Hoje vamos falar um pouco sobre comédia, preparar o público para um espetáculo que terá LEITURA DRAMATIZADA DIA 31/03,2017 (SESC CASA AMARELA, RECIFE, TEATRO CAPIBA, ÀS 20h, no Recife) e que mistura tragédia e comédia gregas. pois bem, vamos falar da comédia e nos próximos dias penetraremos na selva da tragédia grega, e numa terceira ocasião fundiremos as duas partes.
Se pensarmos nas origens da Comédia Grega, temos logo as cerimônias dionisíacas, o ato burlesco, embora ainda religioso, celebrando a agricultura e a reprodução, liga-se a outros tipos de farsas no território grego e aos cortejos fálicos, onde os parodiantes, às vezes mascarados de animais, dançavam e cantavam e improvisavam chistes para os circunstantes. A veia cômica da primeira escola grega de comédia floresceu longe da metrópole, na Sicília, onde Epicarmo (c.530-c. 440 a.C.) teria sido o fundador do gênero no mundo grego. Elas eram eram essencialmente corais, mas não tardaram a deixar de ser improvisadas e tratavam temas sérios sobre literatura ou sobre política, na parte em que se dirigiam aos espectadores; a sua inclusão da comédia nas competições teatrais de Atenas teria acontecido em 488/7 a.C.; Aristófanes cita isso em Os Cavaleiros. Da Comédia antiga Aristófanes era o seu autor mais importante, num período que se estendeu aproximadamente, de 500 a 400 a.C. e caracterizou-se pela sátira política e pelos ataques pessoais violentos. A comédia admitia personagens da vida contemporânea de Atenas, com o uso abundante do coro e da busca de interlocução com os espectadores. Aristófanes foi testemunha de uma das mais críticas fases da cidade e do mundo grego em geral. Imaginem que Eurípedes era considerado por Aristófanes como inferior a Ésquilo e a Sófocles. Ele também era adverso à democracia e à guerra que se travava (Peloponeso), defensor declarado que era dos interesses da classe de proprietários de terras e do tradicionalismo. Escreveu quarenta e sete comédias, das quais Lisístrata (enc. 411 a.C.), As Nuvens (enc. 423a. C.); A Assembléia das Mulheres (enc. 392 a.C.), As Rãs (405 a.C.), As Vespas (enc.422 a.C. etc. Na Comédia Nova Atenas não mais desfrutou da antiga liberdade política e da prosperidade que dela fizeram a rainha das comunidades gregas. O teatro sofreu o impacto da modificação e da crise. Empobrecido o tesouro público, já não era possível arcar com as despesas da organização dos coros, fator que afetou não somente o gênero cômico como também contribuiu para a decadência da tragédia. Os concursos públicos perderam a regularidade.
Se pensarmos nas origens da Comédia Grega, temos logo as cerimônias dionisíacas, o ato burlesco, embora ainda religioso, celebrando a agricultura e a reprodução, liga-se a outros tipos de farsas no território grego e aos cortejos fálicos, onde os parodiantes, às vezes mascarados de animais, dançavam e cantavam e improvisavam chistes para os circunstantes. A veia cômica da primeira escola grega de comédia floresceu longe da metrópole, na Sicília, onde Epicarmo (c.530-c. 440 a.C.) teria sido o fundador do gênero no mundo grego. Elas eram eram essencialmente corais, mas não tardaram a deixar de ser improvisadas e tratavam temas sérios sobre literatura ou sobre política, na parte em que se dirigiam aos espectadores; a sua inclusão da comédia nas competições teatrais de Atenas teria acontecido em 488/7 a.C.; Aristófanes cita isso em Os Cavaleiros. Da Comédia antiga Aristófanes era o seu autor mais importante, num período que se estendeu aproximadamente, de 500 a 400 a.C. e caracterizou-se pela sátira política e pelos ataques pessoais violentos. A comédia admitia personagens da vida contemporânea de Atenas, com o uso abundante do coro e da busca de interlocução com os espectadores. Aristófanes foi testemunha de uma das mais críticas fases da cidade e do mundo grego em geral. Imaginem que Eurípedes era considerado por Aristófanes como inferior a Ésquilo e a Sófocles. Ele também era adverso à democracia e à guerra que se travava (Peloponeso), defensor declarado que era dos interesses da classe de proprietários de terras e do tradicionalismo. Escreveu quarenta e sete comédias, das quais Lisístrata (enc. 411 a.C.), As Nuvens (enc. 423a. C.); A Assembléia das Mulheres (enc. 392 a.C.), As Rãs (405 a.C.), As Vespas (enc.422 a.C. etc. Na Comédia Nova Atenas não mais desfrutou da antiga liberdade política e da prosperidade que dela fizeram a rainha das comunidades gregas. O teatro sofreu o impacto da modificação e da crise. Empobrecido o tesouro público, já não era possível arcar com as despesas da organização dos coros, fator que afetou não somente o gênero cômico como também contribuiu para a decadência da tragédia. Os concursos públicos perderam a regularidade.
O espetáculo TRÊS TRISTES GREGAS (COM TEXTO DE MOISÉS MONTEIRO DE MELO NETO, MOISÉS NETO, DIREÇÃO DE CIRA RAMOS COM SUZANA COSTA, ISA FERNANDES E SÔNIA BIERBARD, SOB DIREÇÃO DE CIRA RAMOS) MISTURA TRAGÉDIA E COMÉDIA GREGAS EM FORMA DE DRAMA SATÍRICO. ESTARÁ EM CARTAZ MAIS UMA VEZ NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, DIA 31 DE MARÇO DE 2017, NO TEATRO CAPIBA, SESC CASA AMARELA, RECIFE (PE)
A comédia, na sua fase final, a chamada nova, pôde sobreviver,
modificando-se. A diminuição do papel do coro, que não tem maior relação com a
peça. Não mais a ideia do espaço cênico múltiplo, à maneira das peças
aristofanescas, mas do espaço uniforme, sugerindo ordinariamente, uma rua ou
uma praça, com duas casas que se defrontam e onde residem os personagens principais.
Isto era ideal para atender as exigências da comédia de costumes, pois
proporcionavam confronto de duas "intimidades". A escolha dos temas e
o modo de os tratar - o amor e a pintura de caracteres ocupam o primeiro lugar.
Críticas e investidas políticas, que eram tão frequentes na Comédia Antiga
desaparecem. Destaque para Menandro.
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