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quarta-feira, 14 de maio de 2014

SEGUNDA GERAÇÃO DO MODERNISMO (Poesia)



MURILO MENDES 

Metade Pássaro

“A mulher do fim do mundo
Dá de comer às roseiras,
Dá de beber às estátuas,
Dá de sonhar aos poetas”.


Pré-história

Mamãe vestida de rendas
 Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Caiu no álbum de retratos.

A Tentação

Diante do crucifixo
Eu paro pálido tremendo
“Já que és o Verdadeiro Filho de Deus

Desprega a humanidade desta cruz”.

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