“(...) Fico pensando se viver não será sinônimo de perguntar. A gente se debate, busca, segura o fato com as duas mãos sedentas e pensa: “Achei! Achei!” – mas ele escorrega, se espatifa em mil pedaços, como um vaso de barro coberto apenas por uma leve camada de louça. A gente fica só, outra vez, e tem que começar do nada, correndo loucamente em busca dos outros vasos que vê. [...] E começamos de novo, mais uma vez, dia após dia, ano após ano. Um dia a gente chega na frente do espelho e descobre: “Envelheci”. Então a busca termina. As perguntas calam no fundo da garganta, e vem a morte. Que talvez seja a grande resposta. A única. (...)”.
(Caio Fernando Abreu – fragmento do romance Limite branco)
NESTE SÁBADO, NO AUDITÓRIO DA LIVRARIA JAQUEIRA
Na Livraria Jaqueira (Recife)
Dia 3 de outubro de 2015.
Às 17h
Com Moisés Monteiro de Melo Neto* e Carlos Santos*.
Mediação LULA COUTO.
Sugerimos que os interessados leiam pelo menos o conto OS DRAGÕES NÃO CONHECEM O PARAÍSO,
disponível na internet em http://www.recantodasletras.com.br/contos/2621797
Venha para o debate e discuta.
“ [...] para os dragões nada mais inconcebível que dividir o
espaço- seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal [...] eles são
solitários, os dragões [...] decidi que não passaria mais um dia sem contar
essa história de dragões [ninguém é capaz de compreender um dragão [...] ele
não permite corrigir-se [...] cheirava a alecrim e hortelã [...] cheiro verde
[...]esse é o mês dos dragões [...] um dragão vem e parte para que seu mundo
cresça [...] são apenas anunciação de si próprios. Eles se ensaiam eternamente,
jamais estreiam [...] os aplausos seriam insuportável para eles [...] fico
cansado do amor que sinto [...] no meio de uma cidade escassa de dragões [...] só existe o sonho
[...] que seja doce...” (OS DRAGÕES NÃO CONHECEM O PARAÍSO, conto de Caio
Fernando Abreu, em discussão no próximo encontro com PALAVRAS CRUZADAS).
ALEGRIA, LOUCURA, MEDO, SEXUALIDADE : MEMÓRIAS DE AMOR &
MORTE em Caio Fernando Abreu. Afinal, OS
DRAGÕES NÃO CONHECEM O PARAÍSO?
Na Livraria Jaqueira (Recife)
Dia 3 de outubro de 2015.
Às 17h
Com Moisés Monteiro de Melo Neto* e Carlos Santos*.
Mediação LULA COUTO.
Sugerimos que os interessados leiam pelo menos o conto OS DRAGÕES NÃO CONHECEM O PARAÍSO,
disponível na internet em http://www.recantodasletras.com.br/contos/2621797
Venha para o debate e discuta.
“ [...] para os dragões nada mais inconcebível que dividir o
espaço- seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal [...] eles são
solitários, os dragões [...] decidi que não passaria mais um dia sem contar
essa história de dragões [ninguém é capaz de compreender um dragão [...] ele
não permite corrigir-se [...] cheirava a alecrim e hortelã [...] cheiro verde
[...]esse é o mês dos dragões [...] um dragão vem e parte para que seu mundo
cresça [...] são apenas anunciação de si próprios. Eles se ensaiam eternamente,
jamais estreiam [...] os aplausos seriam insuportável para eles [...] fico
cansado do amor que sinto [...] no meio de uma cidade escassa de dragões [...] só existe o sonho
[...] que seja doce...” (OS DRAGÕES NÃO CONHECEM O PARAÍSO, conto de Caio
Fernando Abreu, em discussão no próximo encontro com PALAVRAS CRUZADAS.
LÁ VÃO ALGUMAS PALAVRAS PESCADAS NA REDE (WIKIPEDIA... ETC.):
Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948 — Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi umjornalista, dramaturgo e escritor brasileiro.
Apontado como um dos expoentes de sua geração, a
obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala
de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão.
Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação
contemporânea".
