Fomos ao show de Maria Bethania (TOTALMENTE DIVA IDOLATRADA), ontem. Ela entrou em cena com uma hora e meia de atraso.Fizeram o público esperar numa fila sobre a ponte que caiu o ano passado; depois apresentou um show previsível, pra cumprir tabela, espartano, ontem, no Classic Hall, Recife.
Não, os camarotes não estavam lotados. As mesas aparentavam estar completas. O microfone falhou logo na primeira música e ela ficou cantando sem ninguém ouvir nada (a plateia ficou gritando : "o som", "o som" e ela ensandecida POR SI MESMA, NEM AÍ; mas QUANDO CONCLUIU O NÚMERO, TEVE QUE PARAR E SE RETIROU DO PALCO, OS MÚSICOS FORAM ATRÁS. Depois, quando voltou, reclamou "53 anos de carreira e acontece isto! Mas gosto do Recife", e continuou, no palco sem cenário (quem assistiu ao show no DVD ficou sentindo algo mais na cena, embora as luzes exerçam um função quase tão importante quanto as outras parafernálias cênicas, algo próximo ao que Antunes Filho chama de "pirotecnia"). Bethania só cantou hits antigos, com uma exceção ou outra pérola como ESTADO DE POESIA. Em alguns momentos fiquei entediado, confesso, mas a plateia amou. Saí antes da última canção. Estava um calor insuportável e queríamos evitar o tumulto final. Gostei da homenagem a Naná, onde ELA aparece gloriosa num telão.
Ah! A baiana usou uma roupa "simples": saia de escamas incandescentes platinadas e blusa prateada. E quem quisesse beber cerveja tinha que pagar 8 reais por uma Devassa e 6 por uma Schin (os copos de plástico para refrigerantes cheiravam a mofo. Os ingressos também foram ponto esquisito: não devolviam o canhoto e guardavam no bolso, não punham nas urnas. Uau! Lá fora os cambistas faziam a festa da cumplicidade maneira que caracteriza nossa pátria. BETHANIA? GENIAL! AVASSALADORA!
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