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sexta-feira, 31 de março de 2017

Coreia do Sul URGENTE: A ex-presidente está presa POR CORRUPÇÃO!

Complicado entender? Fiquei a pensar muito sobre isso. Vejam só: terceira ex-chefe de Estado detida por um caso de corrupção na Coreia do Sul, Park Geun-hye, ex-presidente, 65 anos, está presa em Seul, cumpre mandado de prisão por estar envolvida em escândalo de corrupção (detalhe: ela é suspeita de corrupção, de vazar segredos de Estado, coerção e  abuso de autoridade). Foi necessário prendê-la  porque há “risco de que evidências sejam destruídas”, disse o tribunal. A propósito:  os ex-presidentes Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo cumpriram penas de prisão por esse motivo na década de 1990. Já o presidente Roh Moo-hyun, eleito democraticamente, cometeu suicídio em 2009, depois que a justiça abriu uma investigação por corrupção contra ele e sua família.
Não é intrigante? Será que ela é vítima de um complô? É culpada mesmo? E aí?


segunda-feira, 27 de março de 2017

O espetáculo TRÊS TRISTES GREGAS MISTURA TRAGÉDIA E COMÉDIA GREGAS EM FORMA DE DRAMA SATÍRICO. ESTARÁ EM CARTAZ MAIS UMA VEZ NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, DIA 31 DE MARÇO DE 2017, NO TEATRO CAPIBA, SESC CASA AMARELA, RECIFE (PE)

Hoje vamos falar um pouco sobre comédia, preparar o público para um espetáculo que terá LEITURA DRAMATIZADA DIA 31/03,2017 (SESC CASA AMARELA, RECIFE, TEATRO CAPIBA, ÀS 20h, no Recife) e que mistura tragédia e comédia gregas. pois bem, vamos falar da comédia e nos próximos dias penetraremos na selva da tragédia grega, e numa terceira ocasião fundiremos as duas partes. 
Se pensarmos nas origens da Comédia Grega, temos logo as cerimônias dionisíacas, o  ato burlesco, embora ainda religioso, celebrando a agricultura e a reprodução, liga-se a outros tipos de farsas no território grego e aos cortejos fálicos, onde os parodiantes, às vezes mascarados de animais, dançavam e cantavam e improvisavam chistes para os circunstantes.  A veia cômica da primeira escola grega de comédia floresceu longe da metrópole, na Sicília, onde Epicarmo (c.530-c. 440 a.C.) teria sido o fundador do gênero no mundo grego. Elas eram eram essencialmente corais, mas não tardaram a deixar de ser improvisadas e tratavam temas sérios sobre literatura ou sobre política, na parte em que se dirigiam aos espectadores; a sua inclusão da comédia nas competições teatrais de Atenas teria acontecido em 488/7 a.C.; Aristófanes cita isso em Os Cavaleiros. Da Comédia antiga Aristófanes era o seu autor mais importante, num  período que se estendeu aproximadamente, de 500 a 400 a.C. e caracterizou-se pela sátira política e pelos ataques pessoais violentos. A comédia admitia personagens da vida contemporânea de Atenas, com o uso abundante do coro e da busca de interlocução com os espectadores. Aristófanes foi testemunha de uma das mais críticas fases da cidade e do mundo grego em geral. Imaginem que Eurípedes era considerado por Aristófanes como inferior a Ésquilo e a Sófocles. Ele também era adverso à democracia e à guerra que se travava (Peloponeso), defensor declarado que era dos interesses da classe de proprietários de terras e do tradicionalismo. Escreveu quarenta e sete comédias, das quais Lisístrata (enc. 411 a.C.), As Nuvens (enc. 423a. C.); A Assembléia das Mulheres (enc. 392 a.C.), As Rãs (405 a.C.), As Vespas (enc.422 a.C. etc.  Na Comédia Nova Atenas não mais desfrutou da antiga liberdade política e da prosperidade que dela fizeram a rainha das comunidades gregas. O teatro sofreu o impacto da modificação e da crise. Empobrecido o tesouro público, já não era possível arcar com as despesas da organização dos coros, fator que afetou não somente o gênero cômico como também contribuiu para a decadência da tragédia. Os concursos públicos perderam a regularidade. 






O espetáculo TRÊS TRISTES GREGAS (COM TEXTO DE MOISÉS MONTEIRO DE MELO NETO, MOISÉS NETO, DIREÇÃO DE CIRA RAMOS COM SUZANA COSTA, ISA FERNANDES E SÔNIA BIERBARD, SOB DIREÇÃO DE CIRA RAMOS)  MISTURA TRAGÉDIA E COMÉDIA GREGAS EM FORMA DE DRAMA SATÍRICO. ESTARÁ EM CARTAZ MAIS UMA VEZ NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, DIA 31 DE MARÇO DE 2017, NO TEATRO CAPIBA, SESC CASA AMARELA, RECIFE (PE)

A comédia, na sua fase final, a chamada nova, pôde sobreviver, modificando-se. A diminuição do papel do coro, que não tem maior relação com a peça. Não mais a ideia do espaço cênico múltiplo, à maneira das peças aristofanescas, mas do espaço uniforme, sugerindo ordinariamente, uma rua ou uma praça, com duas casas que se defrontam e onde residem os personagens principais. Isto era ideal para atender as exigências da comédia de costumes, pois proporcionavam confronto de duas "intimidades". A escolha dos temas e o modo de os tratar - o amor e a pintura de caracteres ocupam o primeiro lugar. Críticas e investidas políticas, que eram tão frequentes na Comédia Antiga desaparecem. Destaque para Menandro.

Chay Suede, o andrógino radical chique da Globo diz que houve Golpe!

