Eu queria, meu antigo amor, te incensar
fazendo-te certa elegia
lembrar-te assim num cantar
que dissipasse esse melancólico rancor
porque me deixaste e fiquei sem alegria
queria a melhor literatura
de poeta que, fingindo se lamentar, não se tortura
fazer da lamentação um brinde porque partiste
clamor à tua morte que já não foi grande perda
mas tua lembrança quase não persiste, é lerda
pois levaste contigo o teu desamor por mim
e tu eras a razão de algo cruel e chinfrim
pobre Moisés, aqui ficou, a diluir o fel que em vão lançaste,
a passar o tempo pensando noutras bobagens
que não em articulada fúnebre homenagem
agora, que és pessoa falecida,
cicatrizada ficaria nos versos a tal ferida
ah, pensar sempre em ti, em vão
sem saber se faço o danado do poema
ou exorcize tua assombração!
fazendo-te certa elegia
lembrar-te assim num cantar
que dissipasse esse melancólico rancor
porque me deixaste e fiquei sem alegria
queria a melhor literatura
de poeta que, fingindo se lamentar, não se tortura
fazer da lamentação um brinde porque partiste
clamor à tua morte que já não foi grande perda
mas tua lembrança quase não persiste, é lerda
pois levaste contigo o teu desamor por mim
e tu eras a razão de algo cruel e chinfrim
pobre Moisés, aqui ficou, a diluir o fel que em vão lançaste,
a passar o tempo pensando noutras bobagens
que não em articulada fúnebre homenagem
agora, que és pessoa falecida,
cicatrizada ficaria nos versos a tal ferida
ah, pensar sempre em ti, em vão
sem saber se faço o danado do poema
ou exorcize tua assombração!
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