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sábado, 10 de outubro de 2015

O russo Anton Tchékhov tem, em A Gaivota, uma das suas maiores peças de teatro

 O texto será tema da palestra  de hoje na BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO EM PERNAMBUCO (com Carlos Santos e Moisés Monteiro de Melo Neto, com mediação de edineide silva, no Ascenso Café, às 19h) e já teve direção de Constantin Stanislávski. 




Na trama, Treplev, o escritor novo, incompreendido está em cotejo com Trigorine, escritor tradicional reconhecido. A desgraça e o desfecho trágico do jovem é o eixo dessa, digamos assim, comédia de costumes que flui para um drama denso em meio a um clima tenso, uma atmosfera de vazio, na vida de cidade do interior, pequena, atrasada, ideologicamente comprometida com o que chega da cidade. Personagens como Arkadina, a mãe de Treplev, é metonímia de um Teatro ultrapassado, mas que representa o sucesso; Nina representa a vontade de ser atriz com textos inovadores mal compreendida pelos valores do establishment. Ela e Treplev são atrofiados, enquanto presos a esse ambiente rural que os limita. O autor trabalha silêncios num texto teatral que explora a metáfora, a ironia, a crítica social, e põe em xeque certa espécie de modernidade.

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