Chay Suede, o andrógino radical chique da Globo 

Não é fácil ser Chay Suede, o rapaz é andrógino radical chique de formação presbiteriana e quer ser muito mais do que um simples ator da Globo; emissora que  diz que não  houve Golpe e sim Impeachment simplesmente. Quem sabe é Deus. A novela tem roteiro rocambolesco que vai incluir o convívio do personagem dele com índios que serão exterminados por bandeirantes e depois tem uma participação, dele, na cena da "proclamação" da nossa "independência" (naquele fatídico setembro de 1882, em São Paulo).

O primeiro pedaço vai para...

É o meu aniversário, mandei o primeiro pedaço pra vc! AH, pense e terá na boca esse sabor!

domingo, 26 de março de 2017

O que fazer no dia do seu aniversário?

27 de março é o meu aniversário

Moisés Monteiro de melo Neto (Moisés Neto)



Hoje fiquei pensando, sem conseguir dormir, quando cheguei pela manhã de uma farra homérica:

o que fazer? É tanta coisa no Menu que eu não sei o que comer!

sábado, 25 de março de 2017

Tórrido Pernambuco: segue a seca intensa, enquanto isso na China...

“Não sei a quantas perguntas respondemos. Mantivemos um diálogo permanente.”, disse Marcos Caramuru de Paiva, embaixador brasileiro em Pequim, sobre a “retomada das importações de carne brasileira pela China”. 




E sobre as investigações do esquema de corrupção? Enquanto isso, no Tórrido sertão de Pernambuco: segue a seca intensa, donos de animais fazem de tudo para manter o pasto; 

quinta-feira, 23 de março de 2017

TRÊS TRISTES GREGAS, TEATRO CAPIBA, DIA 31 DE MARÇO DE 2017, ÀS 20h



TRÊS TRISTES GREGAS, TEATRO CAPIBA, DIA 31 DE MARÇO DE 2017, ÀS 20h


Três Tristes Gregas..., texto de Moisés Monteiro de Melo Neto com proposta de fazer uma releitura da tragédia grega através de três das suas personagens femininas centrais: Fedra, Antígona e Elektra. Direção de Cira Ramos, com Isa Fernandes, Sônia Bierbard e Suzana Costa no elenco.









Currículos das atrizes e da diretora:

Suzana Costa: Foi Alice em Muito pelo contrário (quando ganhou o importante prêmio Samuel Campelo) e O pequenino grão de areia, primeiros textos de João Falcão, Grupo de Teatro Vivencial (Sobrados e Mocambos, de Hermilo Borba Filho),  Vivencial IIGenesíaco Repúblicas Independentes, Darling!, de vários autores, direção de Guilherme Coelho. Cordélia Brasil (de Antonio Bivar, com direção de José Francisco Filho), Toda Nudez será Castigada (de Nelson Rodrigues, encenada por Antonio Cadengue), No Natal a gente vem te buscar (texto de Naum Alves de Souza, por João Falcão), Sonho de uma noite de verão, (de Willian Shakespeare, de novo Cadengue). As três Farsas do Giramundo( textos de Ionesco, Jean Tardieu e Woody Allen, com direção de Antonio Cadengue, Carlos Bartlomeu e Paulo Falcão). Investiu na dramaturgia com Super Léo, o menor, dirigido por Paulo Falcão. Foi Blanche DuBois, de Um Bonde Chamado Desejo, do dramaturgo norte-americano Tennessee Williams, com direção de Milton Baccarelli. A montagem foi alvo de uma provinciana polêmica, sua Blanche não recebeu a bondade nem de estranhos, nem de conhecidos. E Suzana saiu de cena. últimos anos fez pequenas participações em produções cinematográficas. Aparece numa pontinha no filme Lula, o filho do Brasil, de Bruno Barreto, e está no elenco no Todas as cores da noite, de Pedro Severian.Foi protagonista do curta de estreia de João Lucas Melo Medeiros, Noites traiçoeiras, uma história singela, tocante, de uma vida que está bulindo. Ele assina a direção, o roteiro e a montagem.  Noites traiçoeiras estreou no VII Janela internacional de Cinema, na competição de curtas. 


Sônia Bierbard: iniciou sua carreira como atriz em 1977 no Recife, atuou em dezenas de espetáculos teatrais, filmes para cinema, campanhas políticas, comerciais e um seriado para televisão. Atua também como preparadora de elenco. Recebeu indicação de melhor atriz por alguns de seus trabalhos.A TROIANA HÉCUBA ( de Junior Sampaio, 2014); A VISITA DA VELHA SENHORA , de Friedrich Dürrenmatt, Direção de Lucio Lombardi, 2010); O FOGO DA VIDA, (direção de João Motta, 2008); MAMÃE NÃO PODE SABER, texto e direção de João Falcão- 1994); OS BIOMBOS, (de Jean Genet , dir.Antonio Cadengue-1995); SENHORA DOS AFOGADOS, de Nelson Rodrigues, dir.Antonio Cadengue 1993); MUITO PELO CONTRARIO (de João Falcão, direção de Augusta Ferraz-1991); FALA BAIXO SENÃO EU GRITO (de Leilah Assumpção, direção Antônio Cadengue-1980); É....., de Millôr Fernandes, direção de Milton Bacarelli- 1979); TELEVISÃOFORÇA TAREFA – Direção de Jose Alvarenga, Seriado da Rede Globo de televisão – episodio 03 da 2ª. Temporada – 2011.

A DIRETORA CIRA RAMOS, O AUTOR DO TEXTO , MOISÉS NETO E AS ATRIZES; ISA FERNANDES, SUZANA COSTA E SÔNIA BIERBARD


FOTOS: GUSTAVO TÚLIO


ISA FERNANDES: Desde os anos 70 atua no teatro pernambucano em peça como Viva o Cordão encarnado, O laço, O doce blues da salamandra. Além disso: Atuou no Rio de Janeiro em musicais como CAXUXA; RIO DE CABO A RABO. Ganhou vários prêmios como atriz. Atuou nas peças:  Armação contra armação; Um santo homem; Horóscopo; Convite de casamento; Lua de mel a três; Tem um psicanalista na nossa cama; Fogos de artifício; Paixão de Cristo do Recife; Antígona; O inspetor vem aí; Um santo homem; Rua do lixo; As desgraças de uma criança; Um sábado em 30.

INTEGROU O CLUBE DE TEATRO INFANTIL DE PERNAMBUCO (com Leandro Filho).

Como dramaturga: A coragem da formiga Fifi; O rato que queria ser marinheiro; O fantasma azul; A greve dos palhaços; A viagem de Pepe; O cabaré de Maria Magra.




CIRA RAMOS iniciou o seu trabalho de atriz em 1978 e veio de Goiás para o Recife em 1984, tornando-se atriz profissional em Recife ainda na década de 80.  Como atriz recebeu prêmios tanto em espetáculos infantis, como em adultos, nos quase 40 espetáculos teatrais realizados. Seu último prêmio foi o Prêmio APACEPE-2010, de atriz coadjuvante por “Carícias” de Sergi Belbel, produção sua em parceria com mais quatro atores/amigos, com realização da REMO Produções. Do roteiro à direção, assinou seis espetáculos de dança, dentre eles o espetáculo “Três Compassos”, pelo Aria Social, que fez tournée por várias cidades brasileiras. Atuou em diversos trabalhos em vídeo, tanto institucionais, como comerciais. É atriz, dubladora, locutora e produtora teatral. Seus principais trabalhos em teatro são: Bella Ciao, de Luiz Alberto de abreu. Dir. Lúcio Lombarde (1986), Avoar, de Vladmir Capella, Dir. José Manoel (1987/1990), O Burguês Fidalgo, de Moliere. Dir. Antônio Cadengue (1988), Maria Borralheira, de Vladmir Capella. Dir. Manoel Constatino (1988), O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchecov. Dir. Antônio Cadengue (1990/92), A Ver Estrelas de João Falcão. Dir. o mesmo. (1990), A Lira dos Vinte Anos de Paulo César Coutinho. Dir.Antonio Cadengue (1991/1992), Senhora dos Afogados de Nelson Rodrigues. Dir. Antônio Cadengue (1993/1994), Os Biombos de Jean Genet. Dir. Antônio Cadengue (1995/1996), Suburbano Coração, de Naum Alves de Souza. Dir. Marcus Vinícius (1997/98), Fernando e Isaura de Ariano Suassuna. Direção Carlos Carvalho (2005/2006/2007), Carícias de Sergi Belbel. Direção: Leo Falcão (2009/2010/2012),   Lágrimas de um guarda-chuva de Eid Ribeiro. Direção: Antônio Cadengue (2010/2011). Em 2015, estreou como encenadora do texto teatral “Em nome do pai”, de Alcione Araújo, em coprodução com a REC Produtores Associados.




Três Tristes Gregas

Texto de Moisés Monteiro de Melo Neto

Leitura dramatizada para o Janeiro de Grandes Espetáculos com direção Cira Ramos

Elenco: Isa Fernandes, Sônia Bierbard e Suzana Costa

Produção Executiva de Mísia Coutinho (METRATON)

Make up: Fê Uchoa;  Design de luz: Eron Vilar;Sonoplastia: Fernando Lobo; Orientação corporal: Márcia Rocha; Criação de figurinos e adereços: Xuruca Pacheco; Programação visual: Ronaldo Tibúrcio; Participação especial voz na abertura: Magdale Alves
JORNALISMO: JOMERI PONTES




Três Tristes Gregas

Quando: 31 DE MARÇO (SEXTA), às 20h
Onde: Teatro CAPIBA (SESC CASA AMARELA), Recife (PE)

A proposta é fazer uma releitura da tragédia grega através de três das suas personagens femininas centrais: Fedra, Antígona e Elektra. Direção de Cira Ramos, com  Suzana Costa, Sônia Bierbard e Isa Fernandes



A proposta é fazer uma releitura da tragédia grega através de três das suas personagens femininas centrais: Fedra, Antígona e Elektra, misturá-las com alcoviteiras, farrapos humanos e vícios, na intenção de atingir o limite entre o justo e o injusto diante dos deuses de Sócrates e das fábulas morais acerca deles, jogando com a ideia de que viver é morrer e querer é viver. A peça não deixa de ser filiada ao drama satírico, tragédia curta próxima ao ditirambo, misturando o grotesco, a seriedade e flertando com o humor.





SAIBA MAIS SOBRE ESSES TRÊS MITOS:
A filha de Agamemnon, Electra, havia se casado com um velho fazendeiro temendo que se continuasse na corte e se casasse com um nobre, seus filhos ficariam mais tentados a vingar a morte de Agamemnon. Seu marido, no entanto, se apiedou dela, recusando-se a aproveitar tanto de seu nome de família  quanto de sua virgindade ; em troca, Electra passou a ajudá-lo nas tarefas domésticas. Apesar de seu apreço por seu marido camponês, Electra carrega consigo a mágoa por ter sido obrigada a sair de casa, e pela lealdade de sua mãe com Egisto. O jovem filho de Agamemnon e Clitemnestra,Orestes, foi levado para fora do país e encarregado aos cuidados do rei da Fócida , onde se tornou amigo íntimo de Pílades, filho do rei local.Já adulto, Orestes e seu companheiro Pilades viajam a Argos , em busca de vingança, disfarçados de mensageiros de Orestes; inadvertidamente, vão parar na casa de Electra e seu marido - que acaba por reconhecê-lo, por uma cicatriz , como a criança que ele havia levado à Fócida anos antes. Os irmãos então, agora reunidos, compartilham seus planos de vingança e passam a conspirar juntos para derrubar Clitemnestra e Egisto
 Fedra (do grego  φαιδρός (phaidros), "brilhante") é a filha deMinos  (rei de Creta) e Pasífae  (filha de Hélio, um oráculo bastante conhecida , irmã de Ariadne, Deucalião e Catreu).   Deucalião, rei de Creta,  como sucessor do irmão mais velho, decide que ela se casará com Teseu  (rei de Atenas), que, segundo algumas versões, já era casado com uma amazona, Hipólita), a quem aparentemente tinha raptado. No dia da boda entre Teseu e Fedra, irrompeu uma guerra com as Amazionas, e estas foram derrotadas.Antíopa e Teseu teriam tido um filho, Hipólito.O jovem era muito formoso gostava muito de seu pai.Antes de tudo acontecer os deuses revelaram uma profecia a Fedra , que estava na solidão com seu marido viajando mundo afora, apaixonou-se perdidamente por Hipólito. Ao chegar em casa, Hipólito, que procurava seu pai não o encontrou e Fedra aproveitou a chance e convidou-o a ir caçar. Ao chegar na floresta eles se separaram do grupo e Fedra se jogou aos braços de Hipólito, sendo que ele se afastou não deixando-a chegar perto e foi embora. Fedra, enquanto Hipólito ia embora, tecia uma corda e amarrou-a em uma árvore e outra ponta em seu pescoço, assim se jogou da árvores se matando.Quando Teseu chegou ao palácio, e soube da morte de sua amada, abriu um baú dela, e dentro dele havia uma carta falando que ela se matou após sofrer agressões de Hipólito. Teseu, com muita raiva, condenou Hipólito á morte.

Antígona: quando os dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinices, que se mataram mutuamente na luta pelo trono de Tebas. Com isso sobe ao poder Creonte , parente próximo da linhagem de Jocasta. Seu primeiro édito dizia respeito ao sepultamento dos irmãos Labdácidas. Ficou estipulado que o corpo de Etéocles receberia todo cerimonial devido aos mortos e aos deuses. Já Polinices teria seu corpo largado a esmo, sem o direito de ser sepultado e deixado para que as aves de rapina e os cães o dilacerassem. Creonte entendia que isso serviria de exemplo para todos os que pretendessem intentar contra o governo de Tebas.Ao saber do édito, Antígona deixa claro que não deixará o corpo do irmão sem os ritos sagrados, mesmo que tenha que pagar com a própria vida por tal ação. Mostra-se insubmissa às leis humanas por estarem indo de encontro às leis divinas Creonte é informado por um guarda de que o corpo de Polinice havia recebido uma camada de pó e com isso seu édito havia sido desrespeitado, colocando sua autoridade à prova. Ele se enfurece ainda mais quando o coro interroga-se, questionando se não teria sido obra dos próprios deuses. Um  guarda descobre que o rebelde tratava-se de Antígona e a leva até Creonte. Trava-se então um duelo de ideias e ideais: de uma lado a fé, tendo como sua defesa o cumprimento às leis dos deuses, as quais são mais antigas e, segundo ela, superiores às terrenas, e de outro lado o inquisidor, que tenta mostrar que ela agiu errado, explica seus motivos e razões, mas cada um continua impávido em suas crenças. Creonte  manda também chamar Ismênia, que mesmo sem ter concordado com o ato da irmã, ainda no prólogo, confessa o crime que não cometeu. Ainda assim não recebe a admiração da irmã, a única e real transgressora. Ambas são condenadas à morte. Eis maldições se acumularam sobre os Labdácidas. O diálogo travado entre Creonte e seu filho Hemon, futuro marido de Antígona, já no terceiro episódio, explicita a honradez do jovem rapaz e sua submissão às ordens paternas. Contudo, não deixa de levar argumentos concretos para a defesa de sua amada, de como o édito está sendo contestado pelo povo nas ruas, e que toda a cidade está de acordo com o feito de Antígona. Nesse ponto o autor mostra que a vaidade  e o poder já tomaram conta de Creonte que acredita ser o único a poder ordenar e governar aquele país (”E a cidade é que vai prescrever-me o que devo ordenar?” e “Acaso não se deve entender que o Estado é de quem manda?”). O filho ainda tenta trazê-lo à razão: “Não tens respeito por ele [seu soberano poder] quando calcas as honras devidas aos deuses”. A discussão se acalora a ponto de Hemon ameaçar se matar caso o pai não revogue a condenação, mas é entendido como uma ameaça de parricídio.


Currículos das atrizes e da diretora:

Suzana Costa é Fedra, apaixonada por Hipólito, seu enteado


Suzana Costa: Foi Alice em Muito pelo contrário (quando ganhou o importante prêmio Samuel Campelo) e O pequenino grão de areia, primeiros textos de João Falcão, Grupo de Teatro Vivencial (Sobrados e Mocambos, de Hermilo Borba Filho),  Vivencial IIGenesíaco Repúblicas Independentes, Darling!, de vários autores, direção de Guilherme Coelho. Cordélia Brasil (de Antonio Bivar, com direção de José Francisco Filho), Toda Nudez será Castigada (de Nelson Rodrigues, encenada por Antonio Cadengue), No Natal a gente vem te buscar (texto de Naum Alves de Souza, por João Falcão), Sonho de uma noite de verão, (de Willian Shakespeare, de novo Cadengue). As três Farsas do Giramundo( textos de Ionesco, Jean Tardieu e Woody Allen, com direção de Antonio Cadengue, Carlos Bartlomeu e Paulo Falcão). Investiu na dramaturgia com Super Léo, o menor, dirigido por Paulo Falcão. Foi Blanche DuBois, de Um Bonde Chamado Desejo, do dramaturgo norte-americano Tennessee Williams, com direção de Milton Baccarelli. A montagem foi alvo de uma provinciana polêmica, sua Blanche não recebeu a bondade nem de estranhos, nem de conhecidos. E Suzana saiu de cena. últimos anos fez pequenas participações em produções cinematográficas. Aparece numa pontinha no filme Lula, o filho do Brasil, de Bruno Barreto, e está no elenco no Todas as cores da noite, de Pedro Severian.Foi protagonista do curta de estreia de João Lucas Melo Medeiros, Noites traiçoeiras, uma história singela, tocante, de uma vida que está bulindo. Ele assina a direção, o roteiro e a montagem.  Noites traiçoeiras estreou no VII Janela internacional de Cinema, na competição de curtas. 

SÔNIA BIERBARD É ELEKTRA, filha de Agamenon, irmã de Orestes



Sônia Bierbard: iniciou sua carreira como atriz em 1977 no Recife, atuou em dezenas de espetáculos teatrais, filmes para cinema, campanhas políticas, comerciais e um seriado para televisão. Atua também como preparadora de elenco. Recebeu indicação de melhor atriz por alguns de seus trabalhos.A TROIANA HÉCUBA ( de Junior Sampaio, 2014); A VISITA DA VELHA SENHORA , de Friedrich Dürrenmatt, Direção de Lucio Lombardi, 2010); O FOGO DA VIDA, (direção de João Motta, 2008); MAMÃE NÃO PODE SABER, texto e direção de João Falcão- 1994); OS BIOMBOS, (de Jean Genet , dir.Antonio Cadengue-1995); SENHORA DOS AFOGADOS, de Nelson Rodrigues, dir.Antonio Cadengue 1993); MUITO PELO CONTRARIO (de João Falcão, direção de Augusta Ferraz-1991); FALA BAIXO SENÃO EU GRITO (de Leilah Assumpção, direção Antônio Cadengue-1980); É....., de Millôr Fernandes, direção de Milton Bacarelli- 1979); TELEVISÃOFORÇA TAREFA – Direção de Jose Alvarenga, Seriado da Rede Globo de televisão – episodio 03 da 2ª. Temporada – 2011.


Isa Fernandes interpreta  Antígone, filha de Édipo


ISA FERNANDES: Desde os anos 70 atua no teatro pernambucano em peça como Viva o Cordão encarnado, O laço, O doce blues da salamandra. Além disso: Atuou no Rio de Janeiro em musicais como CAXUXA; RIO DE CABO A RABO. Ganhou vários prêmios como atriz. Atuou nas peças:  Armação contra armação; Um santo homem; Horóscopo; Convite de casamento; Lua de mel a três; Tem um psicanalista na nossa cama; Fogos de artifício; Paixão de Cristo do Recife; Antígona; O inspetor vem aí; Um santo homem; Rua do lixo; As desgraças de uma criança; Um sábado em 30. INTEGROU O CLUBE DE TEATRO INFANTIL DE PERNAMBUCO (com Leandro Filho). Como dramaturga: A coragem da formiga Fifi; O rato que queria ser marinheiro; O fantasma azul; A greve dos palhaços; A viagem de Pepe; O cabaré de Maria Magra.


CIRA RAMOS iniciou o seu trabalho de atriz em 1978 e veio de Goiás para o Recife em 1984, tornando-se atriz profissional em Recife ainda na década de 80.  Como atriz recebeu prêmios tanto em espetáculos infantis, como em adultos, nos quase 40 espetáculos teatrais realizados. Seu último prêmio foi o Prêmio APACEPE-2010, de atriz coadjuvante por “Carícias” de Sergi Belbel, produção sua em parceria com mais quatro atores/amigos, com realização da REMO Produções. Do roteiro à direção, assinou seis espetáculos de dança, dentre eles o espetáculo “Três Compassos”, pelo Aria Social, que fez tournée por várias cidades brasileiras. Atuou em diversos trabalhos em vídeo, tanto institucionais, como comerciais. É atriz, dubladora, locutora e produtora teatral. Seus principais trabalhos em teatro são: Bella Ciao, de Luiz Alberto de abreu. Dir. Lúcio Lombarde (1986), Avoar, de Vladmir Capella, Dir. José Manoel (1987/1990), O Burguês Fidalgo, de Moliere. Dir. Antônio Cadengue (1988), Maria Borralheira, de Vladmir Capella. Dir. Manoel Constatino (1988), O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchecov. Dir. Antônio Cadengue (1990/92), A Ver Estrelas de João Falcão. Dir. o mesmo. (1990), A Lira dos Vinte Anos de Paulo César Coutinho. Dir.Antonio Cadengue (1991/1992), Senhora dos Afogados de Nelson Rodrigues. Dir. Antônio Cadengue (1993/1994), Os Biombos de Jean Genet. Dir. Antônio Cadengue (1995/1996), Suburbano Coração, de Naum Alves de Souza. Dir. Marcus Vinícius (1997/98), Fernando e Isaura de Ariano Suassuna. Direção Carlos Carvalho (2005/2006/2007), Carícias de Sergi Belbel. Direção: Leo Falcão (2009/2010/2012),   Lágrimas de um guarda-chuva de Eid Ribeiro. Direção: Antônio Cadengue (2010/2011). Em 2015, estreou como encenadora do texto teatral “Em nome do pai”, de Alcione Araújo, em coprodução com a REC Produtores Associados.


Cira Ramos, a diretora





Elas formam  a LEITURA DRAMATIZADA:  
Três Tristes Gregas...
 de Moisés Monteiro de Melo Neto (Moisés Neto)

 Três Tristes Gregas.



Quando: 31 de março DE 2017, às 20h
Onde: Teatro CAPIBA (SESC CASA AMARELA), Recife
Valor: R$ 20 e R$ 10 (meia)
A proposta é fazer uma releitura da tragédia grega através de três das suas personagens femininas centrais: Fedra, Antígona e Elektra. Direção de Cira Ramos, com Isa Fernandes, Sônia Bierbard e Suzana Costa no elenco.
“Somos reprimidas pelo medo ao esquecimento” (disse Safo, poetisa, sobre a submissão da mulher grega). TRÊS TRISTES GREGAS, leitura dramatizada, com direção de Cira Ramos, texto de Moisés Monteiro de Melo Neto e tendo no elenco Isa Fernandes, Sônia Bierbard e Suzana Costa, dia 23 de janeiro, segunda-feira, às 20h, no TEATRO ARRAIAL ARIANO SUASSUNA, Recife, é também é sobre o papel das mulheres na Grécia antiga. Sabemos que elas não podiam participar dos debates públicos e políticos (não podiam ter propriedades ou administrar negócios, sendo sempre tuteladas pelos maridos ou por parentes masculinos mais próximos), no máximo eram autorizadas a frequentar festas religiosas, assistir a peças teatrais, ir a santuários, oráculos (não sacrifícios aos deuses, estes rituais eram exclusivamente masculinos. Elas eram como objetos do pai, do marido (não podiam escolher esposo); não havia, atrizes. Grega  mulher numa festa? Talvez prostitutas; quase não há relatos de insubordinação, mas resignação. Sair de casa?  Só fêmeas mais pobres , por  necessidade (nem tinham direito à cidadania) dentro de sua civilização. Suportavam o desprezo dos s; muitos  maridos as utilizavam apenas para procriação,viviam sob o controle dos homens (pai, seus irmãos,filhos tomavam decisões (cuidavam da casa, do dinheiro e podiam até...dar conselhos aos esposos, só). Criavam os filhos, de teciam,costuravam, enfim: o funcionamento diário da casa (as escravas cozinhavam, limpavam, traziam a água. As damas podiam visitar vizinhas, cuidando para não se bronzear, pois o ideal em beleza feminina era a palidez. A Grécia nunca foi governada nunca por uma mulher. Elas vestiam  túnicas e capotes. Muitas vezes era um retângulo de lã que media o dobro do tamanho do seu corpo; dobravam no corpo,fixavam nos ombros, e as túnicas longas. Aos homens cabiam: a força, a reflexão, o calculo, e à mulher: sensibilidade, intuição, sim, e aceitava-se que fossem... inconstantes, tolas... um acessório para o homem, a este cabia liderar  o mundo, a Grécia. Ah, tristes gregas... há algo muito maior que a história oficial ainda insiste em abafar?

Moisés Monteiro de Melo Neto (Moisés Neto), autor do texto TRÊS TRISTES GREGAS, sugere: Quando nos referimos ao gênero em literatura, tendemos automaticamente a associar este questionamento à forma e às vezes aos subgêneros contidos em cada uma delas, mas a questão “gênero” também inclui a dicotomia homem/mulher e a questão da voz, no sentido Bakthiniano, de posicionamento frente à organização da sociedade. Esta voz, o ethos, o tom, o sentido, vem sendo cada vez mais observado e os discursos “machistas”, principalmente desde os anos 50, “desconstruídos”. Filósofos franceses como Roland Barthes e Derrida serviram/servem de inspiração para intelectuais como a indiana Gayatri Spivak e outras que se unem em torno do questionamento sobre a posição opressora da voz masculina como dominante nos discursos históricos, antropológicos, psicanalíticos, literários, ideológicos enfim. Percebendo que em Simone de Beauvoir e seu livro “O segundo sexo” já se começava a tecer a ideia de respeito ao “outro”, hoje vemos que mesmo a idéia do “outro”, no caso das mulheres, às vezes justifica até uma visão patriarcal e que é impossível representar coerentemente este “outro”, isto é, a visão que a mulher tem do homem ou vice-versa, pois será sempre transcrito por um “eu”. A mulher, quer seja na literatura lírica, épica e dramática, atravessou milênios no papel de musa, muitas vezes foi representada no papel de submissa ou traidora como a bíblica Dalila, transgressora como Joana d´Arc, cujo maior delito teria sido travestir-se de homem numa época que proibia as mulheres, inclusive, de morrer pela pátria.


Professora Fátima Amaral desenvolve estudo sobre o tema



Esbarramos agora no ponto da teoria: os textos femininos visitados pelos teóricos, quase sempre homens até o início do Século XX, eram vistos como textos de exceção. Contra isso, levantou-se a inglesa Virgínia Woolf que, no ensaio “Um teto todo seu”, fez da literatura o pódio onde sugeria às mulheres que sem independência - inclusive financeira - não haveria possibilidade de “voz”, aqui mais uma vez no sentido Bakthiniano, numa sociedade que as proibia até de frequentar determinadas instituições. Se observamos não só pelo lado das ideias e preconceitos dos teóricos mas da própria representação literária vemos a mulher apresentada como reprodutora, cujos filhos machos devem desde cedo dela diferenciar-se e serem alertados sobre este necessário distanciamento e o reforço da identidade masculina. As correntes teóricas literárias de hoje sofrem grande influxo dos estudos culturais, como as de Homi Bhabha, por exemplo, e apontam como correção aos antigos erros a sugestão, mais uma vez desconstrucionista, Bhabha serve de influência para intelectuais como Gayatri Spivak, por exemplo. Ela consegue arrancar das palavras o sentido e reescrevê-las em palimpsesto e catacrese, revertendo assim o discurso do machoopressor.
Os discursos pós-coloniais de teóricos como os caribenhos Stuart HallÉdouard Glissant e Fanon, também vêm a cada dia comprovando que a problemática dos gêneros na literatura, a questão da voz, não deve separar-se de outros como raça, etnia, classes sociais, homossexualismo, multiculturalismo enfim. As teorias feministas francesas apoiaram-se na psicanálise, as anglo-americanas nas questões marxistas, mas o que percebemos é que tais discursos constroem-se com bases num resgate que envolve a história de um silenciamento das mulheres na sociedade, silêncio este que aos poucos rompe suas últimas amarras. A escritora Heloisa Buarque tem um discurso recheado de ironia quando traça um estranho paralelo entre a mulher de hoje e um Cyborg, ser construído em laboratório. Tal criatura artificial superaria o modelo de família, nem “pais” nem “filhos”, religião metafísica (não voltaria ao pó, pois não veio do barro e como uma salamandra poderia até recompor suas partes físicas que se perdessem). Notamos que os teóricos usam tais exemplos para justificar seus posicionamentos antagônicos quando que se trata de conservadorismo social. Retrabalhar o discurso do outro, quer seja masculino ou feminino, em busca de estratégias libertárias, comparar tendências e buscar novas estratégias parece-nos um dos caminhos mais adequados nos dias de hoje em que a relação entre os seres e as coisas devem buscar reativar o senso crítico e não a reificação. Proponho algo similar a um palimpsesto que tanto exiba o que estava antes quanto abra caminhos para um novo quadro usando a linguagem para desconstruir o racionalismo e as noções de veracidade.

Horror: Londres urgente! E no Brasil estreia a mesma novela de sempre


Insuportável esta onda de atentados e até a disputa do Estado Islâmico pela autoria. Inveja por sermos colonizados pelos judeus? Não sei. O caso é a tomada e manutenção do Poder, é óbvio. por que isso é levado em banho Maria? Porque há vários interesses do Capitalismo em jogo (e não há alternativa ao capitalismo, talvez um Capitalismo renovado, mas o atual  atualiza-se a cada segundo, automaticamente.

II

 Escândalo da Carne Fraca, no Brasil. É a mesma novela de sempre: NOVO MUNDO (Novo?). Pedro I é um safado (tome vender a carne de Caio Castro e de outros quase novinhos, mas já com uma calçada enorme atrás de si). Tudo começa em 1817, quando vem uma princesa da Áustria para se casar com o filhote de Dom joão VII e da famigerada Carlota Joaquina; os ingleses estão dando as cartaz. Será que vão falar da revolução de 1817, no recife, quando a marinha inglesa invadiu a capital pernambucana matando e ordenando junto á Coroa de Portugal . Viva Frei Caneca!

Caio Castro: carne (fraca?) à venda!


A história do país é mais uma vez alvo de sátira não-contundente? A seguir, cenas do próximo capítulo. Enquanto isso a mesma emissora lança a repetição das propagandas pagas pelo Governo Federal: "O PRESIDENTE CERTO NA HORA CERTA" (Temer).

segunda-feira, 20 de março de 2017

Sexo e religiosidade no Romantismo Brasileiro (O CASO IRACEMA)

A hipocrisia e o jogo erótico velado de José de Alencar nos dá esta pérola da literatura nacional (trecho do romance Iracema: ela levou o português para a aldeia dela e agora quer fazer "amor" com ele):



"O cristão repeliu do seio a virgem indiana. Ele não deixará o rasto da desgraça na cabana hospedeira. Cerra os olhos para não ver, e enche sua alma com o nome e a veneração de seu Deus: – Cristo!... Cristo!... Volta a serenidade ao seio do guerreiro branco, mas todas as vezes que seu olhar pousa sobre a virgem tabajara, ele sente correr-lhe pelas veias uma onda de ardente chama. Assim quando a criança imprudente revolve o brasido de intenso fogo, saltam as faúlhas inflamadas que lhe queimam as faces. [...] Abriram-se os braços do guerreiro adormecido e seus lábios; o nome da virgem ressoou docemente. A juruti, que divaga pela floresta, ouve o terno arrulho do companheiro; bate as asas, e voa a conchegar-se ao tépido ninho. Assim a virgem do sertão aninhou-se nos braços do guerreiro. Quando veio a manhã, ainda achou Iracema ali
debruçada qual borboleta que dormiu no seio do formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo vivos rubores; e como entre os arrebóis da manhã cintila o primeiro raio do sol, em suas faces incendidas rutilava o primeiro sorriso da esposa, aurora de fruído amor. [...] As águas do rio banharam o corpo casto da recente esposa. Tupã já não tinha sua virgem na terra dos tabajaras."

ALENCAR, J. de. Iracema.

domingo, 19 de março de 2017

Maria Bethania (TOTALMENTE DIVA IDOLATRADA), ontem






Fomos ao show de Maria Bethania (TOTALMENTE DIVA IDOLATRADA), ontem. Ela entrou em cena com uma hora e meia de atraso.Fizeram o público esperar numa fila sobre a ponte que caiu o ano passado; depois apresentou um show previsível, pra cumprir tabela, espartano, ontem, no Classic Hall, Recife.
Não, os camarotes não estavam lotados. As mesas aparentavam estar completas. O microfone falhou logo na primeira música e ela ficou cantando sem ninguém ouvir nada (a plateia ficou gritando : "o som", "o som" e ela ensandecida POR SI MESMA, NEM AÍ; mas QUANDO CONCLUIU O NÚMERO, TEVE QUE PARAR E SE RETIROU DO PALCO, OS MÚSICOS FORAM ATRÁS. Depois, quando voltou, reclamou "53 anos de carreira e acontece isto! Mas gosto do Recife", e continuou, no palco sem cenário (quem assistiu ao show no DVD ficou sentindo algo mais na cena, embora as luzes exerçam um função quase tão importante quanto as outras parafernálias cênicas, algo próximo ao que Antunes Filho chama de "pirotecnia"). Bethania só cantou hits antigos, com uma exceção ou outra pérola como ESTADO DE POESIA. Em alguns momentos fiquei entediado, confesso, mas a plateia amou. Saí antes da última canção. Estava um calor insuportável e queríamos evitar o tumulto final. Gostei da homenagem a Naná, onde ELA aparece gloriosa num telão.
Ah! A baiana usou uma roupa "simples": saia de escamas incandescentes platinadas e blusa prateada. E quem quisesse beber cerveja tinha que pagar 8 reais por uma Devassa e 6 por uma Schin (os copos de plástico para refrigerantes cheiravam a mofo. Os ingressos também foram ponto esquisito: não devolviam o canhoto e guardavam no bolso, não punham nas urnas. Uau! Lá fora os cambistas faziam a festa da cumplicidade maneira que caracteriza nossa pátria. BETHANIA? GENIAL! AVASSALADORA!

sábado, 18 de março de 2017

O imortal (Academia Pernambucana de Letras) Cláudio Aguiar (presidente do Pen Clube do Brasil, autor de vários livros e peças teatrais , Prêmio Jabuti) e o escritor e pesquisador Dr. Moisés Monteiro de Melo Neto, fizeram palestra na Ordem Terceira do Carmo (Recife), sobre FREI CANECA e a Revolução de 1817





Ontem, 17 de janeiro de 2017, às 19h, o Prof. Dr. Moisés Monteiro de Melo Neto, ao lado do imortal (Academia Pernambucana de Letras) Cláudio Aguiar (presidente do Pen Clube do Brasil, autor de vários livros e peças teatrais, Prêmio Jabuti) , proferiram palestra na Ordem Terceira do Carmo (Recife), sobre FREI CANECA e a Revolução de 1817, o evento, marcado por literatura, filosofia, política e muito mais, congregou notáveis na audiência. Houve também música ao vivo e exibição de trechos da peça de Cláudio, SUPLÍCIO DE FREI CANECA, que, dirigida pelo experiente e consagrado diretor José Francisco Filho (UFPE) estreia em breve




Ontem, Moisés Monteiro de Melo Neto, ao lado do imortal (Academia Pernambucana de Letras) Cláudio Aguiar (presidente do Pen Clube do Brasil, autor de vários livros e peças teatrais (Prêmio Jabuti) , na Ordem Terceira do Carmo, palestra sobre FREI CANECA e a Revolução de 1817: política, filosofia, literatura e a força deste grande pensador; aplausos ao diretorJosé Francisco Filho, o produtor Manoel Constantino, ao elenco Ricardo VendraminiIbson QuirinoDiogo BarbosaFlávio Freire Filho, e outros queridos e talentosos atores que brilharam numa pequena demonstração do que será a terceira montagem da peça SUPLÍCIO DE FREI CANECA) , músicos, audiência, aos carmelitas e autoridades presentes. Na plateia figuras de destaque como Misia CoutinhoJomeri Pontes, Paulo de Castro, a presidente do SATED PE, Ivonete Satedpe Melo, dentre outros. — em Ordem Terceira do Carmo do Recife.





— De que fala Reverendíssimo

como se num sermão de missa?
— De toda essa luz do Recife.
Louvava-a nesta despedida.
— Ouvi-o falar em voz alta,
como se celebrasse missa.
Vi que a gente pelas calçadas
como num sermão, calada ouvia.
— Tanto passeei por essas ruas
que fiz delas minhas amigas.
Agora lavadas de chuva,
vejo-as mais frescas do que eu cria.
— Um condenado não pode falar.
Condenado à morte perde a língua.
— Passarei a falar em silêncio.
Assim está salva a disciplina.

É assim que João Cabral fala das últimas horas de frei Caneca, um dos mais brilhantes dentre os revoltosos que tomaram o Recife em 1817, libertaram presos políticos, fizera o governador Caetano Pinto fugir para o Rio de Janeiro.Tentaram tomar o Poder; leia-se líderes da rebelião chamavam-se: Domingos e José Martins ( que atendia po o “Leão Coroado”); sonhavam com uma sociedade mais justa, como também queriam alguns padres do Movimento, como  João Ribeiro e Miguelinho; no governo provisório, os representantes do clero, do comércio, do exército, da justiça e dos fazendeiros, pleiteavam Abolição dos impostos, Liberdade de imprensa,governo republicano, o que fez Dom João, escaldado por Napoleão (ecos da da Revolução Francesa), e com medo da independência dos EUA, enviar a Pernambuco o seu exército para retomar a cidade. Foram dias azeitados na cidade anfíbia: o porto foi bloqueado, tropas baianas atacavam por terra e assim os rebeldes foram cercados e derrotados, muitos fugiram para o interior, dentre eles, um nos interessa mais de perto: O Joaquim, mais conhecido como Frei Caneca. Em O Auto do Frade João Cabral ressalta:


- Na Casa do Carmo viveu

desde que era ainda menino.
- Muito antes de ser carmelita
era aluno de seu ensino.
- Aprendeu lá tudo que sabe
e não só rezar ao divino.
- Quando ele entrou pra ser frade
mais do que qualquer tinha tino.