ENTREVISTA IMAGINÁRIO-PERFORMATIVA
PL: contranarciso
em mim
eu vejo o outro
o outro
o outro
enfim dezenas
JMB: No futuro o amor e a liberdade serão
exercício descontínuo de poeticidade?
PL: proema
Não há versos,/tudo é prosa
passos de luz
num espelho,/verso, ilusão de ótica,
verde, o sinal vermelho.
JMB: ilusão ou desilusão de ética?
quando o espelho é fra tu ra do?
premente descontinuidade?
PL: três metades
Meio dia,/ um dia e meio,
metade deste poema
não sai na fotografia,
metade, metade foi-se.
JMB: E ninguém sabe para onde foi
a memória do amanhã construída
pela duração em processo?
PL: impuro espírito
raro respiro
o ar que aqui tenta
arquiteto/um vago vôo vampiro
JMB: tão helioiticica vampirizado pelo
Impuro ou imprevisível ta len tooo?
PL: datilografando este texto
ler se lê nos dedos
não nos olhos
que olhos são mais dados/ a segredos.
JMB: narcisismo terciário
sem temor por um lance de dados
que possa desafiar do sublime
ao grotesco, do tudo ao nada?
PL: R (anos-luz, anos-treva)
Ler, ver,/e entre o V e o L
entrever aquele / R / erre
JMB: o CONTINUUM em descontinuidades
enquanto errância dos sonhos, utopias
da sensualidade libertária?
lei do desejo desejante?
filme tatuado sem medo do Vivencial
em nosso kitsch pela reVolta?
Jomard Muniz de Britto
Recife, maio de 2014
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