internacional de Cinema, na competição de curtas.
Sônia Bierbard: iniciou sua carreira como atriz em 1977 no Recife, atuou em dezenas de espetáculos teatrais, filmes para cinema, campanhas políticas, comerciais e um seriado para televisão. Atua também como preparadora de elenco. Recebeu indicação de melhor atriz por alguns de seus trabalhos.A TROIANA HÉCUBA ( de Junior Sampaio, 2014); A VISITA DA VELHA SENHORA , de Friedrich Dürrenmatt, Direção de Lucio Lombardi, 2010); O FOGO DA VIDA, (direção de João Motta, 2008); MAMÃE NÃO PODE SABER, texto e direção de João Falcão- 1994); OS BIOMBOS, (de Jean Genet , dir.Antonio Cadengue-1995); SENHORA DOS AFOGADOS, de Nelson Rodrigues, dir.Antonio Cadengue 1993); MUITO PELO CONTRARIO (de João Falcão, direção de Augusta Ferraz-1991); FALA BAIXO SENÃO EU GRITO (de Leilah Assumpção, direção Antônio Cadengue-1980); É....., de Millôr Fernandes, direção de Milton Bacarelli- 1979); TELEVISÃO: FORÇA TAREFA – Direção de Jose Alvarenga, Seriado da Rede Globo de televisão – episodio 03 da 2ª. Temporada – 2011.
ISA FERNANDES: Desde os anos 70 atua no teatro pernambucano em peça como Viva o Cordão encarnado, O laço, O doce blues da salamandra. Além disso: Atuou no Rio de Janeiro em musicais como CAXUXA; RIO DE CABO A RABO. Ganhou vários prêmios como atriz. Atuou nas peças: Armação contra armação; Um santo homem; Horóscopo; Convite de casamento; Lua de mel a três; Tem um psicanalista na nossa cama; Fogos de artifício; Paixão de Cristo do Recife; Antígona; O inspetor vem aí; Um santo homem; Rua do lixo; As desgraças de uma criança; Um sábado em 30. INTEGROU O CLUBE DE TEATRO INFANTIL DE PERNAMBUCO (com Leandro Filho). Como dramaturga: A coragem da formiga Fifi; O rato que queria ser marinheiro; O fantasma azul; A greve dos palhaços; A viagem de Pepe; O cabaré de Maria Magra.
CIRA RAMOS iniciou o seu trabalho de atriz em 1978 e veio de Goiás para o Recife em 1984, tornando-se atriz profissional em Recife ainda na década de 80. Como atriz recebeu prêmios tanto em espetáculos infantis, como em adultos, nos quase 40 espetáculos teatrais realizados. Seu último prêmio foi o Prêmio APACEPE-2010, de atriz coadjuvante por “Carícias” de Sergi Belbel, produção sua em parceria com mais quatro atores/amigos, com realização da REMO Produções. Do roteiro à direção, assinou seis espetáculos de dança, dentre eles o espetáculo “Três Compassos”, pelo Aria Social, que fez tournée por várias cidades brasileiras. Atuou em diversos trabalhos em vídeo, tanto institucionais, como comerciais. É atriz, dubladora, locutora e produtora teatral. Seus principais trabalhos em teatro são: Bella Ciao, de Luiz Alberto de abreu. Dir. Lúcio Lombarde (1986), Avoar, de Vladmir Capella, Dir. José Manoel (1987/1990), O Burguês Fidalgo, de Moliere. Dir. Antônio Cadengue (1988), Maria Borralheira, de Vladmir Capella. Dir. Manoel Constatino (1988), O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchecov. Dir. Antônio Cadengue (1990/92), A Ver Estrelas de João Falcão. Dir. o mesmo. (1990), A Lira dos Vinte Anos de Paulo César Coutinho. Dir.Antonio Cadengue (1991/1992), Senhora dos Afogados de Nelson Rodrigues. Dir. Antônio Cadengue (1993/1994), Os Biombos de Jean Genet. Dir. Antônio Cadengue (1995/1996), Suburbano Coração, de Naum Alves de Souza. Dir. Marcus Vinícius (1997/98), Fernando e Isaura de Ariano Suassuna. Direção Carlos Carvalho (2005/2006/2007), Carícias de Sergi Belbel. Direção: Leo Falcão (2009/2010/2012), Lágrimas de um guarda-chuva de Eid Ribeiro. Direção: Antônio Cadengue (2010/2011). Em 2015, estreou como encenadora do texto teatral “Em nome do pai”, de Alcione Araújo, em coprodução com a REC Produtores Associados.
Quando: 23 de janeiro (segunda), às 20h
Onde: Teatro Arraial (Rua da Aurora, 463, Boa Vista), Recife
Valor: R$ 20 e R$ 10 (meia)
A proposta é fazer uma releitura da tragédia grega através de três das suas personagens femininas centrais: Fedra, Antígona e Elektra. Direção de Cira Ramos, com Isa Fernandes, Sônia Bierbard e Suzana Costa no elenco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário