Romances como O nome da rosa, O pêndulo de Foucault e outras criações dele sempre me fascinaram. Agora, quase duas semanas depois, bateu saudade, sentimento de ausência, sei lá. Bem sei, estava idoso, isto e aquilo, mas assim que me senti. Para mim o escritor, o semiólogo e querido professor italiano Umberto Eco morreu em casa, como minha avó, que nos pediu para ser assim o seu desenlace e não no leito frio de um hospital, ele deixou sua esposa Renate Ramge (alemã, professora de arte, eram era casados desde 1963) e seus filhos Stephen e Charlotte.Eco nasceu em Alexandria, Itália, em 5 de janeiro de 1932, iniciando sua carreira como filósofo, com seus estudo sobre a estética medieval, especialmente o louvável São Tomás de Aquino. Lá pela metade dos 1950, Eco “largou” o catolicismo numa, podemos dizer assim, “crise de fé”. Muito bons os seus trabalhos sobre poética contemporânea e pluralidade de significados.
Eco: uma vida dedicada aos livros
Há textos apreciáveis dele sobre a cultura de massa, vanguarda artística, trabalhos sobre pintores, músicos, escritores, artigos da época da Universidade de Turim , Universidade de Bolonha,Yale, Columbia, Harvard, Collège de France,Toronto, nos reconfortam ainda hoje.Sua pesquisa semiótica (raízes em Kant e Sanders Peirce); sua veia satírica, humorística italiana (Diário Mínimo) são interessante fonte de prazer na leitura, ainda hoje, embora parte disso seja meio datada. Baudolino, de 2000 e Sobre a literatura, 2002, merecem destaque também. Já em Número Zero, de 2015, ele trabalhou uma sátira à imprensa (jornalista vai criar o número zero de uma publicação que não seria de ser publicada!)
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