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segunda-feira, 9 de abril de 2018

RAINHA DA PERNAMBUCÁLIA DE MOISÉS MONTEIRO DE MELO NETO



24º JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS e M LEON PRODUÇÕES
apresentam
RAINHA DA PERNAMBUCÁLIA
Dia 17 de janeiro de 2018, às 19h, no Teatro Marco Camarotti


MAGDALE ALVES(Magdale Alves (Recife27 de junho de 1958) é uma atriz brasileira.[1]Estreou na dramaturgia com a peça Guarani com Coca-Cola, espetáculo dirigido por Fernando Limoeiro nos anos 80. Teve maior reconhecimento mais recentemente quando atuou nos filmes Eletrodoméstica, de Kleber Mendonça FilhoRapsódia Para Um Homem Comum, de Camilo Cavalcanti, Árido Movie, de Lírio Ferreira, e no documentário Orange de Itamaracá, de Franklin Jr. e Márcio Câmara.),
Atriz de várias produções da Rede Globo como: Amores Roubados, novelas como
Ano
Título
Papel
Emissora
Notas
2016
Elvira
Minissérie
2014
Iolanda
Telenovela
Cleonice
Minissérie
2007
Angelina
Minissérie






Cinema
Ano
Título
Papel
Notas
2012
Helena (50 a 55 Anos)
2007
2006
Dalvina
2005
Dedé
Eletrodoméstica
Mulher
Curta-metragem
2002
Dayse
2000
Conceição
Curta-metragem


ESTARÁ SE APRESENTANDO, DEPOIS DE MAIS DE DEZ ANOS, NOS PALCOS RECIFENSES, NESTA NOITE DO DIA 17 DE Janeiro, dentro da programção extra do festival internacional de teatro JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS.
Trata-se de RAINHA DA PERNAMBUCÁLIA


Uma peça inspirada livremente na vida da atriz Ivonete Melo (atriz com mais de 40 anos de carreira e que PE Presidente do SATED, Sindicato de artistas e técnicos de Teatro em Pernambuco. Ivonete veio de família rica de Vitória de santo Antão, mas quis o destino levá-la a ser feirante, bailarina clássica, professora e juntar-se ao famoso Vivencial Diversiones e posteriormente a produções luxuosas que turnês nacionais e internacionais): é uma comédia dramática. Magdale Alves interpreta uma das mais notáveis performers dos palcos pernambucanos, Ivonete Melo: luxo só. Quando Teatro e Realidade se confundem é preciso saber rir  e chorar. Quando o espelho da vida reflete o teatro a gente não sabe até que ponto a vida é cena. A vida explosiva de Ivonete Melo, uma das mais emblemáticas atrizes dos palcos recifenses, é trazida à ribalta de maneira estonteante. Estilhaços biográficos se confundem com a fantasia cênica sob a direção de FERNANDO LIMOEIRO, escritor, diretor teatral e professor da UFMG, diretor do espetáculo que inaugurou o moderno teatro pernambucano GUARANI COM COCA-COLA (início dos anos 80). O texto do professor da Universidade Estadual de Alagoas, pesquisador e escritor Moisés Monteiro de Melo Neto, privilegia aspectos biográficos de Ivonete, mas vai além, traça um painel vasto da alma de uma atriz atormentada por um personagem que a consome. RAINHA DA PERNAMBUCÁLIA é um torvelinho de paixões mal resolvidas; é a vida exigindo desculpas por um crime que ninguém sabe direito quem cometeu, quando o artista cai nas teias da sua própria criação. Dos bancos de feira ao balé clássico, daí para o cabaré VIVENCIAL DIVERSIONES e as turnês nacionais e a presidência do Sindicato dos Artistas. 






Das grandes produções ao cotidiano massacrante, Ivonete é a rainha cujo trono está ameaçado pela vida. Estilhaços de amor e ódio são lançados a partir de um monólogo polifônico que busca sondar uma alma em xeque. A produção da M LEON PRODUÇÕES desconhece barreiras e apresenta esta tragicômica aventura que busca, através de um lirismo estranho, falar do íntimo de uma atriz veterana: ela não é mais jovem, nem é triste, nem o contrário. Será que é divina? A atriz dança no sétimo céu, no terceiro círculo do inferno, acreditando que é outro país e meio sem decorar o seu papel, não consegue impedir que o dramaturgo, o diretor e outra atriz entrem na sua vida, a exibam como boneca de louça, ser de éter, na loucura do cenário que seria sua casa/camarim com paredes feitas de giz, ou chorando num quarto de hotel, a esperar que os outros venham entrar na sua vida, interpretando os perigos quando, sobre o tablado ou na vida real, não se anda com os pés no chão, quando para sempre é sempre por um triz. Venham ver: a rainha, confundindo pessoa e personagem, está nua!


Depoimento do diretor da Leitura dramática RAINHA DA PERNAMBUCÁLIA, Fernando Limoeiro, professor da UFMG

“DEUS SALVE A RAINHA!
Quando recebemos o convite junto com o texto de Moisés Monteiro de Melo Neto, abriram-se as portas dos nossos corações. Portais que dão para a memória. Todo texto teatral é um desafio, um monólogo é desafio dobrado, precipício. Emocionados, Mag e eu, iniciamos a leitura famintos e certos da boa e desafiante dramaturgia. Ambos, dramaturgo e personagem, estavam cobertos pelo manto mágico do afeto e da admiração. Mas sem distanciamento é impossível produzir um resultado convincente como merece o texto. Eis o desafio.Trinta anos depois volto a dirigir a musa e atriz Magdale Alves, senhora do palco e do texto. Começamos a batalha sempre arriscada da interpretação. Como tornar palatável a leitura dramática de um monólogo? Um teatro da palavra e da imagem, da trajetória estética, política e do mergulho interior.
Pedimos inspiração à “Rainha da Pernambucália”, de quem somos súditos confessos. Parabéns ao Janeiro dos Grandes Espetáculos pela homenagem. O texto vai além da biografia da atriz, mergulha na história e na cultura tropicalista/pernambucana, penetra na condição de ser atriz, nos labirintos da alma, e nos desvãos de um período histórico tanto rico quanto perigoso. A peça cutuca e dilacera, fustiga com destemor. Moisés, “Carangrego” culto, poeta inquieto, substancioso e ousado. Ivonete, personagem vivo, testemunha ousada e construtora da história. A nós coube a profissão de mágicos e equilibristas, isto é,tornar plausível no palco essa dramaturgia sem perder a densidade e o encanto. O perigo do cansaço, o desafio de inflamar a quem nos escuta, o perigo da palavra que já não incendeia como nos anos oitenta. Desafio de apaixonados, que se percebem também construtores da história e do tempo da Rainha. Vimos a majestade no palco, atuando sensualmente, ousadamente, politicamente arbitrária em tempos perigosos. Aceitamos o desafio. A atriz está maturada e incendiada com o mesmo rigor e encanto quando da montagem de “Guarani Com Coca Cola”, ousadia do TUBA no início dos anos oitenta. Ivonete Melo continua reinando generosa e atenta, cuidando dos seus súditos, na batalha da profissão através do sindicato e sempre pronta para brilhar em cena: O lugar da rainha!
Fernando Limoeiro
Belô central- MG- dezembro de 2017”


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