Pesquisar este blog

domingo, 18 de maio de 2014

Jomard Muniz de Britto (JMB) com PAULO LEMINSKI



 ENTREVISTA IMAGINÁRIO-PERFORMATIVA
             
                                                                                        
PL:    contranarciso
          em mim
          eu vejo o outro
          o outro
          o outro
          enfim dezenas
JMB: No futuro o amor e a liberdade serão
         exercício descontínuo de poeticidade?
PL:   proema
         Não há versos,/tudo é prosa
                               passos de luz
         num espelho,/verso, ilusão de ótica,
         verde, o sinal vermelho.
JMB: ilusão ou desilusão de ética?
         quando o espelho é fra tu ra do?
         premente descontinuidade?
PL:   três metades
         Meio dia,/ um dia e meio,
         metade deste poema
         não sai na fotografia,
         metade, metade foi-se.
JMB: E ninguém sabe para onde foi
          a memória do amanhã construída
          pela duração em processo?
PL:    impuro espírito
          raro respiro
          o ar que aqui tenta
          arquiteto/um vago vôo vampiro
JMB: tão helioiticica vampirizado pelo
          Impuro ou imprevisível ta len tooo?
PL:    datilografando este texto
          ler se lê nos dedos
          não nos olhos
          que olhos são mais dados/ a segredos.
JMB: narcisismo terciário
          sem temor por um lance de dados
          que possa desafiar do sublime
          ao grotesco, do tudo ao nada?
PL:    R (anos-luz, anos-treva)
          Ler, ver,/e entre o V e o L
          entrever aquele / R / erre
JMB: o CONTINUUM em descontinuidades
          enquanto errância dos sonhos, utopias
          da sensualidade libertária?
          lei do desejo desejante?
          filme tatuado sem medo do Vivencial
          em nosso kitsch pela reVolta?
Jomard Muniz de Britto
Recife, maio de 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário