Pesquisar este blog

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Eutanásia: o mundo em convulsão

por moisesneto

O atentado deste final de semana em Nova York deixam expostas mais uma vez as feridas de um mundo onde a falta de compreensão e a ganância imperam sem oposição verdadeira. Todos os esforços feitos para disfarçar as mazelas dessa barbárie na era high tech parecem fracas diante da grosseria confeitada que envolve exploradores e explorados neste planeta. O caso do Brasil nesses últimos 516 anos, com passagens cada vez mais picantes, o caso da África (ultrajada com o tráfico de escravos até o final do século XIX), o terror promovido por facções do Islã, o imperialismo do poder econômico, a visão problemática do (trans?)comunismo, o relacionamento sensual entre a Casa-Grande  e a Senzala, em Recife, Salvador, Rio de Janeiro, enfim: no país do futuro do pretérito.
Enquanto isso o Grand Monde gira enlouquecido. Na Alemanha acontece o previsto: a direita mais conservadora (!) derrota Angela Merkel e vai concretizando o velho projeto germânico que a gente conhece mais ou  menos. Já na Rússia o famigerado Putin fortalece-se numa eleição marcada pela fraude explícita com fotos e vídeos de um só eleitor colocando vários votos numa urna.



A morte inesperada  de um ator empregado por uma das maiores emissoras do mundo transformou a ficção num reality show, quando foi tragado pelo rio mais querido do Brasil, o São Francisco. Isso nos faz pensar no relacionamento dos consumidores de arte em relação aos seus artistas favoritos. Pensei agora no espetáculo que assisti neste sábado passado, Billie Holiday, a Canção, e de como Lady Day a todos ofereceu, por pouca grana, a sua dor, sabor e arte, A efemeridade dos seres e das coisas é condição primordial para a vida funcionar por aqui ( e sabe-se lá mais por onde neste inexplicável universo...) ; mas mesmo quando é esperada, a iniludível das gentes, a morte, o fim, o olhar para um corpo que pouco tempo atrás vibrava diante dos nossos olhos, faz de tudo uma espécie de circo cósmico a misturar palco, picadeiro e produção.







Seguem as inquietações dos últimos escândalos na política com essa propaganda eleitoral que mais parece propaganda barata mesmo, dessas produzidas sem roteiro fixo. Uma coisa que reflete o mau gosto generalizado que assola Pindorama, país do improviso, tipo feijoada com caipirinha, spaghetti italiano, bacalhoada, ovos e bacon, cereais (killer), leite, mel e fel, sei lá. Não aguento mais desgraça desse tipo.



Francois Nel/Getty Images

 Já nas Paralimpíadas uma atleta belga, após vencer uma prova, fez uma declaração que me deixou arrepiado: optou pela eutanásia, na Bélgica é liberada, por sofrer uma doença degenerativa.
Inesperado? Inusitado? Alguma novidade?

 Resta-nos a poesia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário