A LUNETA DO TEMPO: drama epolírico, transarmorial, psicodélico, cordelístico, alceuvalenciano
por moisesneto
A LUNETA DO TEMPO, filme com direção do pernambucano, de São Bento do Una, Alceu Valença (também escreveu o roteiro) é drama epolírico com traços das estéticas transarmorial, psicodélica, cordelística alceuvalenciana; assisti na poltrona atrás de Tito Lívio, que está bem no filme.
As filmagens terminaram em 2014 e o produto já foi exibido no Cine PE, Festival do Rio, Festival de Vitória e Festival de Cinema de Gramado (Kikitos de Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Musical). Na trama, Lampião (Irandhir Santos) e Maria Bonita (Hermila Guedes) lutam contra Antero Tenente. Muitos anos depois, o filho de Antero torna-se adulto e não aceita qualquer provocação à imagem do pai ou a simples menção a algo que lembre Lampião e seus cangaceiros, a história é mostrada num picadeiro de circo de forma tragicômica. Há certo problema com o ritmo do filme na metade da peleja, mas nada que comprometa o projeto como um todo. O texto trata o tempo com a versatilidade dos poetas populares. Alceu é astucioso e sua performance como ator é notável, um entertainer de primeira ordem.
Além de acrobata: o verso de Alceu Valença parece mágico
II
Enquanto os Rolling Stones barbarizavam para mais de 100 mil pessoas em Havana, o pensador cubano Fidel Castro disse que Cuba não precisa de presentes do "império" e que Cuba é um "nobre e abnegado país" que nunca renunciará "à glória, aos direitos e à riqueza espiritual que ganhou com o desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura, somos capazes de produzir os alimentos e as riquezas materiais que necessitamos com o esforço e a inteligência de nosso povo” e quanto ao que Obama disse lá, a favor de "esquecer o passado e olhar para o futuro", Fidel Castro achou as palavras por demais “açucaradas" e ironizou: os cubanos correram "o risco de um infarto" com essa conversa do presidente dos Estados Unidos da América ao misturar cubanos e americanos como "amigos, família e vizinhos".
O público dos Stones curtiu, mas só cantouSatisfaction, Jagger sapecou: "Os tempos estão mudando" (e desde quando o tempo parou?)
O palco para o show gratuito
ANTUNES FILHO ESTREIA SUA VISÃO NOVA SOBRE UM BONDE CHAMADO DESEJO
ANTUNES FILHO É UM MESTRE QUE TENHO O PRAZER DE APRECIAR E COM QUEM DIALOGUEI, GRAÇAS A DUAS PESSOAS, UMA DELAS FOI BETE MARINHO, BAILARINA PAULISTA, PARA QUEM JÁ ESCREVI ALGUNS ROTEIROS; AGORA ANTUNES MOSTRA SUA VISÃO NOVA SOBRE UM BONDE CHAMADO DESEJO (já dirigira, acho que nos anos 50, para a TV...); A PEÇA TEVE ESTREIA NA QUINTA-FEIRA PASSADA, PELO SESC, EM SÃO PAULO. O DIRETOR USA UMA TÉCNICA CHAMADA FONEMOL (substitui palavras por outros sons/ agrupando fonemas de forma particular).
E vem aí o novo filme do incansável Woody Allen, um dos meus favoritos. CAFÉ SOCIETY está em fase de conclusão e vai abrir o Festival de Cannes. A trama se desenrola nos anos 30 e marca a volta de Allen a Los Angeles. Uau! Olha a foto aí embaixo: