Por Moisés
Monteiro de Melo Neto
FOTOS: Telma Virgínia Pereira da Cunha
Assistir à comédia-musical-infanto-juvenil-circense A
menina Edith e a velha sentada, do ator,
autor, diretor e produtor, Lázaro Ramos foi para mim um deleite. O espetáculo
teve produção local dos sempre competentes Tadeu Gondim (Atos produção) e André
Brasileiro (assessor de imprensa com a Moinho Conteúdos Criativos).
foto:Produção do espetáculo
A menina Edith e a velha sentada é
recriação para o teatro do primeiro livro infantil de Lázaro (que iniciou
carreira com o mesmo diretor que me dirigiu no início do meu percurso nos
palcos, João Falcão), A velha sentada,
que buscou inspiração na criança que foi (do mesmo jeito que o livro, a peça
teatral, projeto da atriz Rose Lima, mostra personagens que foram inspirados pelos
parentes, e também amigos de Lázaro Ramos, por quem agora começo a nutrir
especial simpatia, e o nome da protagonista, Edith, é uma homenagem a sua avó
paterna); ele tentou, segundo declarações suas, imaginar o tipo de peça a que
ele gostaria de assistir se tivesse nove anos de idade. Edith é uma menina de 9 anos,
daquelas típicas dos nossos dias, que vai passando o dia inteiro em frente a um
computador e, após o comentário de uma vizinha, que é uma espécie de
caricatura/ coro da opinião que os mais chatos têm sobre nós e que terminam
exigindo uma resposta mais forte de todo o nosso ser, (a tal cricri disse assim, e a menina ouviu bem
e ficou impressionada por não ter se tocado que algo muito errado estava
rolando na sua cuca, sua existenciazinha um tanto quanto medíocre/ mais digital do que real: “você
parece ter uma velha sentada na sua cabeça”, isso detonou um processo de crise,
que ela só resolveria através de um viagem deliciosa pelos cinco sentidos do
seu corpinho); Edith, então, a partir daí, decidiu se aventurar através de uma viagem, tipo Alice no país das maravilhas (não podemos deixar de comentar que tudo
isso nos chega também através de envolventes
técnicas circenses), permeada por um
lúdico aprendizado que envolve a platéia por mais de uma hora (e olha que
criança no teatro, depois de 50 minutos, vira fera) cheia de um divertido aprendizado
que leva ao autoconhecimento. Os atores George Sauma, Rose Lima, Isabel Fillardis,
Suzana Nascimento e Orlando Caldeira, com seu know how cênico oferecem uma
proposta de equilíbrio na vida das crianças e dos adolescentes, resgatando não
apenas (o que seria anacrônico?) brincadeiras
do passado, mas um modo (talvez) de aprender a usar a tecnologia com bom
senso, equilibrando o virtual com o real (quem sabe?).
Tudo ao som de canções que misturam diferentes estilos musicais, passando por referências, segundo eles, como James Brown, Raul Seixas, Amy Winehouse e Cartola (“legal as crianças terem acesso a canções que nós curtimos”, diz Lázaro, autor e diretor deste notável espetáculo). Ao redescobrir os seus sentidos, ela arrasta a plateia (plateia esta que ficou hipnotizada pelo dinamismo cênico de um elenco organicamente afinadíssimo) que, por mimetismo, termina tantalizada com esta explosão de energia e generosidade que parte do tablado e contamina adultos e crianças, adolescentes e essa coisa toda que envolve o troço chamado (kkkkkkkkk) faixa etária. Tudo ao vivo, abem vivo, as tais sensações vividas pela guria Edith, no seu transe de cheiros, toques, paladares, sons, visões e... uau! Que delícia de teatro!
foto:Produção do espetáculo
Tudo ao som de canções que misturam diferentes estilos musicais, passando por referências, segundo eles, como James Brown, Raul Seixas, Amy Winehouse e Cartola (“legal as crianças terem acesso a canções que nós curtimos”, diz Lázaro, autor e diretor deste notável espetáculo). Ao redescobrir os seus sentidos, ela arrasta a plateia (plateia esta que ficou hipnotizada pelo dinamismo cênico de um elenco organicamente afinadíssimo) que, por mimetismo, termina tantalizada com esta explosão de energia e generosidade que parte do tablado e contamina adultos e crianças, adolescentes e essa coisa toda que envolve o troço chamado (kkkkkkkkk) faixa etária. Tudo ao vivo, abem vivo, as tais sensações vividas pela guria Edith, no seu transe de cheiros, toques, paladares, sons, visões e... uau! Que delícia de teatro!
Isabel Fillardis e Moisés Monteiro de Melo Neto
No final da peça 20 minutos de debate com o
elenco, simpaticíssimo, Isabel Fillardis, responde às minhas perguntas com uma
doçura excepcional. Rose, orlando, George. Ah! Que tarde maravilhosa No teatro
da Caixa Cultural (espaço onde já apresentei algumas das minhas peças), no Marco
Zero, Recife Antigo.
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