Já dizia Edwin Piscator: “a
arte deve tornar suportável o insuportável e, ao mesmo tempo, ir além do
insuportável”.
MARAT-SADE (Perseguição e assassinato de Jean-Paul Marat
representados pelo grupo teatral do hospício de Charenton sob a direção do
senhor de Sade), do alemão Peter Weiss (que já tratou do drama de Angola,
enquanto colônia portuguesa, da guerra do Vietnã, de Trotski e mais...) nos lembra desvendar o que se encontra o que se esconde atrás dos “fatos”, suas
relações e significados...
MARAT-SADE é teatro dentro
do teatro: Sade, 15 anos depois da morte de Marat, está trancado num manicômio,
e monta uma peça de teatro sobre Marat.
Antonin Artaud no papel de Marat, à esquerda
Pesquisas apontam: Marat como jornalista
radical e político na Revolução Francesa, caráter impetuoso, atitude
questionadora em relação ao novo
governo.
No seu jornal (L'Ami
du peuple ,O Amigo do Povo, Marat pedia reformas básicas para as camadas até então tidas como inferiores pela
sociedade da época. Sua persistente perseguição), ele tinha voz consistente,
grande inteligência e seu incomum poder preditivo o levaram à confiança do povo
e fizeram-no a principal ponte entre eles e o grupo radical os jacobinos, que compartilhou o poder em 1793, derrubando a facção Girondina
tornou-se uma das três figuras de destaque na França, ao lado de Robespierre
(jacobino) e Danton (dos Cordeliers)
Artaud como Marat
Marat foi assassinado por Charlotte Corday, simpatizante dos girondinos.
Vamos dar um mergulho nas
relações regidas pela ambição, poder, riqueza... e para isso usaremos a
revolução francesa como eixo em grandes obras da dramaturgia. Haverá o cotejo
com a peça A MORTE DE DANTON (1835), de Georg Büchner.
Para mais informações não perca o debate desta
segunda – feira no CIT SESC PIEDADE.
Ainda
sobre a História abordada em Perseguição e assassinato de Jean-Paul Marat
representados pelo grupo teatral do hospício de Charenton sob a direção do
senhor de Sade:
GIRONDINOS E JACOBINOS (do site do CIC)
Os
Girondinos representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação
maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política.
Os
Jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação
popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram
radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem
os mais pobres. Os jacobinos eram o grupo político mais radical da Convenção
Em
1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na
França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia
e ampliando seus direitos políticos e econômico.
Robespierre,
foi o mais radical dos deputados jacobinos. Em 1794, foi executado junto com 21
de seus seguidores.
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