Caio Fernando Abreu estudou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi colega de João
Gilberto Noll. No entanto, ele abandonou ambos os cursos para
trabalhar como jornalista de revistas de entretenimento,
tais como Nova, Manchete, Veja e Pop, além de colaborar com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de S. Paulo e O
Estado de S. Paulo.
Em 1968,
perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Caio refugiou-se no sítio de uma amiga, a escritoraHilda Hilst, em Campinas, São Paulo. No
início da década de 1970,
ele se exilou por um ano na Europa,
morando, respectivamente, na Espanha,
na Suécia, nos Países Baixos, na Inglaterra e na França.
Em 1974,
Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Chegou a ser visto na Rua da Praia usando brincos nas duas orelhas e
uma bata de veludo, com o cabelo pintado
de vermelho [carece de fontes]. Em 1983, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1985, paraSão
Paulo. A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele
voltou à França em 1994,
regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador do vírus HIV. Abreu era declaradamente homossexual em plena época da Ditadura Militar no Brasil.[1]
Um ano depois, Caio Fernando Abreu voltou a viver
novamente com seus pais, tempo durante o qual se dedicaria à jardinagem,
cuidando de roseiras.
Faleceu em 25 de fevereiro de 1996, Hospital
Mãe de Deus em Porto Alegre, no mesmo dia em que Mário
de Andrade. Seus restos mortais jazem no Cemitério São Miguel e Almas.[2]
Seu primeiro romance, Limite branco (1970), já possui as marcas que
iriam acompanhar sua trajetória literária: a angústia diante do devir e a morte
como certeza no final da jornada.[3] Segundo sua perspectiva
literária, a vida deve ser buscada continuamente.[3]
Caio Fernando de Abreu viveu intensamente a época
da ditadura, em suas obras literárias, o autor buscava inspiração em momentos
importantes de sua vida, fazia uma releitura rápida, porém despercebida de seu
modo de pensar, a maioria de suas criações e personagens retratavam um modo
cinzento e triste de viver, na busca inquietante pela felicidade.
Obras
Contos
·
Inventário do Irremediável
·
O Ovo Apunhalado
·
Pedras de Calcutá
·
Os Dragões não conhecem o Paraíso
·
Ovelhas Negras
·
Mel & Girassóis
·
Estranhos Estrangeiros
·
Molto lontano da Marienbad, Ediz. Zanzibar, Milano 1995
·
I Draghi non conoscono il Paradiso, Ediz. Quarup, Pescara 2008
·
Triangolo delle acque, Ediz. Quarup, Pescara 2013
·
Pra sempre teu, Caio F.
Novelas
·
Triângulo das Águas
·
As Frangas, novela
infanto-juvenil
·
Bien loin de Marienbad
Teatro
·
A Maldição do Vale Negro
·
O Homem e a Mancha
·
Teatro Completo, 1997
Romances
·
Dov'è finita Dulce Veiga, Ediz. La nuova Frontiera, Roma 2011
Tradução
Outros
·
Cartas,
(Correspondência)
·
Pequenas Epifanias (Crônicas)
Prêmios
·
Prêmio Jabuti de Literatura, 1996, categoria
Contos / Crônicas / Novelas - livro "Ovelhas Negras"
·
Prêmio Jabuti de Literatura, 1989, categoria
Contos / Crônicas / Novelas - livro "Os Dragões não Conhecem o
Paraíso"
·
Prêmio Jabuti de Literatura, 1984, categoria
Contos / Crônicas / Novelas - livro "O Triângulo das Águas"[
·
Revista IstoÉ,
1982, Melhor Livro - "Morangos Mofados"
https://profmoisesneto.blogspot.com.br
.
*Moisés Monteiro de
Melo Neto é Doutor em Literatura pela UFPE, professor, pesquisador,
escritor/dramaturgo. Autor de vários livros, como Chico Science: A rapsódia afrociberdélica, e de peças teatrais como
Anjos de fogo e gelo: a vida atormentada
de Arthur Rimbaud, Os abismos da poeticidade em Jomard Muniz de Britto: Do
Escrevivendo aos Atentados poéticos (publicado pelo SESC)
Carlos Santos é
psicanalista , pesquisador e escritor.
Lula Couto é pesquisador
e escritor
Nenhum comentário:
Postar um comentário