O tempo e o silêncio eis os elementos que Karim Aïnouz explora em imagem notáveis no seu novo filme “Praia do
futuro”.
Os três personagens principais envolvem-se numa trama sobre amor
e abandono. Donato (Wagner Moura) é o pivô da narrativa, ele é um salva-vidas em
Fortaleza, que se enamora do alemão Konrad (vivido por Clemens Schick) que está
retornando a Berlim. Depois, Donato vai encontrar seu carinho lá, encontra seu
irmão mais novo, Ayrton (vivido por Jesuíta Barbosa).
Praia do Futuro é um filme de homem
(leia-se
também homossexual),onde as mulheres fazem
pontas...
Temos então dois tipos de amor: o romântico e o de irmão e em pouco texto e cena melosas chega-se a um final em... aberto. Há quem tenha ficado chocado com a nudez homoerótica e cenas tórridas de Wagner. Bobagem. O filme trata dos conflitos do amor, ainda proibido. Mas vale a pena refletir também sobre o embate entre irmãos e sobre esse estranho amor entre homens, agora mais exposto nessa segunda década do século XXI, ainda maldito (?).
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