por Moisés Monteiro de Melo Neto
Ambientado
numa cidade que domina ideologicamente boa parte do Planeta com as figurinhas
de Hollywood, indústrias das mais dúbias, entre as possíveis, Los Angeles (ah,
os anjinhos digam amém!), LA LA LAND narra a história do pianista de jazz Sebastian (interpretado
com eficiência por Ryan Gosling) que conhece a atriz iniciante Mia (Emma Stone)
que também tem pretensões dramatúrgicas (quer escrever para teatro, produz um
monólogo que na estreia tem na plateia umas dez pessoas, mas é viés para um conto
de fadas tipo Ghost, não digo mais para não estragar o prazer de comer este
bombom norte-americano, um donut, ou rosquinha é um pequeno bolo
em forma de rosca, popular nos EUA e de origem incerta. Consiste numa massa
açucarada frita, que pode ser coberta com diversos tipos de coberturas doces
coloridas, como por exemplo chocolate, daqueles!) e os
dois se apaixonam perdidamente, e já não podemos dizer se é a história dela ou
a dela que é mais fantasiosa, mas como ele é o homem, cabe a ela a primazia. Uma diegese que começa dando vontade de
lembrar de coisas como as empreguetes, a cena de abertura num engarrafamento
sobre um viaduto é de dar nos nervos, mas é o prenúncio de algo melhor. O filme
decola com dez minutos e vai para outra altitude mais saudável, mas não menos
delirante. Lembrei SUNSET BOULEVARD, filme icônico, que virou musical que
assisti na Broadway (com Glenn Close, e em Londres, com Elaine Page, no cinema
vi com a quase caricata Glória Swanson, e fala sobre uma atriz do cinema mudo que quer voltar à
fama 20 anos depois de uma reclusão de luxo, termina matando o jovem namorado
aspirante a escritor que tinha o caso com uma roteirista;pensei nisso porque parece que Lala Land seria algo como o
que teria acontecido se os dois tivessem ficado juntos, tá?): quem não curte a
história do cinema não vai entender muito este papo. Sorry.
Mas voltemos ao Tra La La: O lance passe pela renovação/ valorização do jazz só que os negros têm pouco destaque e isto não é crônica sobre racismo, ok? Então, em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso. Ele quer abrir um clube de jazz, ela quer ser superstar. A atriz parece uma rã e ele tem pinta de canastrão. Mas o negócio é forte e eu mesmo, que sou escritor, ator, produtor, trabalho literatura e adoro cinema (ah, quantas vezes fui salvo por um bom filme!), devo essa a Hollywood: ta bom, vai, assistiam a esta poderosíssima droga. É legal pra caramba.
Joe and Betty Schaefer: jovens buscando sucesso em Los Angels, no musical SUNSET BOULEVARD (versão londrina que assisti); o plor de LA LA LAND me fez pensar no sonho desses dois personagens icônicos de Hollywwod
... Michael Xavier (Joe Gillis) & Siobhan Dillon (Betty Schaefer) in Sunset Boulevard ...
Mas voltemos ao Tra La La: O lance passe pela renovação/ valorização do jazz só que os negros têm pouco destaque e isto não é crônica sobre racismo, ok? Então, em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso. Ele quer abrir um clube de jazz, ela quer ser superstar. A atriz parece uma rã e ele tem pinta de canastrão. Mas o negócio é forte e eu mesmo, que sou escritor, ator, produtor, trabalho literatura e adoro cinema (ah, quantas vezes fui salvo por um bom filme!), devo essa a Hollywood: ta bom, vai, assistiam a esta poderosíssima droga. É legal pra caramba.
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